sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Análise de redes sociais (análise estrutural e marxismo)


Análise de redes sociais, classes sociais e marxismo*
RESUMO

A perspectiva da Análise de Redes Sociais, também conhecida como análise estrutural, constitui atualmente um espaço para o qual confluem várias disciplinas e tradições intelectuais com diferentes enfoques teóricos e reúne autores e instituições com interesses muito diversos. Avaliada como uma metodologia específica para o estudo das relações sociais, este trabalho examina os alcances e os limites desta perspectiva para analisar as classes sociais e a pertinência de sua relação com a tradição teórica marxista. A partir de revisão bibliográfica e dos resultados de pesquisas empíricas próprias sobre os banqueiros na América Latina, considera-se que existe um caminho promissor na relação entre a análise ancorada no marxismo e o enfoque de redes sociais, concebida especialmente como uma metodologia para o exame de dados relacionais, tradição tão cara à concepção marxista.


Palavras-chave: Análise de redes sociais; Classes sociais; Marxismo; Análise estrutural; Banqueiros na América Latina.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092013000300012

Análise estrutural de redes sociais



 http://tarciziosilva.com.br/blog/tag/analise-estrutural-de-redes-sociais-2/

Análise de redes sociais – aplicação nos estudos
de transferência da informação
http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n1/a09v30n1.pdf




(...)O conceito de rede social está associado pelos estudos de sociólogos, psicólogos e outros estudiosos ao trabalho de Simmel ( Wasserman & Faust, 1994 ) e Moreno 6 (Degenne & Forsé, 1999), que no início do século XX desenvolvem trabalhos que focam as estruturas sociais e as redes de filiação dos atores sociais. Entretanto, a análise de redes sociais tem antecedentes ainda mais longínquos. Scott (2004) traça parte desses precursores aos trabalhos da antropologia estrutura l - funcionalista (principalmente através de Radcliffe - Brown) e à própria Gestault, como um dos fundamentos da análise das dinâmicas dos grupos sociais. O co nceito de rede social, deste modo , não surge com os estudos do ciberespaço. Ao contrário, está atrelado a uma perspectiva de estudo que é demarcada fortemente pelo conjunto de trabalhos que vai fundamentar o próprio paradigma da Análise de Redes Sociais. T rata - se, assim, de uma forma de observar a estrutura social (Wasserman & Faust, 1994), construída a partir dos dados relacionais do s atores sociais (indivíduos ou instituições e grupos) e suas interrelações. Scott (2004) explica que "em ciência social, a a bordagem estrutural que é baseada no estudo da interação entre atores sociais é chamada análise de redes sociais. As relações que os analistas de redes sociais examinam são, geralmente, aquelas que conectam indivíduos humanos" 7 (p.2). Entretanto, ressalta o autor, os estudiosos também podem focar redes onde os atores são grupos ou organizações. O que interessa ao estudioso de ARS são os "padrões de laços sociais" nos quais os atores estão envolvidos. As redes sociais em sua representação no ciberespaço sã o um pouco diferentes das redes sociais no espaço offline. Primeiramente, porque as conversações e as troc as sociais deixam rastro no online (boyd, 2010, Recuero, 2012). Esses "rastros" são publicados, arquivados, e portanto, são recuperáveis e buscáveis. Segundo, porque a própria representação do grupo social no ciberespaço alt era o grupo em si. Essas redes são representadas principalmente através d os sites de rede social e daquelas outras ferramentas que permitiram sua apropriação deste modo . As redes rep resentadas nessas ferramentas, assim, sofrem menos com a temporalidade das relações offline. Não têm, por exemplo, seus laços desgastados pela falta de contat o. Constituem - se em redes mais estáveis e, com isso, mais complexas, maiores e compreendendo uma pluralidade de relações mais ampla que aquela das redes offline. Ellison, Steinfeld & Lampe (2007) por exemplo, fizeram um estudo amplo indicando como o Facebook 8 , enquanto suporte das relações sociais, modificou os processos sociais das pessoas, permitind o que atores que não tinham mais contato devido a distância pudessem investir ainda nesses laços sociais. No caso, o estudo mostrou que a ferramenta permitia aos atores manutenção de uma rede social com a qual ele não teria mais contato. Do mesmo modo, W est, Lewis & Currie (2009) também têm um estudo parecido, discutindo como as "amizades" são vistas no universo do Facebook e as esferas das relações públicas e privadas. Os sites de rede social publicizaram as conexões, mas também prop orcionaram que os laç os sociais (e as interações e relações) representados nos mapas se tornassem mais permanentes, menos fluidos, mais estáveis(...).
http://www.raquelrecuero.com/fronteirasrecuero2014.pdf

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