sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CORONELISMO E STARTUPS

*O coronelismo (a cultura do coronelismo) no Brasil está enraizado em todas as instituições (inclusive na área corporativa), mas quem sabe, as grandes transformações na área do trabalho possam contaminar o resto...

 

http://pme.pt/mundo-startups/

http://cio.com.br/gestao/2016/04/06/o-legado-das-startups-para-a-cultura-corporativa/

O legado das startups para a cultura corporativa


Iniciamos um dos períodos mais desafiadores do mercado de trabalho na história moderna, no qual as respostas dependerão de criatividade e liberdade


Fábio Saad*

Publicada em 06 de abril de 2016 às 08h05


Às vésperas da quarta revolução industrial, aquela que terá profundas bases na tecnologia, as grandes empresas se preparam para se manterem vivas. Com uma estrutura colossal e muitos processos, pode ser difícil acompanhar as transformações de forma tão rápida quanto o necessário. Por isso, as “gigantes” encontraram nos espaços de coworking, no investimento anjo e nas incubadoras, a maneira de estar perto de empresas – startups – que podem contribuir com a inovação necessária para continuarem competitivas.
Nas startups, o espaço para o novo é mais do que propício. Em geral, são comandadas por jovens empreendedores; possuem um ambiente informal e desburocratizado; cultura moderna e hierarquia horizontalizada; e horário flexível. Enfim, são diversas as características que favorecem a criatividade e agilidade. Ao investirem nessas empresas, as grandes esperam se beneficiar de alguma forma de toda essa ebulição de ideias.
Apesar do investimento, não há uma relação de dono. As startups são livres para negociarem com diversos clientes e inclusive colocarem-se à venda quando considerarem o momento propício. Como fica, então, a sustentabilidade dessa parceria no longo prazo? O que as grandes empresas podem fazer para reter o conhecimento e fazer com que a inovação esteja mais presente no dia a dia da organização?
Acredito que uma das primeiras coisas a serem levadas em consideração é implementar uma cultura que estimule a inovação. O índice mais famoso da bolsa americana que contempla as maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, o S&P 500, serve para demonstrar a velocidade de transformação do mercado. Em 1958, média de tempo de vida de uma empresa no índice era de 61 anos. Em 1980, a média caiu para 25 anos, em 2011, para 18 anos, e, se continuarmos neste ritmo, 75% das maiores empresas americanas deixará o índice até 2027. Quem inovar sobreviverá e ganhará espaço no mercado.
Investimento em startups podem até ser uma estratégia interessante do ponto de vista financeiro. Agora, quando pensamos em inovação dentro de uma grande empresa é preciso lidar com mais alternativas. Utilizar o próprio capital criativo dos funcionários, estimulando ambientes colaborativos e tolerantes ao erro pode ser a solução.
Para isto, é preciso compreender e dar liberdade para as novas gerações. Raramente uma nova ideia dá certo na primeira tentativa. Saber até onde o erro será aceito e entender que ele faz parte do processo é fundamental para inovar. A partir daí, é possível utilizar outros recursos para manter a equipe engajada: realizar job rotation; criar programas de desenvolvimento; e aproximar a equipe da liderança da área são alguns dos exemplos.
Certamente iniciamos um dos períodos mais desafiadores do mercado de trabalho na história moderna, no qual as respostas futuras dependerão de muita criatividade e liberdade.
*Fábio Saad é gerente sênior da divisão de Tecnologia da Robert Half.


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Hamlet e o filho do padeiro: memórias imaginadas - Augusto Boal

 * trecho via jornal Notícias do Brasil de Otávio Martins Amaral






 

velhice



amigos são faróis

o futuro amedronta
a velhice afronta os jovens
desrespeita tudo, muito mais do que...
esses de meia idade que julgam-se deuses...
no outro lado levarão um grande susto

nadia gal stabile - 30 09 16
*imagem via mural do Facebook do amigo Wilson L. Silva

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porra e os incêndios no Acre




livrar-se de lixos não recicláveis do passado
cuspir em quem não tem vergonha na cara
dar tapas enormes nos capangas do sistema
dar rasteiras em atitudes vãs
vomitar em tudo que atravanca caminhos
dar gritos ensurdecedores pela liberdade
aplaudir os corajosos, voadores natos
levar em alta conta os verdadeiros exemplos
e...
cagar e andar para os capangas de plantão 
porra...faltam-me rimas.

nadia gal stabile - 30 09 2016 

*nossos olhos não aguentam mais tanta fumaça
http://www.carosamigos.com.br/index.php/cotidiano/7699-fumaca-de-queimadas-encobre-acre-e-regiao-ha-3-dias





INÍCIO 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

amar, amar, amar...

