segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SINTUSP: CRIMINOSO ATENTADO



SINTUSP: Criminoso Atentado

Carlos A. Lungarzo
O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Universidade Estadual na cidade de São Paulo, a mais poderosa do Brasil) denuncia neste documento um gravíssimo atentado contra sua sede, e elenca várias agressões contra estudantes realizados pela polícia e os corpos de segurança.
O comunicado aparece em sua forma original no texto seguinte. Devo, ainda, enfatizar que, embora o SINTUSP se mantenha dentro dos limites da descrição neutral dos fatos, todos nós somos claramente conscientes de que estes crimes caracterizam o espírito fascista e confessional da atual administração, e que procuram infundir o terror em todos os que resistem a sórdida administração do Opus Dei, o Integralismo e outras forças que propugnam a faxina política e social do Estado, como se evidencia também na política de RACISMO, registrada recentemente.
Tudo isto está no marco do domínio do Estado por uma elite truculenta, dirigida por figuras confessionais e inquisitoriais, que, ao longo das últimas décadas, estimularam numerosos crimes contra detentos, menores infratores, moradores de rua, no melhor estilo do franquismo espanhol e num nível muito acima da truculência da ditadura militar.
Portanto, peço a todos meus correspondentes no exterior que traduzam, por gentileza o comunicado da SINTUSP as principais línguas européias e fazam conhecer o fato em todas suas redes sociais.
É importante também que a opinião pública conheça os autores por seus nomes, para que possam ser reconhecidos no ambiente internacional pelos grupos progressistas e democráticos que operam nesses ambientes.
Grato a todos
Carlos Lungarzo


URGENTE!
Criminosa tentativa de sabotagem no Sintusp – Sindicato dos Trabalhadores da USP
Quinta-feira (12) pela manhã, quando dois funcionários adentram a sede do sindicato para dar inicio a mais um dia de expediente, constatam um forte cheiro de gás, em seguida, surpreendessem quando identificam um enorme vazamento em virtude de todos os botões do fogão industrial, localizado na cozinha, estarem abertos.
Minutos mais tarde, outro funcionário ao abrir sua sala para também dar inicio ao seu trabalho, nota que pastas e documentos de uso interno estão espalhados no interior da mesma.
Todo o episódio ocorre sem a violação de qualquer dos cadeados de entrada e fechadura de portas que dão acesso a entidade e salas internas!
Ressaltamos que, como de costume, todo o espaço fora vistoriado no dia anterior, antes de seu fechamento e que tudo se encontrava devidamente normal.
Estranhamente (no final da tarde do dia anterior) foi observado por funcionários e estudantes a presença de vigilantes da empresa EVIK e Policiais à paisana, nos arredores do sindicato.
A sabotagem foi registrada em BO – boletim de ocorrência na Central de Segurança da USP e no 93º Distrito Policial, Jaguaré.
A Diretoria do Sintusp encaminhou oficio a reitoria da universidade comunicando os fatos. É importante ressaltar que os cadeados e fechaduras do sindicato não foram arrombados.
Lembramos que tudo isto acontecesse depois de:
Dia 6 - Uma estudante grávida ter sido agredida (por “agentes” da guarda universitária na presença de policiais militares) e depois acompanhada, por diretor do sindicato, ao 91º Distrito Policial para registro de boletim de ocorrência e exame de corpo de delito.
Dia 9 - A intervenção de diretores do Sintusp (no caso Nicolas - estudante da USP espancado pelo sargento PM André Ferreira, no espaço do DCE/USP) e acirrada discussão com os policiais e guardas universitários, evitando a continuidade das atrocidades.
Dia 9 – Publicação na Revista Fórum (jan/2012) sobre espionagem na USP. Com apresentação de documentos que a Revista teve acesso, como, relatórios de agentes infiltrados em reuniões da diretoria do sindicato, da Associação dos Docentes da USP, reuniões e assembleias de estudantes e funcionários, além do monitoramento de médicos e funcionários do Hospital Universitário e até Diretores de Unidades da Universidade.
Dia 10 – entrevista coletiva do estudante Nicolas a diversas emissoras de TV, falando sobre a agressão e ação policial e de “membros” da guarda universitária. Gravação sugerida e organizada por diretores do Sintusp.
Até o momento não constatamos a perda ou furto de nenhum documento ou objeto de valor, o que evidencia que esta atitude criminosa que colocou em risco a vida dos funcionários, dos diretores e estudantes que freqüentam o espaço só pode ser explicada por motivações políticas.
Este é o último capitulo de uma tragédia anunciada pela assinatura de um convênio que perpetua a PM em nossa universidade, como parte de uma verdadeira ofensiva repressiva feita por parte da reitoria e do governo, que se da através de processos administrativos, criminais e ações de espionagem contra os diretores e ativistas do sindicato e estudantes que lutam em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Assim, denunciamos esta criminosa atitude de ataque ao Sintusp e responsabilizamos a reitoria e o governo pela integridade física de todos.
Finalmente, pedimos as entidades sindicais, populares, estudantis, intelectuais e parlamentares a manifestarem repudio a mais essa ação criminosa e devida apuração dos fatos, conseqüentemente, a responsabilização de seus autores, encaminhando esses pedidos para:

Secretaria Estadual de Segurança Pública/SP
seguranca@sp.gov.br
secretário Antônio Ferreira Pinto

Reitoria da Universidade de São Paulo
gr@usp.br
reitor João Grandino Rodas

Ministério Público do Estado São Paulo
pgj@mp.sp.gov.br
procurador-geral de justiça Fernando Grella Vieira

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
barrossmunhoz@yahoo.com.br
deputado Barros Munhoz

com cópia para o: 
Sintusp - Sindicato dos Trabalhadores da USP
sintusp@sintusp.org.br

Diretoria Colegiada Plena

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