segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CASO WILMAN: A VOZ DO GOVERNO CUBANO




Caso Wilman: A Voz do Governo Cubano
Carlos A. Lungarzo

Algumas horas após o envio de meu artigo Wilman Villar: Dissidente ou Quê? a todos meus contatos das redes sociais, e de sua publicação em me próprio blog e em sites e blogs fraternos, recebi os textos que aparecem na segunda parte deste post.
Estes textos, que compilam diversas manifestações do governo cubano sobre o caso Villar me foram enviados desde o escritório do Senhor Lázaro Mendes, Consul Geral de Cuba em São Paulo, a quem agradeço a gentileza. (Veja foto no cabeçalho deste post)

Estes textos são reproduzidos, conservado a ordem e a parte principal da formatação, na segunda parte deste post, e entendo que devem merecer a máxima discussão dos blogs amigos, porque isso permite uma polêmica saudável sobre problemas críticos que afetam a credibilidade do que atualmente se denomina esquerda.
Acredito que em meu post de ontem aparecia nítida a intenção de tornar visíveis os poucos dados objetivos que se possuem sobre a morte de Villar, cruzar as diferentes fontes que se manifestaram sobre seu processo e morte, e historiar rapidamente os critérios usados pelo governo revolucionário de Cuba para tratar os dissidentes.
Mesmo no risco de cair em redundâncias, quero enfatizar fortemente que não estou desconhecendo as queixas de Cuba contra a parcialidade da qual é alvo por parte dos governos dos EEUU e da União Europeia, e que nossa crítica sobre a violação dos DH em Cuba, não está vinculada as críticas promovidas por grupos também considerados de DH, mas que programam suas ações em função de diretrizes dos países imperialistas e seus aliados. Em síntese:
·         Minha posição e a das pessoas com as que trabalho se baseiam no princípio de que os Direitos Humanos não devem ser instrumentados politicamente, nem colocados ao serviço de grupos de qualquer natureza. Aliás, enfatizamos que eles são universais, que estão acima da soberania e do nacionalismo, e que não podem estar originados em filosofias específicas, nem em credos ou superstições, mas devem responder a uma visão científica e social da condição humana.

·         Durante os quase três anos de campanha em prol de liberdade de Cesare Battisti, eu deixei claro meu repúdio às manipulações da chamada Corte de Direitos Humanos da União Europeia, e em outras oportunidades também indiquei nosso desprezo pelos organismos políticos que manipulam os direitos humanos para atingir seus inimigos, ou que discriminam entre diversos tipos de perseguidos em função de interesses estratégicos. Mencionei em vários artigos a negativa de CÁRITAS de dar refúgio a Battisti e a tortuosa posição do CONARE.

·         Em relação com o 1º documento enviado pelo consulado, tomado de Granma desejo acrescentar que, em meu post, limitei-me a analisar a descrição que o governo cubano faz da captura, processo, prisão e morte de Villar. Não tenho nenhum elemento para afirmar que essa informação seja falsa, mas saliento sua falta de consistência e a ausência de qualquer dado provatório, apesar de que se afirma possuir numerosas provas e testemunhos.

·         Quanto às afirmações de Josefina Vidal no 2º documento, concordo em que a campanha dos países capitalistas sofre de um “cinismo colossal” e que o propósito dos EEUU e da UE não é humanitário, mas enfraquecer Cuba em função do velho plano da Casa Branca de recuperar a Ilha para torna-la, novamente, mais uma colônia de seu império. Entretanto, esta campanha de difamação não modifica o fato de que a morte de Villar possa ter sido um abuso. As intenções perversas de alguém que faz uma acusação mostra a condição MORAL do acusador, mas NÃO INTERFERE NA VERDADE OU FALSIDADE DA ACUSAÇÃO.

·         Concordo sobre o cinismo da mídia profissional e dos governos dos países imperialistas, mas, por grande que seja esse cinismo, ele não justifica que outros governos atentem contra os DH apenas porque as grandes potências também o fazem. CONCORDO PLENAMENTE em que muitos desses países cometem crimes contra os DH muito mais frequentes e insidiosos que os praticados em Cuba.

