há quase 40 anos vi que retículas e hachuras num desenho, formam linhas virtuais, mas que são reais. olhe este desenho abaixo.
repare que você não vê linhas reais, as normais, feitas com um lápis quando risca um papel.
mas você vê linhas formadas por agrupamentos de pontos(retículas) ou de hachuras, que são aqueles tracinhos que formam texturas, planos.
se pensarmos nisto, fazendo uma analogia com a questão da amizade virtual, a gente vai sacar o seguinte: que.... através de muitos pontos em comum que vão se aglutinando, chegamos a uma forma criada pelos amigos, forma
real, palpável e que existe, não uma existência qualquer, mas uma
existência única, criada a partir da vontade de se relacionar de duas ou
mais pessoas...vontade de se conhecerem de um modo que quase sempre a
amizade dita real (física) não poderia alcançar ou conhecer. se nos lembrarmos de relacionamentos antigos que a literatura nos mostra, de
amigos ou amantes que se relacionavam através de cartas e que tinham
experiências únicas de relacionamento e conhecimento humanos, veremos
que esta expressão "amizade virtual", usada hoje é um tanto quanto
ridícula e besta!
agora, como animais que somos, ao vermos fisicamente a pessoa que é nosso "amigo virtual" por um bom tempo, poderemos sentir até uma certa aversão, porque relacionar-se mentalmente, escrevendo é uma coisa, e simpatizar com a aura, com a energia física da pessoa, é outra. entretanto, pode acontecer o oposto, de ao vermos ao vivo um "amigo virtual", gostarmos mais ainda dele!
geralmente, pessoas de todas as faixas etárias não conseguem compreender este tipo de coisa, porém, os mais velhos podem resistir muito mais até aceitarem estas mudanças tão grandes no relacionamento humano.
nadia gal stabile - 14 11 2014
O QUE É O VIRTUAL? PIERRE LÉVY
Os computadores e as redes digitais estão cada vez mais presentes em
nosso cotidiano. Pierre Lévy propõe, neste livro, uma terceira
possibilidade- ' enquanto tal, a virtualização não é nem boa, nem má,
nem neutra'. Acreditando que a virtualização exprime uma busca pela
hominização, o autor começa desmontando aquilo que chama de oposição
fácil e enganosa entre real e virtual. A seguir, retrabalhando conceitos
de outros pensadores franceses contemporâneos- como Gilles Deleuze e
Michel Serres-, busca analisar um processo de transformação de um modo
de ser num outro.
*fonte da imagem: https://www.youtube.com/watch?v=FrLZIeLYjWw
https://www.youtube.com/watch?v=sMyokl6YJ5U
Eu posso tocar um ser humano.. mas não tocar sua significação...
ResponderExcluirTocar um ser humano ou um gatinho é uma coisa, tocar a significação de um ser humano lendo um livro que escreveu, por exemplo, é outra bem diferente e talvez muito mais marcante. Como disse Pierre Lévy neste vídeo acima A SIGNIFICAÇÃO EXISTE SEMPRE NA NOSSA MENTE. É COMO SE VOCÊ QUISESSE DIZER QUE A MENTE SÓ EXISTE DEPOIS DOS COMPUTADORES, É LOUCURA.
ResponderExcluir