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A nova ameaça à soberania brasileira na Amazônia: Projeto Triplo A
Triplo A: a nova ameaça à soberania brasileira na Amazônia
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Brasil se viu diante de uma proposta do presidente da Colômbia para criar um “corredor ecológico” que iria dos Andes ao Atlântico, passando pela Amazônia. Segundo o professor Rogério Maestri, porém, as preocupações supostamente ambientais do projeto podem esconder interesses estrangeiros bem mais perversos.
De acordo com Maestri, de fato, o envolvimento da Gaia Foundation na proposta do Triplo A é mais um indício “de uma direção em termos de ocupação de espaço por outros países”.
“Cristo,
porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino
dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida
contra si mesma não subsistirá”. – Mateus 12:25
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
A nova ameaça à soberania brasileira na Amazônia: Projeto Triplo A
Fonte: http://br.sputniknews.com
O
Professor visitante de Engenharia Hidráulica na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), Rogerio Maestri se preocupa não apenas com os
aspectos técnicos da questão ambiental, mas também com os fatores
geopolíticos por trás de ideias como a do chefe de Estado colombiano,
Juan Manuel Santos, que anunciou publicamente em fevereiro que iria
propor ao Brasil e à Venezuela este “ambicioso” corredor ecológico.
“Esse tal corredor ecológico, que pra mim não é um corredor, é uma verdadeira ocupação. É o germe de uma ocupação de uma parte do Brasil com o objetivo de isolá-lo do norte, do Caribe, e a América do Sul da parte norte”, disse o especialista em entrevista à Sputnik.
“Seria o
maior corredor do mundo, com 136 milhões de hectares, que batizamos de
Triplo A, pois seria andino, amazônico e atlântico, indo dos Andes até o
Atlântico, no Brasil”, declarou Santos no programa oficial de televisão
Agenda Colômbia, em 16 de fevereiro. Segundo as palavras do presidente
colombiano, a proposta serviria para “preservar a área e como uma
contribuição da humanidade para a discussão sobre como deter as mudanças
climáticas”.
No
entanto, de acordo com Maestri, é bastante provável que o discurso de
Santos esconda intenções menos louváveis. Em primeiro lugar, conforme
aponta o professor, o termo “corredor ecológico” é impróprio para
qualificar o projeto do Triplo A.
De fato, segundo lembra Maestri, um corredor ecológico legítimo na Amazônia, a saber, que levasse em conta a necessidade de preservar a integridade de uma determinada extensão de mata a fim de garantir o fluxo genético entre espécies e evitar a endogamia, deveria integrar outras regiões mais prejudicadas pela exploração humana na região, e não teria a necessidade ambiental de ir até o Atlântico.“De acordo com o costume internacional, se fazem corredores com largura de, digamos, no máximo 1 km. (…) O que chamam de corredor ambiental é algo que varia aqui [no Triplo A] de 50km a 500km. Ele pode ser qualquer coisa, menos um corredor ambiental. É um rasgo que se faz no norte do Brasil”, ressaltou o professor Maestri.
“Por que
ir até o Atlântico? Se é problema ambiental, era pra ir mais para o sul,
mais para baixo da Venezuela, por exemplo, e não precisava ir
exatamente até o Atlântico. Chegar de um lado a outro é claramente
estratégico, e não é por acaso que [o Triplo A] teria dois pontos de
acesso”.
Talvez seja interessante notar que a ideia inicial do “ambicioso” projeto de Santos seja atribuída a Martín von Hildebrand,
fundador da ONG Gaia Amazonas e membro da Gaia Foundation, organização
também não governamental, mas com fortes vínculos com a Casa Real
Britânica.
Segundo o site oficial da ONG inglesa,
o trabalho na Amazônia começou com a mediação do ambientalista
brasileiro José Lutzenberg, que também atuou no ministério do governo
Fernando Collor de Mello. Na época, ele sofreu diversas críticas, sendo
acusado inclusive de receber dinheiro indevido da Gaia Foundation, como
noticiado pela revista Executive Intelligence Review, bem como de isolar
os ambientalistas brasileiros das decisões políticas, preferindo o
conselho de estrangeiros.
“Todas as cabeças coroadas europeias gostam muito de ONGs – não as que queiram fazer alguma coisa no seu próprio país, mas que queiram fazer nos outros países”, afirmou o professor da UFRGS.
De acordo
com Maestri, de fato, o envolvimento da Gaia Foundation na proposta do
Triplo A é mais um indício “de uma direção em termos de ocupação de
espaço por outros países”.
“Se se
olha a tradição europeia, vê-se que eles enxergam muito longe… Não é,
por exemplo, como o americano, que é um pouco mais intempestivo, que
tenta invadir no momento. Os ingleses, europeus, em geral, têm um
raciocínio mais em longo prazo. Então eles vão implantando essas
pequenas coisas, esse tal corredor ecológico, que pra mim não é um
corredor, é uma verdadeira ocupação”.
Além
disso, Maestri também chama a atenção para o fato de a ideia ser
patrocinada pela Colômbia, um dos maiores aliados dos EUA na América
Latina, onde Washington dispõe de sete bases militares.
