Reintegração de posse destrói aldeia na Terra Indígena Comexatibá e Povo Pataxó pede providencias da FUNAI
19 de Janeiro de 2016
Indígenas
denunciaram que a decisão foi arbitrária pois a Terra Indígena foi
reconhecida em 2015. A ação da Polícia Federal e Militar foi aplicada
pelo mandado de reintegração de posse na Terra Indígena Comexatibá,no
distrito de Cumuruxatiba, que pertence à cidade de Prado, extremo-sul da
Bahia.
O Povo Pataxó pede providencias
urgentes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e prometem resistir na
comunidade. Posto de saúde, escola e moradias foram destruídos. A Terra
Indígena Comexatibá, também conhecida como Aldeia Cahy, teve o centro
cultural incendiado e atentados contra a comunidade em 2015.
A
empresária Catarina Azevedo Pompeu é uma das que reivindica a área, ela
é dona de um estabelecimento hoteleiro no local da terra indígena.
Empresários, fazendeiros, grileiros e outros cobiçam o território.
Empreendimentos de turismo, imobiliários e resorts são interesse de
investidores na região.
Ano passado foi publicado no Diário Oficial da União,
o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra
Indígena Comexatibá, anteriormente chamada de Cahy-Pequi e assinado pelo
presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa. A decisão era
aguardada pelos indígenas desde 2013, pois ocupantes não indígenas de um
assentamento do Incra, Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) e a Justiça Federal questionavam se era um
território indígena reconhecido pelo Estado.
As
aldeias que fazem parte do território Pataxó de Cumuruxatiba são:
Aldeia Nova, Corumbauzinho, Águas Belas, Craveiros, Alegria Nova, Tawá,
Pequi, Tibá, Kaí, Dois Irmãos.
Redação Yandê
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