SINTUSP: Criminoso Atentado
Carlos A. Lungarzo
O Sindicato dos Trabalhadores da
Universidade de São Paulo (Universidade
Estadual na cidade de São Paulo, a mais poderosa do Brasil) denuncia
neste documento um gravíssimo atentado contra sua sede, e elenca várias
agressões contra estudantes realizados pela polícia e os corpos de segurança.
O
comunicado aparece em sua forma original no texto seguinte. Devo, ainda,
enfatizar que, embora o SINTUSP se mantenha dentro dos limites da descrição
neutral dos fatos, todos nós somos claramente conscientes de que estes crimes
caracterizam o espírito fascista e confessional da atual administração, e que
procuram infundir o terror em todos os que resistem a sórdida administração do
Opus Dei, o Integralismo e outras forças que propugnam a faxina política e
social do Estado, como se evidencia também na política de RACISMO,
registrada recentemente.
Tudo isto
está no marco do domínio do Estado por uma elite truculenta, dirigida por
figuras confessionais e inquisitoriais, que, ao longo das últimas décadas,
estimularam numerosos crimes contra detentos, menores infratores, moradores de
rua, no melhor estilo do franquismo espanhol e num nível muito acima da
truculência da ditadura militar.
Portanto, peço a todos meus correspondentes no exterior que
traduzam, por gentileza o comunicado da SINTUSP as principais línguas européias
e fazam conhecer o fato em todas suas redes sociais.
É importante também que a opinião pública conheça os autores por seus
nomes, para que possam ser reconhecidos no ambiente internacional pelos grupos progressistas
e democráticos que operam nesses ambientes.
Grato a todos
Carlos Lungarzo
URGENTE!
Criminosa tentativa de sabotagem no Sintusp – Sindicato dos
Trabalhadores da USP
Quinta-feira (12) pela manhã, quando dois funcionários adentram a sede
do sindicato para dar inicio a mais um dia de expediente, constatam um
forte cheiro de gás, em seguida, surpreendessem quando identificam um enorme
vazamento em virtude de todos os botões do fogão industrial, localizado na
cozinha, estarem abertos.
Minutos mais tarde, outro funcionário ao abrir sua sala para também
dar inicio ao seu trabalho, nota que pastas e documentos de uso interno estão
espalhados no interior da mesma.
Todo o episódio ocorre sem a violação de qualquer dos cadeados de
entrada e fechadura de portas que dão acesso a entidade e salas internas!
Ressaltamos que, como de costume, todo o espaço fora vistoriado no dia
anterior, antes de seu fechamento e que tudo se encontrava devidamente normal.
Estranhamente (no final da tarde do dia anterior) foi observado por
funcionários e estudantes a presença de vigilantes da empresa EVIK e Policiais
à paisana, nos arredores do sindicato.
A sabotagem foi registrada em BO – boletim de ocorrência na Central de
Segurança da USP e no 93º Distrito Policial, Jaguaré.
A Diretoria do Sintusp encaminhou oficio a reitoria da universidade
comunicando os fatos. É importante ressaltar que os cadeados e fechaduras do
sindicato não foram arrombados.
Lembramos que tudo isto acontecesse depois de:
Dia 6 - Uma estudante grávida ter sido agredida (por “agentes” da
guarda universitária na presença de policiais militares) e depois acompanhada,
por diretor do sindicato, ao 91º Distrito Policial para registro de boletim de
ocorrência e exame de corpo de delito.
Dia 9 - A intervenção de diretores do Sintusp (no caso Nicolas -
estudante da USP espancado pelo sargento PM André Ferreira, no espaço do
DCE/USP) e acirrada discussão com os policiais e guardas universitários,
evitando a continuidade das atrocidades.
Dia 9 – Publicação na Revista Fórum (jan/2012) sobre espionagem
na USP. Com apresentação de documentos que a Revista teve acesso, como,
relatórios de agentes infiltrados em reuniões da diretoria do sindicato, da
Associação dos Docentes da USP, reuniões e assembleias de estudantes e
funcionários, além do monitoramento de médicos e funcionários do Hospital
Universitário e até Diretores de Unidades da Universidade.
Dia 10 – entrevista coletiva do estudante Nicolas a diversas emissoras
de TV, falando sobre a agressão e ação policial e de “membros” da guarda
universitária. Gravação sugerida e organizada por diretores do Sintusp.
Até o momento não constatamos a perda ou furto de nenhum documento ou
objeto de valor, o que evidencia que esta atitude criminosa que colocou em
risco a vida dos funcionários, dos diretores e estudantes que freqüentam o
espaço só pode ser explicada por motivações políticas.
Este é o último capitulo de uma tragédia anunciada pela assinatura de
um convênio que perpetua a PM em nossa universidade, como parte de uma
verdadeira ofensiva repressiva feita por parte da reitoria e do governo, que se
da através de processos administrativos, criminais e ações de espionagem
contra os diretores e ativistas do sindicato e estudantes que lutam em
defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Assim, denunciamos esta criminosa atitude de ataque ao Sintusp e
responsabilizamos a reitoria e o governo pela integridade física de todos.
Finalmente, pedimos as entidades sindicais, populares, estudantis,
intelectuais e parlamentares a manifestarem repudio a mais essa ação criminosa
e devida apuração dos fatos, conseqüentemente, a responsabilização de
seus autores, encaminhando esses pedidos para:
Secretaria Estadual de Segurança Pública/SP
seguranca@sp.gov.br
secretário Antônio Ferreira Pinto
Reitoria da Universidade de São Paulo
gr@usp.br
reitor João Grandino Rodas
Ministério Público do Estado São Paulo
pgj@mp.sp.gov.br
procurador-geral de justiça Fernando Grella
Vieira
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo
barrossmunhoz@yahoo.com.br
deputado Barros Munhoz
com cópia para o:
Sintusp
- Sindicato dos Trabalhadores da USP
sintusp@sintusp.org.br
Diretoria Colegiada Plena
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