na funda barra os velhos dormem no chão.
muitos passam correndo e nada enxergam.
funda barra, barra funda, roletas para trens,
escadarias para ônibus,
chão para idosos.
o sono bate e derruba,
a velhice tromba com mundos cruéis.
os que já viveram muito, abandonam-se
em chãos frios de rodoviárias.
muito pra suportar
tantas fundas barras
tantas barras fundas,
tantas sujas e brutas
barras.
é o chão que lhes cabe neste bruto mundo.
nadia gal stabile - 23 09 2016
INÍCIO
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