na escada rolante
amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)

correndo para entrar no vagão
amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)

caminhando a passos largos para não chegar atrasada
amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)

saindo do vagão da linha vermelha e indo para a plataforma da linha azul
amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)

saindo do metrô e indo em direção ao ponto do ônibus
amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)


amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)


amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)


amar, amar, amar...
o que pode uma criatura dentre outras fazer senão, amar? (Drummond)


nadia gal stabile - 23 09 2016





INÍCIO 

funda barra



na funda barra os velhos dormem no chão.
muitos passam correndo e nada enxergam.

funda barra, barra funda, roletas para trens,
escadarias para ônibus, 
chão para idosos.

o sono bate e derruba,
a velhice tromba com mundos cruéis.
os que já viveram muito, abandonam-se 
em chãos frios de rodoviárias.
muito pra suportar 
tantas fundas barras
tantas barras fundas, 
tantas sujas e brutas 
barras.

é o chão que lhes cabe neste bruto mundo.

nadia gal stabile - 23 09 2016




INÍCIO 

AMAR - DRUMMOND




Amar
Carlos Drummond de Andrade


Que pode uma criatura senão,
Entre criaturas, amar?
Amar e esquecer, amar e malamar,
Amar, desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal, senão
Rodar também, e amar?
Amar o que o mar traz à praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
É sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
O que é entrega ou adoração expectante,
E amar o inóspito, o áspero,
Um vaso sem flor, um chão de ferro,
E o peito inerte, e a rua vista em sonho,
E uma ave de rapina.
Este o nosso destino: Amor sem conta,
Distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
Doação ilimitada a uma completa ingratidão,
E na concha vazia do amor à procura medrosa,
Paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
E na secura nossa, amar a água implícita,
E o beijo tácito, e a sede infinita.

sábado, 17 de setembro de 2016

*iconografia das redes sociais 3 - #diretasjá e #LoiTravail








achados incidentais no google imagens

*links no final





1 século



em 1 século, 4 gerações e uma anterior a todas, a de meus avôs.
1 século meu pai faria na próxima segunda feira, junto com este blog que faz 8 anos.
dançou muito nos bailes da Mocidade Paulista, conheceu uma paixão que passou,
casou-se com outra paixão que conheceu num bonde camarão em direção ao centro da cidade de São Paulo...esta outra paixão, minha mãe.
de lá pra cá 19 outras pessoas surgiram desta união, filhos, netos...bisnetos... e ainda poderão chegar outros bisnetos!
será que meu avô napolitano, que tendo casado depois de seus 40 anos sonharia  ter tantos descendentes? e sem contar com os  outros filhos... ai somam-se muitos mais!
a vida é algo doido, num dia meu pai estava lá no Mercado Municipal de São Paulo descarregando laranjas para a banca de seu tio, em outro momento andando de bonde, e eis que repentinamente, numa fração de segundo, cruza com minha mãe no mesmo bonde camarão, e a vida recomeça...
o que seria deste mundo sem as paixões? o que seria do mundo sem os bondes, sem os trens?
trens que lembram-me este meu avô napolitano, pai do meu pai...
lembro de fotos antigas tiradas no Viaduto do Chá, meu pai todo elegante de terno e de chapéu andando com meu tio ao lado, os ternos eram de linho, as moças nunca iam para o centro de São Paulo, sem meias de nylon e chapéus! eram outros tempos,tempos em que as pessoas tinham muito mais dignidade, muito mais caráter, muito mais ética! hoje as pessoas não podem ter nem educação, a cidade cresceu demais, ficou hiper populosa, a globalização demoliu tudo, e inclusive as pessoas!
meu pai indignava-se com a falta de solidariedade de uma tal tia, irmã da mãe dele, família de calabreses, o ressentimento de meu pai o acompanhou por toda a vida, ressentimentos custam a desaparecer quando se tem senso de justiça aguçado demais.
este século de meu pai completa-se  dia 19 de setembro próximo, e eu ficarei dois, 3 , 4 séculos, relembrando ou sentindo as ideias, os relatos, os princípios que meu pai me passou e por mais defeitos que ele possa ter tido, ele foi o cara que quis que eu nascesse, não sei  dizer muito bem porque ele quis isto, mas cá estou em meu 9º ano de blogueira e desenhista digital, oitavo deste blog...e ainda muitas coisas pra resolver.

nadia gal stabile - 17 09 2016




segunda-feira, 12 de setembro de 2016

...e sonhos não envelhecem - Clube da Esquina 2 - por Lô Borges e Sanuel Rosa



https://www.youtube.com/watch?v=ouzgL9IpOCM



Enviado em 12 de mar de 2010

Videoclip of "Clube da Esquina nº 2" 
(Lô Borges / Milton Nascimento / Márcio Borges)

Special guest: Samuel Rosa (Skank)
From DVD "Intimidade Lô Borges" (Canal Brasil - Som Livre)
Recorded live @ Acustico Studios, BH (2008)
Directed by Darcy Burger


