domingo, 6 de março de 2016

População protocola pedido de impeachment contra Geraldo Alckmin




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População protocola pedido de impeachment contra Geraldo Alckmin

Foto: Wesley Passos/Democratize

Apesar de não ter sido manchete no Jornal Nacional, foi protocolado pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) nesta semana.

O pedido, protocolado nesta terça-feira (01), foi feito pelo empresário e ativista Felipe Gini. Não é a primeira vez que o governador tucano é enquadrado: em 2014, o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) já havia oficializado uma soliticação similar.
O argumento contra Alckmin é de que ele teria descumprido a lei federal que garante o livre direito a manifestação, quando reprimiu brutalmente os estudantes secundaristas, que ocuparam mais de 200 escolas no final de 2015, contra o projeto de reorganização escolar defendido pelo seu governo.
Além disso, o empresário acusa o governo estadual de descumprir uma ordem judicial que interrompe a reorganização escolar, após o fechamento de centenas de salas de aula neste ano de 2016.

Foto: Gabriel Soares/Democratize
Em uma conversa com o co-fundador da agência Democratize, Francisco Toledo, o empresário admite que sem a participação popular, o processo provavelmente será engavetado pela Assembleia Legislativa do estado, que conta com uma enorme maioria governista pró-Alckmin.
A mobilização secundarista no final do ano passado já havia rendido um sério problema para o governador tucano, quando sua popularidade despencou - pela primeira vez desde os protestos de junho de 2013. Isso além de ter perdido seu então secretário de Educação, Herman Voorwald, que havia pedido demissão após o suposto recuo do governo estadual sobre o projeto.
As manifestações contra o aumento da tarifa em janeiro deste ano também colocaram, novamente, o governador Geraldo Alckmin nos holofotes. A grande repressão contra manifestações como a do dia 12 de janeiro, onde cerca de 50 pessoas ficaram gravemente feridas - incluindo jornalistas -, chamou a atenção do mundo inteiro. Ainda por cima, colocou seu secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, em uma situação delicada, quando o governo estadual e a Polícia Militar quiseram ditar o trajeto das manifestações do Movimento Passe Livre, causando brigas e acusações.
Com o foco das atenções em Brasília e na imagem do ex-presidente Lula (PT), o governador tucano pode respirar aliviado, mas apenas por enquanto. Estudantes secundaristas e o sindicato dos professores da rede estadual já prometem articulações e mobilização contra a “reorganização por baixo dos panos”, que estaria sendo promovida pelo governo de Alckmin neste ano.




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