·         No Brasil, é incontável o número de jovens, mulheres, civis inocentes, que a polícia mata aleivosamente durante seus operativos, e tudo isso é sonegado ou encoberto por investigações fictícias, toleradas pelo judiciário, o MP, e os representantes dos governos. Mas, os organismos de DH temos denunciado, na medida do possível, e sempre que nossas fontes não estivessem em perigo, todos estes fatos. Que os governos e a imprensa não concedam espaço para nossas críticas e, pelo contrário, amplifiquem milhares de vezes o que acontece em Cuba, não é responsabilidade nossa. Mas, certamente, NÃO É CORRETO SILENCIAR qualquer atentado aos DH apenas porque outros atentados, acontecidos em outros países, são ignorados. Nesse caso, nos estaríamos adicionando à cumplicidade criminosa internacional do terrorismo de estado.

·         As vítimas do imperialismo americano em diversos lugares do mundo têm sido mencionadas reiteradamente. No caso de Troy Davis, ao qual se referem vários documentos cubanos, Anistia Internacional e muitas outras ONGs têm promovido campanhas intensas que duraram anos.

·         Nossa defesa de Villar não significa, em nenhum sentido, apoiar as infames declarações do governo fascista espanhol. Além disso, sempre criticamos o clima de barbárie na península inclusive durante o suposto governo socialista. Não podemos nos abster de fazer uma crítica justa, apenas porque a Espanha e outros governos fascistas se aproveitam do fato para propagar sua própria política.

·         Nossa crítica à situação dos DH em Cuba está totalmente longe de sugerir que a Ilha deveria enveredar pelo caminho do capitalismo, nem mesmo que deve instalar uma democracia burguesa. Entendemos que é quase impossível a existência de um estado que respeite os direitos humanos se não reduz todos seus mecanismos de poder. Mas isso não significa introduzir uma economia de mercado. Pelo contrário, pensamos que a situação de Cuba só se agravará se ela voltar a ser um elo da rede capitalista, como acontece com a China, que reúne hoje o mais sórdido do capitalismo com o pior do stalinismo.

·         Mesmo que seja “o segredo melhor guardado do mundo”, nós sabemos da solidariedade de Cuba com Haiti, enquanto a Minustah semeia o horror, a chacina, o estupro e o ódio entre grupos rivais na ilha. NOSSA CRÍTICA À MORTE DE VILLAR NADA TEM A VER COM ESSE FATO.

·         Finalmente, sabemos que Cuba se defende do cerco do imperialismo, mas isso não pode ser feito com base na violação dos direitos das pessoas. Não há sociedade sem seres humanos, embora possam existir seres humanos que não vivam em sociedade. O slogan de que o país está por cima do direito e das pessoas concretas é um puro fetichismo, contrário ao marxismo que os governos cubanos disseram sustentar no passado. A luta pelo socialismo implica humanismo, esclarecimento, eliminação do caudilhismo e absoluta secularidade. É difícil compreender por que um país que se rotula socialista recebe com honras às figuras que dirigem o obscurantismo mundial.
Estamos disponíveis para qualquer discussão construtiva sobre este aspecto. Nenhum de nós tem qualquer interesse em enfraquecer os progressos conquistados com a Revolução Cubana neste meio século, mas fazemos votos para que esses progressos sociais possam ser, algum dia, acompanhados por condições jurídicas e políticas que respeitem a dignidade humana.
Atenciosamente
Carlos A. Lungarzo