“Do
lado da Colômbia tem bases americanas, e do lado do Brasil pode ter
bases francesas. Então nas duas extremidades ficam países do Norte, com
grande possibilidade de ter acesso a esse ‘corredor’… a essa ocupação.
Faz sentido dentro de uma lógica estratégica de OCUPAÇÃO”, explica o professor.
Se
efetuado, o Triplo A seria composto em 62% por território brasileiro,
34% por território colombiano e 4% por território venezuelano. Ou seja, a
gestão do “corredor” teria que ser tripartite, o que, de acordo com
Maestri, facilitaria a dominação estrangeira da região amazônica,
especialmente porque o projeto da Gaia Foundation envolve o conceito de autogestão dos povos indígenas.
“Essas
tribos estão em um processo de incorporação de tecnologias modernas,
algumas ainda bem atrasadas, outras mais evoluídas. (…) Com essa
autogestão, eles [os índios] ficam sujeitos à manipulação. É mais ou
menos o que acontece em diversos países da África, que foram
fragmentados ao extremo e agora são sujeitos a invasões permanentes de
tropas neocoloniais. (…) Ou seja, essa visão de uma autodeterminação
também serve [a interesses estrangeiros]; pode levar eles, daqui a um
tempo, a escolherem o país que vai ser o seu suporte. Isso já contraria o
princípio pétreo da Constituição que é a indivisibilidade do Brasil”,
adverte o especialista.
“Essas
comunidades têm todo o direito e devem ser preservadas (…). Porém,
provavelmente com o tempo – e isso é mais ou menos lógico –, essas
culturas indígenas não vão ficar satisfeitas em viver na ‘Idade da
Pedra’ e vão querer mais. Bem, quem vai fornecer esse mais? Vai ser o
Brasil, a Colômbia, a Venezuela, ou os países europeus?”, acrescentou.
A
gigantesca área abrangida pelo Triplo A guarda enormes reservas de água,
minérios e biodiversidade. Ou seja, seria uma imensa riqueza a ser
pretensamente “gerida” por povos indígenas, que, segundo observa o
professor, “podem ser enganados por qualquer um, um posseiro qualquer”,
assim como “podem ser enganados por outros países”.
Outra
evidência dos interesses econômicos por trás da proposta, segundo o
professor, é o fato de que o corredor abarcaria a região acima do Rio
Amazonas – partes mais altas que, sendo mais secas, seriam mais
aproveitáveis para atividades lucrativas, como a criação de gado.
De
qualquer forma, o presidente colombiano prometeu apresentar o projeto na
próxima conferência ambiental da COP 21, que será realizada entre os
dias 7 e 8 de dezembro em Paris. Na opinião de Maestri, entretanto, a
ideia não deve dar frutos pelo menos dentro dos próximos cinco anos.
“É um
projeto de longo prazo. Depois da COP 21, [a ideia] vai evoluindo,
evoluindo, até que vão questionar a própria capacidade do Brasil de
gerir essa parte. Como se eles, os europeus, americanos, fossem capazes
de gerir. As florestas deles simplesmente foram acabadas. Onde teve
colonialismo, acabaram com florestas imensas”, notou o professor.
“Somos tão incompetentes assim? Se a Amazônia existe, é porque tinha um governo brasileiro, que bem ou mal ainda a conservou. Qual a moral que têm países que desmataram, que colonizaram ao máximo – e ainda colonizam, agora com o neocolonialismo –, em chegar e falar que o Brasil é incapaz?”
De
acordo com Maestri, não se pode negar a importância da conservação da
Amazônia, mas a tarefa deve ser levada a cabo “dentro da lógica
nacional”. O especialista defende, sobretudo, a “presença forte do
Exército brasileiro impedindo o corte dessas matas”, o reforço da
ocupação do Estado na região e uma “cobertura de satélites” para
melhorar o monitoramento, tarefa que, segundo ele, pode ser feita em
parcerias múltiplas com outros países, inclusive com o sistema de
navegação GLONASS, da Rússia, que acaba de ganhar sua segunda estação no Brasil.
No
entanto, Maestri ressalva que o Estado tem que se fazer presente não só
na parte da defesa, mas também na esfera social. “A Amazônia não é um
vazio”, diz o professor, defendendo a necessidade de dar assistência em
saúde e educação às pessoas que habitam a região amazônica. “Ocupar a
Amazônia para evitar ser ocupado”, resume ele.
“Se
o Estado brasileiro ocupar aquela região efetivamente, ninguém entra.
Ocupar integralmente, desde o médico, da professora, do pequeno
hospital, até as Forças Armadas”, concluiu o especialista. Postado em
agosto 2015.
A AMAZÔNIA NÃO SERÁ TOMADA POR FORÇAS ESTRANGEIRAS, SAIBA POR QUE ACESSANDO O LINK.
- Na Era de Ouro, as pessoas não estavam conscientes de seus governantes.
- Na Era de Prata, elas os amavam e cantavam.
- Na Era de Bronze, elas os temiam.
- E por fim, na Era do Ferro (os dias do Kali Yuga, ou seja, HOJE), elas os desprezavam. Quando os governantes minam a confiança popular, as pessoas comuns (e Deus) perdem sua fé nos governantes. – Retirado do Tao Te Ching
Mais informações sobre o momento do BRASIL em:
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