quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA - 05 DE NOVEMBRO



A origem da língua portuguesa é galega!
Coloco aqui poema de Rosalía de Castro, considerada personagem emblemática da Galiza, tanto que, dia 17 de maio é feriado galego por causa de ser a data de edição da sua primeira obra em língua galega, Cantares Galegos.
Que os povos que falam a língua portuguesa pelo planeta, pudessem unir-se cada vez mais e irem muito além do acordo ortográfico, tão criticado, porém necessário em se tratando de língua tão complexa como a portuguesa!

Nadia Gal Stabile - 05 11 2015


ROSALÍA DE CASTRO

(1837-1885)



Natural da Galícia, Espanha, nasceu na cidade de Santiago de Compostela. Sua poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca e foi escrita em galego e em castelhano. Considerada a figura mais importante da poesia galega do século XIX, publicou os livros Cantares Gallegos (1863) e Folhas Novas (1880), ambos escritos em galego, e En las Orillas del Sar (1884), este considerado os primeiros versos modernos em língua castelhana.  Sua poesia será relida e valorizada pela geração de 1898: Antonio Machado, Miguel de Unamuino, Juan Ramón Jiménez e, mais tarde, Federico García Lorca.



I – VAGUEDÁS



II

Bem sei que non hai nada

Novo en baixo do ceo,

Que antes outros pensaron

As cousas que ora eu penso.



E bem, ¿para que escribo?

E bem, porque así semos,

Relox que repetimos

Eternamente o mesmo.



III



Tal como as nubes

Que impele o vento,

I agora asombran, i agora alegran

Os espazos inmensos do ceo,

Así as ideas

Loucas que eu teño,

As imaxes de múltiples formas,

De estranas feituras, de cores incertos,

Agora asombran,

Agora acraran

O  fondo sin fondo do meu pensamento.


TEXTO EM PORTUGUÊS 

I – VAGUEDADES



Tradução de Andityas Soares de Moura



II

Bem sei que não há nada de

Novo sob o céu,

Que antes outros pensaram

As cousas que ora eu penso.



Bem, para que escrevo?

Bem, porque somos assim:

Relógios que repetem

Eternamente o mesmo.



III



Tal como as nuvens

Que impele o vento,

E ora assombram, e ora alegram

Os espaços imensos do céu,

Assim as idéias

Loucas qu´eu tenho,

As imagens de múltiplas formas,

D´estranhas feituras, de cores incertas,

Ora assombram,

Ora aclaram

O fundo sem fundo do meu pensamento.

  
*ler mais em:







http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/qual-origem-lingua-portuguesa-704740.shtml


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