Por Celso Lungaretti
Esta na Folha de S. Paulo deste domingo (22): Dilma deve ouvir Lula para definir Comissão da Verdade (ver íntegra aqui). Eis os trechos principais:
"A presidente Dilma Rousseff deve consultar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de escolher quem serão os integrantes da Comissão da Verdade.
Lula (...) será um dos poucos interlocutores cuja opinião terá peso na escolha dos sete conselheiros, segundo membros do governo envolvidos nas tratativas da instalação da comissão.
Inicialmente, a presidente havia assinalado a assessores que queria definir a comissão ainda neste mês. Mas dentro do governo já se trabalha com março como o mês limite da escolha.
Nos bastidores, ao menos quatro grupos se movimentam para conseguir emplacar conselheiros, que poderão convocar testemunhas e requisitar qualquer documento.
Organizados no ano passado, por meio de comitês estaduais, para pressionar pela aprovação da comissão no Congresso, esses grupos enviaram ao governo diversas listas, nas quais constam cerca de cem nomes.
Nelas, destacam-se acadêmicos e de dois membros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil): Cezar Britto, ex-presidente da entidade, e Wadih Damou, que comanda a ordem no Rio de Janeiro.
Tucanos de São Paulo tentam emplacar José Gregori ou Paulo Sérgio Pinheiro, ambos ministros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ao mesmo tempo, o Ministério Público Federal trabalha para que um procurador seja escolhido. O nome mais cotado em Brasília é o de Marlon Weichert, da Procuradoria em São Paulo.
Senadores de oposição também desejam indicar o titular de uma das vagas".
Talvez agora os companheiros percebam melhor porque eu me apresentei como anticandidato, dispondo-me a lutar pela CONQUISTA da verdade (ver aqui), já que nada nos é dado de graça.
Estava careca de saber que haveria uma enxurrada de mobilizações, pressões e lobbies dos que são luminares ou PARTICIPAM, duma ou doutra maneira, DO SISTEMA.
Então, para marcar posição, ofereci-me como uma ALTERNATIVA VINDA DE FORA DO SISTEMA. Alguém que chegaria à Comissão com o compromisso único de resgatar e revelar a verdade, fazendo justiça às vítimas dos anos de chumbo.
É claro que, assim como as vozes das ruas dificilmente são ouvidas na tomada das grandes decisões nacionais, também as ruas virtuais não estarão representadas na Comissão. A escolha se dará no universo claustrofóbico do stablishment político, incidindo sobre os notáveis de sempre e sempre sobre nomes respeitáveis aos olhos da grande imprensa.
Continuarei priorizando as ruas onde está o povo e a praça que é do povo como o céu é do condor; e também as ruas virtuais, que aos poucos vão se tornando o embrião de uma alternativa de poder.
É delas que quero ser porta-voz: se algum dia conseguir invadir uma praia do sistema, não será para fazer parte do sistema, mas sim para, a partir de uma tribuna que atinge público diferente do que atinjo agora, amplificar as vozes dos que lutam contra o sistema.
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