Em kamikaze estourou seus tímpanos
ao som de incenso, ao sabor das rosas
nem sabe ele de onde ou quando
ao seu redor infinitas paragens.
De fato ouviu um som metálico
de sino rouco, de rock e raiva
seu corpo estático estalou cravado
no coração dilacerado do meio-dia.
Tentou perante alicerces sólidos
reconstruir canções e valsas
instalar vertentes no calor das veias
fazer-se herói no fogo dos sacrifícios.
Em Cingapura sonhou distante
como se fosse nostálgica a insensatez
meteu seu pé diante da incerteza
pois que tudo soava sonho.
Depois da fúria, a flor de lótus de sempre
no silêncio de seu ouvido fragmentado
Kitaro em sombras de Budas astronautas
melhor o tempo dizendo Gautama.
Desejou furor e paixão por amores
amor primeiro de primeira cama
de sino rouco, de mantra e calma
no coração exacerbado do seu meio-dia.
BLOG DO POETA : http://oceuderimbaud.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário