sexta-feira, 6 de novembro de 2015

I Curso livre György Lukács - 10 aulas gratuitas no prédio novo da PUC - SP

http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/Eventos/visualizar/i-curso-livre-gyorgy-lukacs


I Curso Livre György Lukács acontece em São Paulo entre 10 e 27 de novembro
A Boitempo realiza, em parceria com o Programa de Estudos Pós-Graduados em História e com o Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a primeira edição do Curso Livre György Lukács, entre os dias 10 e 27 de novembro. A iniciativa contará com 10 aulas gratuitas, sem inscrição prévia, apresentadas por alguns dos maiores especialistas brasileiros na obra lukácsiana.
 
A aula inaugural será marcada por uma cerimônia de celebração do aniversário de 20 anos da editora e de estreia da coleção Biblioteca Lukács, coordenada por José Paulo Netto, com o lançamento de Reboquismo e dialética: uma resposta aos críticos de História e consciência de classe, do filósofo húngaro. O curso dá continuidade a uma tradição de cursos livres organizados pela Boitempo, tendo a primeira edição de seu prestigiado Curso Livre Marx-Engels sido realizada em 2008, também em parceria com a PUC-SP.
 
O evento conta com o apoio da APROPUC (Associação dos Professores da PUC-SP), CACS (Centro Acadêmico de Ciências Sociais); CEHAL – Centro de Estudos de História Latinoamericana), HIMEPE (História, Memória e Pensamento Econômico), NEAM (Núcleo de Estudos e Aprofundamento Marxista), NEHTIPO (Núcleo de Estudos de História: Trabalho, Ideologia e Poder), NETRAB (Núcleo de Estudos e Pesquisa Trabalho e Profissão) NEPEDH (Núcleo de Estudo e Pesquisa em Ética e Direitos Humanos), NEPI (Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Identidade), Colegiado de Ciências Sociais da Fundação Santo André (FSA) e do Grupo de Estudos “Filosofia Política Contemporânea”.
 
As aulas acontecem na Sala 117A do Prédio Novo da PUC-SP (Rua Monte Alegre, 984), das 19h30 às 22h30. Confira abaixo a programação completa:
 
Lukács: em Defesa do Realismo
Aula inaugural com Celso Frederico (USP)
10/11 | terça-feira | das 19h30 às 22h30
 
Reboquismo e dialética: o Lenin de Lukács
com Antonio Carlos Mazzeo (PUC-SP)
11/11 | quarta-feira | das 19h30 às 22h30
Lançamento do livro Reboquismo e dialética de György Lukács (Boitempo Editorial)
 
Arte realista: Balzac e Goethe
Livia Cotrim (FSA) e Carlos Eduardo Ornelas Berriel (UNICAMP)
12/11 | quinta-feira | das 19h30 às 22h30
 
Crítica ontológica do direito
com Vitor Bartoletti Sartori (UFMG) e Rodolfo Costa Machado (NEHTIPO)
13/11 | sexta-feira | das 19h30 às 22h30
 
Trabalho e Democracia da vida cotidiana
com Beatriz Costa Abramides (PUC-SP) e Claudinei Cássio de Rezende (NEHTIPO)
16/11 | segunda-feira | das 19h30 às 22h30
 
Ideologia e política no último Lukács
com José Paulo Netto (UFRJ) e Ronaldo Vielmi Fortes (UFJF-MG)
17/11 | terça-feira | das 19h30 às 22h30
 
O Romance Histórico
com Arlenice Almeida da Silva (UNIFESP)
18/11 | quarta-feira | das 19h30 às 22h30
 
Momento ideal e ideologia
com Maria Angélica Borges (PUC-SP) e Felipe Ramos Musetti (NEHTIPO)
23/11 | segunda-feira | das 19h30 às 22h30
SALA 333
 
Via prussiana, imperialismo e a crítica ontológica da economia política
com Antonio Rago Filho (PUC-SP) e Ivan Cotrim (FSA)
25/11 | quarta-feira | das 19h30 às 22h30
 
O estranhamento religioso na ontologia lukacsiana
com Ester Vaisman (UFMG)
27/11 | sexta-feira | das 19h30 às 22h30
 
