sábado, 11 de outubro de 2014
INDIFERENÇA E DESAMOR - POEMAS
fonte da imagem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logos#mediaviewer/File:Logos.svg
logos e modoamar
empatia,
o cerne do humano
indiferença e desamor,
o verme do humano.
a indiferença e o desamor
são a negação total do logos
e do modoamar
se tudo passa pelo logos
até o coração...
e se a indiferença
é o logos em aporia
então, quem tem o logos
bloqueado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logos
não pode amar
animais sem o logos
possuem mais instinto
não precisam pensar para viver
se fossemos assim...
seria tudo mais fácil
mas somos unha e carne
com o logos
e
precisamos do logos e do coração
alheios para sermos felizes,
ou só para nos sentirmos
humanos.
nadia gal stabile
11 de outubro de 2014
Como se Morre de Velhice
Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.
Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.
Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.
Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.
(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)
Cecília Meireles, in 'Poemas (1957)'
fonte : http://www.citador.pt/poemas/como-se-morre-de-velhice-cecilia-meireles
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