domingo, 6 de março de 2016

BERNARDO GUTIÉRREZ : LA DETENCIÓN DE LULA PROFUNDIZA LA POLARIZACIÓN POLÍTICA EN BRASIL

04 DE MARÇO DE 2016 , LULA, A ESQUERDA, A LEI ÁUREA E A MATRIX

BERNARDO GUTIÉRREZ : LA DETENCIÓN DE LULA PROFUNDIZA LA POLARIZACIÓN POLÍTICA EN BRASIL
*via Cláudio Estevam Próspero 


Após ler este texto, do Bernardo Gutiérrez, fico com a impressão de que o objetivo de sexta foi RESGATAR LULA COMO, mais uma vez, UM INSTRUMENTO DE DESARTICULAÇÃO DA VERDADEIRA ESQUERDA (ver definições na imagem). Que o verdadeiro plano do Sistema é viabilizar a volta do Lula em 2018 para bloquear debates e mudanças profundas. Que acham?

Lembro que os que nos manipulam, o fazem há 500 anos... São peritos em esquemas de 'virar o jogo', 'entregar os dedos para não perder anéis', 'Matrix'.... Alguns exemplos [1]:

- Independência com Imperador da família dos colonizadores
- República sem Povo (dos generais)
- Diretas Já empossando aliados da Ditadura
- Paladino do 'Combate aos Marajás' se revelando um corrupto


Traduzindo trecho final do texto do Bernardo Gutierrez:


<< O juiz conservador Sergio Moro é um personagem necessário na trama dos sonhos de João Santana. Volta o 'fraquinho fortão', retorna o 'filho do Brasil'. O país Brasil em 2016 é outro: a crise se aprofunda, a frágil nova classe média se desintegra, o horizonte de esperança, de 2006, se evapora . E a linguagem política orientada aos desfavorecidos é muito menos eficaz do que há uma década: o consumismo substituiu a ideologia. Mas enquanto a justiça aponta para Lula, mais uma vez faz sentido aquela frase de 2006:. "Lula se beneficia na posição de vítima". >>


[1] LEI ÁUREA: UMA CONTRA REVOLUÇÃO BRASILEIRA

A História do Brasil é marcada por momentos de potenciais revoluções, que ora se desenvolvem em revoluções de fato (como em 1930), ora em uma articulação das classes dominantes no sentido contra-revolucionário – abortando, assim, a revolução no seu ventre, antes mesmo dela sair à luz da História.

A lei que pôs fim a instituição da escravidão, pode ser encarada como um desses episódios de contra revolução brasileira. Isto porque impediu a catarse[1] durante um clima de tensão social que pairava no Brasil às vésperas do 13 de maio.

Nelson Werneck Sodré (1989) mostrou que a monarquia estava realmente muito longe de ser um modelo de virtudes. Mas se a monarquia teve os seus limites, a república surgiu para evitar uma revolução, afinal

<< O que era válido em 1820 não era válido em 1880. O império era obsoleto. Tratava-se de mudar, de substituí-lo por outro regime, pela república. E, para isso, era preciso, mais uma vez, evitar a revolução, evitar que as reformas fossem profundas. E por tudo isso é que a república foi o que foi (p. 30).>>

(...) Mesmo sem dominar a cultura letrada, os negros e outros subalternizados organizaram quilombos e, em situação semelhante, os parlamentares brasileiros criaram leis para reafirmar a sua autoridade. A Lei Áurea foi uma dessas leis, que deve ser entendida em um processo.

<< A lei [do ventre livre], reafirmava a autoridade dos senhores. Não libertava os escravos, apenas estabelecia condições para que essa liberdade fosse alcançada, após o cumprimento de determinadas exigências. Colocada no palco, numa fase de agitação e quando o fim do escravismo estava à vista, debilitava a resistência dos escravos e freava o ímpeto do movimento abolicionista que apenas se iniciava. Visava, particularmente quando as fugas de escravos se avolumava, a controlá-los e a fixá-los. Criava, para isso, o registro dos escravos e o fundo de emancipação (SODRÉ, 1989, p. 39).>>

Algumas destas leis, que eram para “ingleses verem”, obrigaram os trabalhadores a continuarem juridicamente escravizados mesmo depois de assinada a Lei Áurea, que foi uma importante lei trabalhista, e ao mesmo tempo uma lei extremamente conservadora: nós não a comemoramos.
<< A lei de locação de serviços, de 1879, como a do Ventre Livre e como a dos Sexagenários estabeleceram as condições para a extinção do trabalho escravo no Brasil. A chamada abolição, em 1888, já não entrava em detalhes, não impunha condições. Foi certamente a lei mais curta que o Império conheceu porque, na realidade, foi apenas o remate final, o acabamento de um longo e tortuoso processo. Tudo fora regulado antes. Não havia mais, mesmo, do que assinalar o fim do regime do trabalho escravo (SODRÉ, 1989, p. 41).>>

Texto completo:

http://geaciprianobarata.blogspot.com.br/2014/06/lei-aurea-uma-contra-revolucao.html




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