Por Joaquim de Carvalho
31 10 2015
Uma das faces de Hélio Bicudo é conhecida há cerca 40 anos, quando ele se destacou como procurador de justiça no combate aos esquadrões da morte. A outra é mais recente: a do ex-petista indignado com a corrupção, que quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas há ainda uma terceira face de Bicudo, esta desconhecida dos brasileiros: a de intermediário de contratos no setor elétrico. A considerar o que a Justiça da Suíça apurou sobre a corrupção do grupo multinacional Alstom no Brasil, Bicudo é um moralista sem moral.
“Bicudo era um intermediário e como tal ele viabilizou em 1971 um importante contrato para a Cogelex no Brasil”, definiu um ex-executivo do da Alstom no Brasil, o francês Michel Yvan Cabane, em depoimento prestado ao Ministério Público da Suíça, em 2009.
A Cogelex faz parte do grupo Alstom e, na época em que Bicudo viabilizou o contrato para a empresa, a multinacional ampliava sua atuação no Brasil, com obras, serviços e venda de equipamentos para a Eletropaulo, na época uma empresa pública, e também para Furnas.
Cabane contou que contratou Bicudo porque ele “era naquela época consultor jurídico de uma parte do governo”. O ex-executivo lembrou ainda que o então procurador de justiça tinha um sobrinho, Mário Bicudo Filho, que era diretor jurídico da CESP, a empresa estatal que cuidava da geração de energia em São Paulo.
O trabalho dos dois Bicudos em favor da Alstom atravessou a década de 70, permaneceu na década de 80 e ainda se manteve na década de 90. Eles eram tão conhecidos da multinacional francesa que, em anotações apreendidas pela polícia suíça, os executivos se referem a eles como “Tonton” (titio em francês) e Neveu (sobrinho, na mesma língua).(...)
*ler texto integral em : http://www.diariodocentrodomundo.com.br/exclusivo-bicudo-foi-lobista-da-alstom-principal-empresa-do-escandalo-dos-trens-em-sp-por-joaquim-de-carvalho/
Vamos contar a história completa da compra de votos na reeleição de FHC - e contamos com você
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/vamos-contar-a-historia-completa-da-compra-de-votos-na-reeleicao-de-fhc-e-contamos-com-voce/
O DCM anuncia seu novo projeto de crowdfunding: a história da compra de votos na reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O caso foi devidamente abafado. Por quê? Quem eram os personagens? Como foi operado? Qual o papel de FHC? Como a história sumiu da imprensa?
Destacamos novamente o jornalista Joaquim de Carvalho para o trabalho. Joaquim é autor da séria de reportagens sobre o Helicoca e a sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002.
“Em abril de 1997, eu trabalhava na revista Veja como subeditor de Brasil e tinha entre minhas fontes Paulo Maluf, que havia terminado seu mandato de prefeito de São Paulo poucos meses antes, com uma alta taxa de popularidade”, diz Joaquim.
“Tinha conseguido eleger o sucessor e era visto como pré-candidato a presidente da República. Nessa condição, era fonte obrigatória de todo jornalista que cobre política. Maluf me disse que só teria alguma chance na disputa a presidente se a emenda da reeleição não passasse. Ele falou” ‘O governo comprou os votos de que precisava’”. Maluf deu uma dica: “Se você quer contar como os votos foram comprados, comece pelos deputados do Acre”.
Algumas semanas depois, o jornalista Fernando Rodrigues publicou na Folha de S. Paulo o conteúdo das fitas que uma fonte sua, a que deu o nome de Senhor X, havia gravado em conversas com dois deputados federais. E eles eram de onde? Acre.
As conversas eram escandalosamente reveladoras da compra de votos. Os deputados confessavam que haviam recebido R$ 200 mil reais (R$ 894.451,70, em valores corrigidos pelo IGP-M) para votar a favor da emenda, num esquema que era chefiado pelo então ministro Sérgio Motta, já falecido, homem de confiança de FHC e sócio dele numa fazenda em Minas Gerais.
O Senhor X era Narciso Mendes, empresário e ex-deputado constituinte. Seu advogado dizia que havia mais 16 fitas sobre o mesmo tema, com outras gravações, além das que estavam em poder de Fernando Rodrigues.
As redações esqueceram Narciso Mendes, o Senhor X, e nunca mais o procuraram. O DCM quer voltar a esse episódio e contar tudo. Vamos falar com Narciso, com os demais envolvidos explicar como foi a operação e como tudo foi sutilmente atirado para debaixo do tapete.
Se até Paulo Maluf se impressionou, imagine-se o que se poderá encontrar revolvendo a lama do período. É um assunto premente e que continua atual, especialmente em tempos de golpes paraguaios de paladinos da moralidade.
Contamos com você.
A compra de votos na reeleição de FHC
por Diário do Centro do Mundo https://www.catarse.me/compra-de-votos-fhc
Notícia sobre Aécio Neves some da capa do UOL
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/211427/Not%C3%ADcia-sobre-A%C3%A9cio-some-da-capa-do-Uol.htm
247 – Uma denúncia sobre propina envolvendo o nome do senador Aécio Neves foi manchete do portal Uol na manhã desta quarta-feira 30, por volta de 6h, mas às 8h já havia desaparecido misteriosamente. Depois que leitores notaram o sumiço da matéria, ela reapareceu, por volta de 9h.
A reportagem de Rubens Valente, da Folha, mereceu apenas nota de rodapé na capa do jornal impresso. A matéria destaca o trecho de um depoimento do delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Ele contou aos investigadores da Lava Jato ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia no Rio, que seria entregue ao senador tucano.
Segundo Rocha, o diretor da UTC, chamado Miranda, "estava bastante ansioso" para receber o dinheiro, pois "não aguentava mais a pessoa" lhe "cobrando tanto". Rocha teria perguntado quem era e Miranda respondeu Aécio Neves.
Por meio de sua assessoria, o tucano chamou de "absurda" a citação de seu nome. Anteriormente, Aécio já havia sido citado pelo próprio Youssef como responsável por um mensalão em Furnas.
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247 faz apelo por debate responsável na internet
INÍCIO
A Folha de São Paulo, o Tavinho propineiro e o Aécio, são amigos íntimos. Todos ladrões e golpistas. Otávio Martins Amaral.
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