TEXTO ENVIADO PELO CÓNSUL CUBANO REPRODUZIDO LITERALMENTE


CUBA HOY
21 de enero de 2012 Año 2 No. 6
CUBA CONTRA LA MENTIRA
INDICE
Nota del gobierno cubano sobre la muerte de Wilmar Villar Mendoza ............... 2
“Un acto de cinismo colosal” de EEUU condenar a Cuba, afirma Cancillería ....... 3
Cuba califica de inaceptables declaraciones de gobierno español .................... 4
Repercusiones en las redes sociales de Cuba
La verdad empieza a aparecer tras muerte de Wilman Villar ........................... 5
Uno de los secretos mejor guardados del mundo ......................................... 7
Hablando de presos muertos en huelga de hambre que nadie tilda de “disidentes”7
Nota del gobierno cubano sobre la muerte de Wilmar Villar Mendoza 21/01/2012
Granma
A las 18:45 horas del 19 de enero falleció en Santiago de Cuba el recluso común Wilman Villar Mendoza, en la sala de cuidados intensivos del hospital Clínico Quirúrgico "Doctor Juan Bruno Zayas", a causa de fallo multi-orgánico secundario a un proceso respiratorio séptico severo, que llevó al paciente a un shock por sepsis.
Esta persona había sido remitida con urgencia el pasado 13 de enero del centro penitenciario "Aguadores", al hospital provincial "Saturnino Lora", al presentar síntomas de una neumonía severa del pulmón izquierdo, recibiendo todas las atenciones para este tipo de afecciones, aplicándosele ventilación y nutrición artificial, fluidoterapia, hemoderivados, apoyo con drogas vasoactivas y antibióticos de amplio espectro de última generación.
El hospital clínico quirúrgico "Juan Bruno Zayas", donde falleció, es uno de los centros hospitalarios de mayor nivel en la región oriental y su sala de terapia intensiva cuenta con una gran experiencia en la atención al paciente grave.
Villar Mendoza residía en el municipio de Contramaestre, provincia de Santiago de Cuba y cumplía sanción de privación de libertad desde el 25 de noviembre del año 2011, por los delitos de Desacato, Atentado y Resistencia.
El hecho por el que fue sancionado se produjo durante un escándalo público en el que agredió y provocó lesiones en el rostro a su esposa, ante lo que su suegra solicitó la intervención de las autoridades y al acudir agentes de la PNR se resistió y los agredió.
Sus familiares más allegados estuvieron al tanto de todos los procedimientos que se emplearon en su atención médica, además de reconocer el esfuerzo del equipo de especialistas que lo atendió.
En relación con este hecho, desde hace varios días agencias de prensa extranjeras, en particular de Miami, vienen promoviendo una intensa campaña internacional difamatoria, en contubernio con elementos contrarrevolucionarios internos, que presentan a Villar Mendoza como un supuesto "disidente" que falleció tras realizar una huelga de hambre en prisión. Al respecto se disponen de abundantes pruebas y testimonios que demuestran que no era un "disidente" ni estaba en huelga de hambre.
Wilman Villar después de haber cometido el delito, por el cual fue procesado en libertad, comenzó a vincularse con elementos contrarrevolucionarios en Santiago de Cuba, quienes le hicieron creer que su presunta pertenencia a los grupúsculos mercenarios le permitiría evadir la acción de la justicia.
Cuba lamenta la muerte de cualquier ser humano; condena enérgicamente las burdas manipulaciones de nuestros enemigos, y sabrá desmontar esta nueva agresión con la verdad y la firmeza que caracterizan a nuestro pueblo.
Un acto de cinismo colosal” de EEUU condenar a Cuba, afirma Cancillería
21 Enero 2012
Cubadebate
Josefina Vidal, directora del departamento de América del Norte de la Cancillería. Foto: Franklin Reyes / AP
A continuación, reproducimos la declaración de la Directora de América del Norte del MINREX, Josefina Vidal Ferreiro, publicada en el sitio de la Cancillería www.cubaminrex.cu:
Un hecho lamentable, pero inusual en Cuba, ha sido nuevamente tergiversado y manipulado por intereses políticos mezquinos, para justificar la política de bloqueo contra nuestro país.
Las declaraciones del Departamento de Estado y la Casa Blanca constituyen una muestra más de la permanente política de agresión e injerencia en los asuntos internos de Cuba e impresionan por su hipocresía y doble rasero. En realidad, se ajustan mejor al récord de violaciones de los derechos humanos de Estados Unidos en su propio territorio y en el mundo, que al desempeño de Cuba, país donde el ser humano es lo más valioso.
