"DEFENDER POLÍTICOS SABIDAMENTE CORRUPTOS POR QUESTÕES IDEOLÓGICAS --OU PARA NÃO DAR O BRAÇO A TORCER-- É TRABALHAR CONTRA A DEMOCRACIA"
*POR CELSO LUNGARETTI
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2015/11/jose-padilha-defensores-do-pt-lutam.html*matéria do José Padilha:
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/11/1703314-trabalhar-pela-democracia.shtml#_=_
JOSÉ PADILHA: DEFENSORES DO PT "LUTAM PELA ESCRAVIDÃO PENSANDO ESTAR LUTANDO PELA LIBERDADE".
Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia
Padilha pede "grandeza de espírito"
|
Desde o primeiro momento avaliei Tropa de elite (2007)
como um filme fascistoide, por banalizar a suprema abominação que é a
tortura, heroicizando os criminosos fardados que a praticam contra
delinquentes.
O
próprio diretor e co-autor do roteiro, José Padilha, parece ter-se dado
conta disto, pois o filme seguinte da série (2010), cujo título recebeu
o significativo complemento de O inimigo agora é outro, foi uma espécie de autocrítica, com o tal capitão Nascimento se voltando contra os delinquentes maiores do País, os políticos.
Os
bandidos das ruas roubam, traficam, estupram e matam no varejo,
enquanto os bandidos da Praça dos Três Poderes fazem a mesmíssima coisa
com as esperanças de todo o povo brasileiro, praticando seus malefícios
por atacado, em escala infinitamente maior.
E é o Padilha de 2010 que acaba de lançar o mais contundente libelo fundamentado (eu
desconsidero aqueles que apenas vomitam insultos grosseiros) contra a
caricatura de si próprio que o Partido dos Trabalhadores se tornou ao
trocar o digno projeto político transformador de 1980 por um indigno
projeto de perpetuação no poder mediante quaisquer métodos e sob
quaisquer bandeiras ideológicas.
A íntegra do artigo Trabalhar pela democracia pode ser acessada aqui. Eis os parágrafos finais, aqueles que pegam no breu:
O PT era médico em 1980...
|
"...a
democracia confere vantagens competitivas significativas para quem sabe
aplicá-la, e não é à toa que as sociedades mais desenvolvidas têm
aparatos legais destinados a preservar seu bom funcionamento.
Monopólios, oligopólios e leis inadequadas para o financiamento de
campanhas desvirtuam o processo democrático. Concentração de mídia e
riqueza promove distorções nas campanhas eleitorais.
A
corrupção é especialmente danosa. Nos países em que grupos políticos
hegemônicos a praticam de forma sistêmica, cria-se um círculo vicioso. O
sucesso eleitoral garante o vilipêndio dos recursos públicos e o
vilipêndio dos recursos públicos garante o sucesso eleitoral.
Nesses
países ocorrem dois fenômenos. Em primeiro lugar, há pouca alternância
de poder. Em segundo, as alternâncias acontecem depois de crises
econômicas agudas, quando o estrago da corrupção chega a tal ponto que
nem as vantagens conferidas por ela garantem mais as próximas eleições.
...mas, ao chegar ao poder, revelou seu lado monstro.
|
O
custo social e institucional desse processo é elevado. Político que
rouba para financiar campanha comete crime ainda mais grave do que o
político que embolsa pixuleco. Fraude à democracia não é atenuante, é agravante.
Existem
ainda formas indiretas de fraudar a democracia. Um governante que
frauda a Lei de Responsabilidade Fiscal de um país, seja pela emissão
descontrolada de moeda ou por artifícios contábeis, para ganhar eleições
imputa o custo de sua campanha a toda a população.
Além
de viciar o processo eleitoral e de gerar crises econômicas agudas, a
impede que a democracia promova a correta avaliação das políticas
públicas.
Por
exemplo: ao votar no PT, os brasileiros escolheram manter a estatização
da exploração do petróleo. Hoje, apesar de monopolista, a Petrobras tem
uma dívida de R$ 500 bilhões e suas ações se desvalorizaram
incrivelmente. Isso significa que o petróleo não pode ser estatizado?
Não necessariamente, posto que o PT promoveu um tal nível de corrupção
na Petrobras que é difícil separar os efeitos da estatização dos efeitos
negativos da corrupção.
"...o PT promoveu um tal nível de corrupção na Petrobrás..."
|
Quando
uma democracia se torna extremamente corrupta, como aconteceu no
Brasil, o melhor que os agentes sociais podem fazer é colocar suas
divergências ideológicas temporariamente de lado e unir forças para
punir exemplarmente quem corrompeu o país e o processo eleitoral.
Defender
políticos sabidamente corruptos por questões ideológicas –ou para não
dar o braço a torcer– é trabalhar contra a democracia. Aqueles que não
têm a grandeza de espírito para colocar a lisura do jogo democrático à
frente das preferências ideológicas lutam pela escravidão pensando estar
lutando pela liberdade".
exato é preciso ter lucidez e saber separar o joio do trigo a corrupção tem sua ideologia o lucro o saque a apropriação ou roubo a luz do dia... é sabido que esse ano já foi sonegado 430 bilhões de de reais, a simples leitura disso deveria abrir o olhos de todos, o roubo é legal...
ResponderExcluir