mesmo ali parada, sem pele, sem carne
mostrando o interior de seu arcabouço,
com seus fios, e toda aquela parafernália,
ainda assim mantinha-se elegante, discreta,
porém, sempre notável.
tão discreta quanto alguém queimado,
em carne viva...
mas que não grita para não assustar a si próprio.
gritara muito, tempos atrás,
calou-se, perdeu a voz,
agora grita por dentro,
ou pifara na hora "h"...
na hora em que resolveu parar de funcionar
e deixar os outros que dela dependiam,
sem poder gritar.
na verdade mesmo, seus gritos eram fracos demais
para o que deveria ter vindo fazer neste mundo.
como uma catedral tentando ser bazar,
errou alvos e escorregou em ovos demais.
nadia gal stabile - 28 08 2016
*fotos com câmera de tablet - nadia gal stabile
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