sexta-feira, 22 de maio de 2015

UMA VISITA AO PRONTO SOCORRO DA SANTA CASA DE BAGÉ - Otávio Martins Amaral



  UMA VISITA AO PRONTO SOCORRO DA SANTA  CASA DE BAGÉ.

Otávio Martins Amaral




Lá pelas quatro (dezesseis), 12/05/2015, falei com a minha irmã, Neyva. O Ricardo largaria o serviço, aí pelas cinco e viria para irmos até ao Pronto Socorro. Chegamos lá às dezoito horas. De cara um funcionário (simpático, pareceu-me, competente, chamou pelo meu nome e fez o que eles chamam de triagem. Oxímetro na ponta do dedo. Já acusava, também, o batimento: 100. Ele explicou: quanto menos oxigênio, aumenta o batimento cardíaco, O oxímetro acusava 88. Verificou a pressão, disse que estava ótima, 12 x 8. A febre, quase me assustei, apontou uma pistola (de plástico) mandou uma luzinha azul, 36 e pouco, ótima, a temperatura. Novas tecnologias. Logo a seguir, me encaminhou para o oxigênio e para o médico. Dr. Elói. Mandou mais um medicamento, pela veia, na mão, duas horas e meia, sumiu. Era horário da troca de plantão. Ficou outro para fazer, depois, a avaliação, sumiu. Tinha dois mais novos por ali, sumiram. O Ricardo falou com a enfermeira, pelo procedimento, outro médico, já que os outros haviam sumido, faria a avaliação pelo que fui medicado. Sorte minha, que os outros haviam sumido.

Apareceu, como por encanto, uma médica, jovem, acho que foram buscá-la lá não sei onde. Eu era o segundo. Ela disse, ou perguntou: “E, agora, depois da medicação, está melhor?”. Nem cheguei a responder e ela disse: “Vamos fazer uns Raios X. Mais essa! Fui até os Raios X. Um rapaz muito simpático e, me pareceu, bom profissional, mais três mulheres, muito bonitas e jovens. Eu parecia um rei. Quando cheguei à recepção, novamente, a funcionária comentou: Raios X, que rápido! Respondi, brincando, lá eles trabalham, são rápidos. Ela retrucou, nós também trabalhamos. Pensei. É, os médicos é que sumiram. Ela tinha razão.

Fui reencaminhado para a médica que apareceu não sei de onde. Ela fez um curativo no dedo de um senhor e começou a chamar. Pela segunda vez, já havia feito os Raios X, pensei que era à moda antiga. A minha radiografia já estava no computador, ao lado dela. Ela disse, é o senhor está com um começo de pneumonia, vou lhe receitar dois medicamentos. Um antibiótico e um corticóide. Por sorte o Ricardo já estava de volta, passamos na farmácia, compramos os remédios e fui pra casa.

Pensando bem, depois, ela, a médica, a Joyce, fora providencial, me mandando  fazer os tais de Raios X. Pensei em pedir um beijo pra ela. Não beijo de amor. Beijo de amizade. Amizade à primeira vista. Ela disse, antes dos Raios X, que eu estava, ainda, ófegante (foi assim mesmo que ela falou) e, por isso, o tal de Raios X. Rápidos como eles só. Ela, ótima médica. O rapaz e as meninas, pelo jeito, eram os derradeiros Raios-xiqueiros, novas tecnologias vão surgindo e...

Estou tratando de um princípio de pneumonia. A sorte é que os médicos, todos, haviam sumido. Sorte é pra quem tem.




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