Quem sabe se Bocage vivesse nos dias de hoje, seria um nômade digital viajando pelo mundo...
Parece que os nômades digitais tem muito o que aprender com Bocage, demorariam muito para chegarem ao nível dele!...
*veja as páginas 13, 14 e 15 deste PDF a seguir:
http://nomadesdigitais.com/grupofechado/11-coisas-que-voce-precisa-saber-para-ganhar-dinheiro-e-viajar-o-mundo-ao-mesmo-tempo.pdf
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou a vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu, sem ter dinheiro."
http://www.jornaldepoesia.jor.br/@boca13.html
Bocage - poeta português - Biografia
http://www.e-biografias.net/bocage/
Bocage (1765-1805) foi poeta português. O mais importante poeta português do século XVIII. O grande poeta do Arcadismo de Portugal. Sua poesia individualista e pessoal já era uma antecipação do que seria a poesia romântica do século XIX.
Bocage (1765-1805) nasceu em Setúbal, Portugal, no dia 15 de setembro de 1765. Filho de José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora e ouvidor, e de Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, descendente de família da Normandia, região histórica do noroeste da frança.
Com 14 anos de idade, assentou praça na Marinha. Em 1786 esteve no Brasil. Nesse mesmo ano viajou para o Oriente, permanecendo na Índia como guarda-marinha. Desertou da Marinha e passou a viver uma vida errante e boêmia.
Em 1790, voltou à Lisboa. Iniciou sua atividade literária, seguindo a moda do Arcadismo, escrevendo poesias que falam de pastores, pastoras e ovelhas, observa-se também a utilização da mitologia clássica. O próprio nome do movimento, foi tirado de Arcádia, região da Grécia onde, segundo a mitologia, pastores e pastoras levavam uma vida inocente e feliz, em contato com a natureza.
Bocage chegou a participar de uma espécie de associação de poetas chamada Nova Arcádia, com o pseudônimo de Elmano Sadino. Com o tempo abandonou a poesia artificial e começou a falar do seu mundo interior, de seus dramas amorosos e existenciais, numa linguagem que encontrou grande receptividade entre os leitores daquela época e dos séculos seguintes, sendo o poeta mais lido em Portugal.
Sua obra é muitas vezes classificada de transitória. Surgiu no momento marcado por grandes transformações na Europa, decorrente da Revolução Francesa e do florescimento do Romantismo. Sua poesia individualista pessoal já era uma antecipação do que seria a poesia romântica do século XIX. Bocage é um dos maiores sonetistas líricos da literatura portuguesa, junto com Camões e Antero de Quental. Escreveu todos os gêneros literários de seu tempo: idílios, odes, canções, epístolas e fábulas.
Acusado de satirizar o clero e a nobreza, foi processado e preso pela inquisição. Deixou fama de poeta satírico e, com o tempo, seu nome tornou-se sinônimo de contador de histórias picantes e obscenas. Durante o período que esteve preso, passou traduzindo autores franceses e latinos.Manuel Maria Barbosa du Bocage faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 21 de dezembro de 1805.
Obras de Bocage
Cantiga à Morte de D. Inêz de CastroO Triunfo da Religião
A Virtude Laureada
A Pavorosa Ilusão
Elegia
Mágoas Amorosas de Elmano
Improvisos de Bocage
Convite à Marília
À Puríssima Conceição de Nossa Senhora
À Morte de Leandro e Hero
Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina
Informações biográficas de Bocage:
Data do Nascimento: 15/09/1765
Data da Morte: 21/12/1805
Morreu aos: 40 anos
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