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. " | aquilo que é não pode ser verdadeiro." Aos nossos \. t11ti/JI): . |
Mais ainda, anibas expressam o mesmo conceito, a saber, a estrutura antagônica da realidade, e do pensamento tentando compreender a realidade, O mundo da experiência imediata - o mundo em que nos encontramos vivendo - deve ser compreendido, transformado e até subvertido para se tornar aquilo que verdadeiramente é.
Na equação Razão = Verdade = Realidade, que reúne os mundos subjetivo e objetivo numa unidade antagônica, a
O universo totalitário da racionalidade tecnológica é a mais recente transmutação da idéia de Razão. Tentarei, neste capítulo e nos que se seguem, identificar algumas das principais etapas do desenvolvimento dessa idéia - o processo pelo qual \
O universo operacional fechado da civilização industrial desenvolvida, com a sua aterradora harmonia entre liberdade e opressão, produtividade e 'destruição, crescimento e regressão está pretraçado nesta idéia de Razão como um projeto histórico específico. As fases tecnológica e pré-tecnológica comparti- lham certos conceitos básicos sobre o homem e a natureza, que expressam a continuidade da tradição ocidental. Dentro desse contínuo, diferentes modos de pensar se entrechocam; pertencem a maneiras diferentes de apreender, organizar e modificar a sociedade e a natureza. As tendências estabilizadoras entram em conflito com os elementos subversivos da Razão, o poder do ~ pensamento positivo com o do negativo, até que as realizações \)- da civilização industrial avançada conduzam à vitória da realidade unidimensional sobre toda a contradição.
Bsse conflito data das próprias origens do pensamento filosófico e tem surpreendente expressão no contraste entre a lógica dialética de Platão e a lógica formal do Organon aristotélico. O esboço do modelo clássico do pensamento dialético, que se segue, poderá preparar o terreno para uma análise das particularidades contrastantes da racionalidade tecnológica. Na ~sofia
Essa concepção reflete a experiência de um mundo antagônico a si mesmo - um mundo afligido pela necessidade e pela negatividade, constantemente ameaçado de destruição, mas também um mundo que é um cosmo, estruturado de conformidade com causas finais. Desde que a experiência de um mundo antagônico guie o desenvo vlmento as cate oflas I osôflcas a iloso Ia se move num universo que é ram ido em si mesmo (déchirement ontologique - õiaime sional. AparencIa e reali- da e, inver a e e verdade e co veremos, não-liberdade e liberdade )[jão coõalÇões ontológicas.
A distinção não existe em virtu e ou por_culpa ç!,opensamento abstrato; está, antes, arraigada na experiência do unLverso do qual o pensamento participa na teoria e na prática. Neste universo, há modos de ser nos quais os homens e as coisas são "por si" e "como eles próprios", e modos nos quais não são - isto é, nos quais existem na deformação, na limitação e na negação de sua natureza (essência). Para superar essas condi- ções negativas há o processo do ser e do pensamento. A Filosofia se origina na dialética; seu universo da locução reage aos' fatos de uma realidade antagônica.
Quais os critérios para essa distinção? Em que bases é a condição da "verdade" destinada a um modo ou condição e não a outro? A Filosofia clássica grega assenta grandemente no que foi posteriormente chamado (num sentido assaz desairoso) "intuição", isto é, uma forma de cognição na qual o objeto do pensamento aparece claramente como aquilo que ele realmente é (em suas qualidades essenciais) e em relação antagônica com a sua situação contingente imediata. Na verdade, essa evidência da intuição não é demasiado diferente da cartesiana. Não é uma faculdade misteriosa da mente, nem uma experiência estranha imediata, tampouco estando divorciada da análise conceptual. A intuição é, antes, o término (preliminar) de tal análise - o resultado da mediação intelectual metódica. Como tal, é a mediação da experiência concreta.
A noção da essência do homem pode servir de exemplo.
Analisado na condição em que ele se acha no seu universo, o homem parece estar de posse de certos poderes e faculdades que
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(...)
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