A origem da língua portuguesa é galega!
Coloco aqui poema de Rosalía de Castro, considerada personagem emblemática da Galiza, tanto que, dia 17 de maio é feriado galego por causa de ser a data de edição da sua primeira obra em língua galega, Cantares Galegos.
Que os povos que falam a língua portuguesa pelo planeta, pudessem unir-se cada vez mais e irem muito além do acordo ortográfico, tão criticado, porém necessário em se tratando de língua tão complexa como a portuguesa!
Nadia Gal Stabile - 05 11 2015
ROSALÍA DE CASTRO
(1837-1885)
Natural
da Galícia, Espanha, nasceu na cidade de Santiago de Compostela. Sua
poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca e foi escrita em
galego e em castelhano. Considerada a figura mais importante da poesia galega do século XIX, publicou os livros Cantares Gallegos (1863) e Folhas Novas (1880), ambos escritos em galego, e En las Orillas del Sar
(1884), este considerado os primeiros versos modernos em língua
castelhana. Sua poesia será relida e valorizada pela geração de 1898:
Antonio Machado, Miguel de Unamuino, Juan Ramón Jiménez e, mais tarde,
Federico García Lorca.
I – VAGUEDÁS
II
Bem sei que non hai nada
Novo en baixo do ceo,
Que antes outros pensaron
As cousas que ora eu penso.
E bem, ¿para que escribo?
E bem, porque así semos,
Relox que repetimos
Eternamente o mesmo.
III
Tal como as nubes
Que impele o vento,
I agora asombran, i agora alegran
Os espazos inmensos do ceo,
Así as ideas
Loucas que eu teño,
As imaxes de múltiples formas,
De estranas feituras, de cores incertos,
Agora asombran,
Agora acraran
O fondo sin fondo do meu pensamento.
TEXTO EM PORTUGUÊS
I – VAGUEDADES
Tradução de Andityas Soares de Moura
II
Bem sei que não há nada de
Novo sob o céu,
Que antes outros pensaram
As cousas que ora eu penso.
Bem, para que escrevo?
Bem, porque somos assim:
Relógios que repetem
Eternamente o mesmo.
III
Tal como as nuvens
Que impele o vento,
E ora assombram, e ora alegram
Os espaços imensos do céu,
Assim as idéias
Loucas qu´eu tenho,
As imagens de múltiplas formas,
D´estranhas feituras, de cores incertas,
Ora assombram,
Ora aclaram
O fundo sem fundo do meu pensamento.
*ler mais em:
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/qual-origem-lingua-portuguesa-704740.shtml
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