No hubo pronunciamiento del Presidente ni del Departamento de Estado cuando murió en prisión, en Chicago, a consecuencia de una huelga de hambre, la reclusa Lyvita Gomes, el pasado 3 de enero.
No es en Cuba donde 90 prisioneros han sido ejecutados desde enero del 2010 hasta hoy, mientras que otros 3 222 reos esperan su ejecución en el corredor de la muerte. Hay que recordar que Estados Unidos ya celebró su primera ejecución del 2012 y su gobierno reprime sin contemplaciones a quienes se atreven a denunciar la injusticia del sistema.
Es el Gobierno de Estados Unidos el que practica la tortura y las ejecuciones extrajudiciales en los países que arremete y el que usa la brutalidad policial contra su propia población.
En un acto de cinismo colosal, el gobierno norteamericano se atreve a condenar a Cuba, mientras cierra sus ojos y no alza su voz ante las violaciones flagrantes de los derechos humanos que genera la injusticia, la agresión y el desamparo a los que su política condena a millones de personas en el planeta, incluido su propio territorio.
Cuba seguirá siendo el país, en el que, a pesar de la guerra económica de Estados Unidos, menos niños mueren al nacer, donde se trabaja cada día por elevar los ya importantes niveles de justicia social, inalcanzables todavía para la mayoría de los habitantes del mundo, incluyendo los de Estados Unidos, donde la desigualdad es creciente.
Cuba califica de inaceptables declaraciones de gobierno español
21 Enero 2012 Cubadebate
Cuba calificó de inaceptables las declaraciones del gobierno español que no tiene la más mínima autoridad moral para enjuiciar a la nación caribeña.
Diversos medios de prensa se han hecho eco de declaraciones formuladas por la Vicepresidente del gobierno español del Partido Popular Soraya Sáenz y del Comunicado del Ministerio de Asuntos Exteriores y Cooperación de España, en relación con la muerte del recluso común cubano Wilman Villar Mendoza.
El recluso había sido sancionado por golpear y lesionar en público a su esposa y agredir luego a los agentes de policía que acudieron ante la denuncia de la madre de esta.
Por su parte, la Alta Representante de la Unión Europea para la Política Exterior y de Seguridad Común Catherine Ashton ha dicho que este caso plantea dudas sobre el sistema judicial y penitenciario cubanos.
Consultado por Prensa Latina un funcionario de la cancillería cubana declaró que “es insólito que teniendo el gobierno de España la mitad de sus jóvenes en paro y una alta tasa de asesinatos y violencia contra las mujeres, se gaste dinero en una campaña para presentar una brutal agresión a la esposa como disidencia política”.
Asimismo, manifestó además el “enérgico rechazo a estas inaceptables declaraciones, realizadas sin siquiera averiguar o esperar a conocer qué ocurrió realmente”.
“Ni al gobierno español ni a la Unión Europea les asiste la más mínima autoridad moral para enjuiciar a Cuba”, indicó.
La misma fuente aseveró que “en vez de dedicarse a estas burdas tergiversaciones de la realidad, deberían ocuparse de investigar y sancionar las numerosas muertes en detención que ocurren en sus instituciones, los frecuentes actos de brutalidad policial contra manifestantes que suceden sistemáticamente en España y otros países de la Unión Europea”.
También tendrían que investigar “los crímenes y maltratos contra los inmigrantes, los vuelos secretos de la CIA con personas secuestradas y la existencia de cárceles secretas o la participación de sus oficiales en actos de tortura”, enfatizó.
Repercusiones en las redes sociales de Cuba
La verdad empieza a aparecer tras muerte de Wilman Villar
20 enero, 2012
La Pupila Imsomne
Certificado médico de la golpiza que recibió la esposa de Wilman Villar. Tomado del blog "La koladita"
Tímidamente, mientras algunos van tratando de poner el parche antes de que salga el grano, la verdad comienza a aparecer en medio de la inundación mediática desatada tras el lamentable fallecimiento en un hospital de Santiago de Cuba del recluso Wilman Villar.