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Lançamento




Reboquismo e dialética
György Lukács
R$ 39,00



Escrito, provavelmente entre 1925 e 1926, para responder pontualmente as críticas a História e consciência de classe(1923), Reboquismo e dialética permaneceu inédito por muitos anos, e o próprio autor jamais se referiu a ele, até que o manuscrito foi descoberto nos arquivos de Moscou e publicado em 1996.
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Nesse breve ensaio que ora recebe sua primeira edição brasileira, György Lukács - um dos maiores intelectuais do século XX – parte da teoria marxiana, passa pela função do sujeito no processo de desenvolvimento histórico e problematiza a consciência de classe ao refutar a ideia de que ela seja somente um estado psicológico desatrelado da materialidade, argumento a que ele responde apresentando formas de mediação da práxis para chegar a uma real emancipação do ser social.
Trecho do posfácio:
(...) o texto recentemente descoberto tem sobretudo um valor documental, que ilustra o caminhar do pensador em direção a uma interpretação convincente do pensamento filosófico de Marx; é uma etapa de seu longo percurso para se apropriar do marxismo. Alguns anos mais tarde, no começo dos anos 1930, após a descoberta dos Manuscritos econômico-filosóficos*, de 1844, o filósofo faria uma nova refundação de sua interpretação de Marx, liberada do que ele considerava serem os erros maiores do período anterior (ao qual, claro, também pertence o texto em questão), interpretação que iria desembocar, três décadas mais tarde, na elaboração de Para uma ontologia do ser social.
Como elo de uma longa cadeia, o texto de 1925-1926 aparece recheado de teses discutíveis (essencialmente as mesmas de História e consciência de classe), de aproximações e de tateios, mas também impregnado de uma poderosa inspiração dialética, que era o que chocava precisamente os guardiães do cientificismo e do determinismo da ortodoxia marxista da época. Se seus adversários o acusavam de “idealismo” e de “subjetivismo” ou de “agnosticismo”, era exatamente porque ele pretendia conceder um lugar importante à criatividade e ao poder de invenção do sujeito no devir histórico, era porque ele sublinhava com força a preeminência da totalidade sobre as análises setoriais ou parciais, rejeitando vigorosamente a assimilação do pensamento de Marx por uma “sociologia” de tipo positivista, era porque defendia um historicismo radical, contra toda interpretação naturalista da vida social. Se, por outro lado, as críticas de Deborin, por exemplo, apontavam fraquezas reais do livro, era porque, na época, como já dissemos, Lukács ainda não tinha consciência clara do peso da natureza no intercâmbio orgânico com a sociedade e, portanto, do papel fundador do trabalho na construção do ser social.


Nicolas Tertulian
Ficha técnica

Título: Reboquismo e dialética: uma resposta aos críticos de História e consciência de classe
Título original: Chvostismus und dialektik
Autor: György Lukács
Tradutor: Nélio Schneider
Prefácio: Michael Löwy
Posfácio: Nicolas Tertulian
Orelha: Antonio Carlos Mazzeo
Páginas: 152
ISBN: 978-85-7559-464-3
Coleção: Biblioteca Lukács
Editora: Boitempo
A Biblioteca Lukács

Coordenador: José Paulo Netto
Coordenador adjunto: Ronaldo Vielmi Fortes
Desde 2010, a Boitempo desenvolve sistematicamente o projeto de publicação das obras de György Lukács (1885-1971). O diferencial dessas edições, em face das anteriores de textos lukacsianos em português, não se reduz ao esmero da apresentação gráfica nem ao cuidado na escolha de especialistas para a redação dos subsídios (prefácio, posfácio, texto para as orelhas e para a quarta capa dos volumes) oferecidos ao público. O diferencial consiste na tradução – com revisões técnicas – que se vale dos originais alemães.
A Boitempo não se propõe entregar ao leitor de língua portuguesa as obras completas de Lukács, como também não ambiciona elaborar – no sentido estrito – edições críticas. O projeto em curso ousa oferecer o essencial do pensamento lukacsiano em traduções confiáveis e dignas de crédito, posto que se conhecem a complexidade e a dificuldade da tarefa de verter textos tão densos, substanciais e polêmicos.
Agora, aos livros anteriormente publicados (Prolegômenos para uma ontologia do ser social, 2010; O romance histórico, 2011; Lenin e Para uma ontologia do ser social I, 2012; e Para uma ontologia do ser social II, 2013), junta-se este Reboquismo e dialética, que inaugura uma nova fase do projeto, batizado como Biblioteca Lukács. Verifica-se como, ao cabo de meia década, com o trabalho de tradutores de competência comprovada, de revisores técnicos de alto nível e com subsídios de intelectuais destacados, vem avançando a missão de divulgação para o leitor brasileiro do pensamento daquele que foi o maior filósofo marxista do século XX. E a Boitempo, empenhada em alcançar seu objetivo, acaba de reforçar a equipe responsável pela Biblioteca Lukács, com a colaboração permanente dos professores José Paulo Netto (coordenador) e Ronaldo Vielmi Fortes (coordenador adjunto).

Autores | ver todos


György Lukács
Filósofo húngaro marxista nascido em 1885. Considerado pai do marxismo ocidental, é um dos pensadores mais influentes do século XX.
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Doutorou-se em Ciências Jurídicas e depois em Filosofia pela Universidade de Budapeste. No final de 1918, influenciado por Béla Kun, aderiu ao Partido Comunista e, no ano seguinte, foi designado Vice-Comissário do Povo para a Cultura e a Educação. Em 1930 mudou-se para Moscou, onde desenvolveu intensa atividade intelectual. O ano de 1945 foi marcado pelo retorno à Hungria, quando assumiu a cátedra de Estética e Filosofia da Cultura na Universidade de Budapeste. A Estética, considerada sua obra mais completa, foi publicada em 1963 pela editora Luchterhand. Já seus estudos sobre a noção de ontologia em Marx, que resultariam oito anos depois em Para uma Ontologia do ser social, iniciaram-se em 1960 e agora ganha edição em dois volumes pela Boitempo. Faleceu em sua cidade natal, em 4 de junho de 1971.





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