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sábado, 3 de setembro de 2016

"Competição ou Apoio Mútuo: Darwin X Kropotkin"

Palestra " Competição ou Apoio Mútuo: Darwin X Kropotkin" com  Amir  El HáKim, geógrafo, professor da Unesp" - 

10/09/2016, sábado, 16h


http://www.ccssp.com.br/ccs/index.html

https://www.facebook.com/ccssp33



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dissidência, resistência, desistência...o que cada um enxerga e o que cada um faz





não via mais um rio o tietê não mais existia pensou em banheiros secos como aqueles que a permacultura usa...usa na zona rural mas aqui na cidade não daria para ser uma dissidente do uso das tubulações de esgoto que desaguam no rio tietê ou no rio pinheiros ou no rio tamanduatei desistir de evacuar ou mijar seria algo impossível lembrou-se da fossa negra da casa em que morara em sua adolescência fossa negra que coisa terrível mas talvez bem menos terrível do que ter de ver rios mortos
viver numa cidade grande como são paulo nunca a faria uma resistente  ou uma dissidente de tantos absurdos humanos ser desistente já era desistira de pessoas e coisas sem valor em sua vida mesmo sabendo que tudo tem seu valor negativa ou positivamente
hoje  escreve no blog sobre o que cada um enxerga e faz cada um enxergar o que quer enxergar depende da sazonalidade da vida do contexto do ânimo do foco
desistir é algo intrigante você desiste hoje e no futuro tenta voltar atrás mas quase sempre não dá vira outra coisa vira o que a vida quer que vire e ai a gente tenta enxergar o que nem existe mais

nadia gal stabile - 03 09 2016

*sem vírgulas nem pontos  sem maiúsculas e sem nada.



MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO - GAMA: PRESENTE!

http://mnurio.blogspot.com.br/2016/09/gama-presente.html

3 de set de 2016


GAMA: PRESENTE!!!



É com pesar que o MNU/RJ comunica a passagem para o Orun de seu grande companheiro de luta incansável da luta pela construção de um Projeto Político do Povo Negro, Mário Gama. Esta é a nossa homenagem... 


Sua militância representou para nós momentos de grande aprendizado.

https://www.youtube.com/watch?v=mduuIvLLL3A



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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

raízes do fascismo







*(comecei a escrever isto em meu mural do facebook, e continuo aqui)
fascistas sempre partem pra ignorância, eles nunca desistem de serem mauzinhos, regozijam-se em serem cruéis, divertem-se com as desgraças alheias, discriminam a todos que não massageiam seus podres egos, suas megalomanias quase os engolem, mas eles nunca desistem de vomitar suas infelicidades , suas incompetências, suas inferioridades medíocres nas cabeças de quem nunca lhes fez mal algum!... talvez eu continue isto no blog Sarau para todos ... boa tarde, Nadia Stabile

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os murais e os amigos das redes sociais, quase sempre podem cooperar com a gente pra que possamos expressar coisas que talvez, só nesta interação constante, poderíamos fazer vir a tona, sei da enorme ajuda que estas pessoas amigáveis podem dar-me, e também aquelas que às vezes invadiam (ou ainda invadem) meu mural pra escrever impropérios, as reconheço também como instrumentos que me fazem relembrar ou sacar certas coisas muito importantes pra que eu continue caminhando.
escrever sobre o fascismo é uma coisa doida, porque me parece que quase ninguém escapa de sofrer muito com esta praga da humanidade.
por vezes o conhecemos muito intimamente, as mulheres principalmente o conhecem muito mais de perto, porque o machismo, a misoginia, o sexismo neste mundo patriarcal, as atingem demais,  e quase sempre dentro de suas próprias casas, ou no trabalho.
ser moralista  a respeito desta questão terrível, é considerar que o fascismo habita só alguns, ou que só aqueles muito contaminados por ele é que são os piores, não, esta praga tem alto poder contaminante, ela atinge a todos, lá no fundo de todos os humanos há as raizes desta doença, desta coisa monstruosa que me parece cresce a cada vez que viramos a cara para nossas capacidades, e deixamos morrer coisas em nós que nunca poderiam morrer... e ai as raízes do fascismo vão encontrando caminhos, brechas  que podem nos fazer injustos, medíocres, cruéis com seja lá quem for!
presenciar o fascismo com força total, em pessoas próximas da gente, é talvez uma das maiores infelicidades desta vida! o que fazer? quem sabe se a gente começar com força total a  observarmo-nos, a não nos esquecermos do que temos que fazer, a abrirmos nossos ouvidos para tudo...e ter muita vontade de ser humano...cada um nasce num contexto, numa família, num astral que pode ou não facilitar as coisas, outros tem muito menos sorte, e o contexto os destrói, são uns pobres coitados...que vivem pra infernizar os alheios.

nadia gal stabile - 01 09 2016 



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