Un cable de AFP trata de encubrir en “fracturas ideológicas que dividen a miles de familias cubanas” el hecho de que el difunto fuera “denunciado por su suegra a la policía tras una pelea doméstica en julio de 2011″, y ambiguamente ubica su incorporación “a las actividades disidentes a mediados de 2011″, cuando todos los medios habían situado antes el debut político de Villar a fines de octubre.
Lo que AFP llama “fractura ideológica” es denominado por blogueros cubanos, que dan el teléfono de la suegra de Villar como vía de verificación, “golpiza” y “pateadura”, y no dudo que pronto aparezcan testimonios que profundicen en esa dirección. Por si acaso, antes de que se caiga la historia, como ha sucedido otras veces, la televisora CNN daba tribuna a Yoani Sánchez -más célebre por sus relaciones con EE.UU. que por su lealtad a la verdad- para sacar partido político al lamentable deceso, apuntando contra las visitas a Cuba del Papa y de la presidenta brasileña Dilma Rouseff.
Como un buitre que al fin se topa con un añorado cadáver, Sánchez cree tener ahora la oportunidad que no le dio el retiro religioso en una iglesia de La Habana, ni el derrumbe de un edificio por el que inventó, en la misma CNN, -apenas 24 horas antes del fallecimiento de Villar- un “colapso” inexistente en un importante hospital cubano. Pero no es esta persona la única carroñera, los jefes de Yoani, en declaraciones de la portavoz del Departamento de Estado difundidas en Miami, salieron en clave electoral a proclamar que el dinero seguirá fluyendo para que los buitres continúen su siniestra labor: “Continuaremos apoyando, en las palabras del presidente „bolsas de libertad‟ en Cuba, a través de visitas familiares de Cubano-Americanos, remesas, viajes con propósitos especiales y ayuda humanitaria a los disidentes y sus familiares”.
Uno de los secretos mejor guardados del mundo
20 Enero 2012 Cubadebate
En la red social Twitter, donde la denuncia de Cuba de una nueva campaña ha generado la solidaridad de muchos, el diseñador y bloguero madrileño Francisco Arnau ha divulgado esta infografía creada por él y publicada en Monthly Review, que da cuenta del secreto mejor guardado del mundo: la colaboración cubana en Haití antes, durante y después del terremoto. Inmejorable ejercicio contra la amnesia y contra las mentiras de quienes convierten a abusadores de mujeres en disidentes.
Hablando de presos muertos en huelga de hambre que nadie tilda de “disidentes”
20 Enero 2012 Cubadebate
Un activista habla en un mitin para demandar solidaridad con los huelguistas de hambre en California, y lo hace desde las escaleras del Empire State en San Francisco, el 01 de agosto de 2011.
La manifestación se llevó a cabo entre las dos huelgas más recientes en las prisiones de ese Estado. La primera fue en julio y la segunda, que estuvo acompañada por al menos 12.000 presos en toda California, comenzó el 26 de septiembre y terminó el 15 de octubre. Algunos presos continuaron la huelga. Tres murieron- Foto: Felix Barrett
Prisoner Hunger Strike Solidarity
Traducido por Cubadebate
Tres presos mueren en incidentes relacionados con la huelga de hambre en California.
En noviembre de 2011, terminó con tres presos muertos la segunda vuelta de una huelga de hambre masiva de prisioneros en California. Ellos estaban en huelga desde el 22 de septiembre y finalmente murieron. Johnny Owens Vick y otro preso fueron confinados a la Unidad Especial de Seguridad de Pelican Bay. Hozel Alanzo Blanchard se encontraba recluido en la Unidad de Segregación Administrativa de Calipatria (ASU).
Según los informes de los presos que estaban alojados en las celdas vecinas y que fueron testigo de la muerte de estos hombres, los guardias no dieron asistencia a los presos de Pelican Bay ni a Blanchard, y en el caso del prisionero de Pelican Bay aún no identificado, al parecer, los guardias deliberadamente ignoraron sus gritos de auxilio por varias horas hasta que finalmente llegaron a su celda, y en ese momento ya estaba muerto.
“Es completamente despreciable que funcionarios de la prisión conscientemente pudiera permitir a alguien atentar contra su propia vida y dejarlo morir”, dijo Dorsey Nunn, Director Ejecutivo de Servicios Legales para Niños en Prisión. “Estos muchachos estaban pidiendo ayuda, sus compañeros de prisión pidieron ayuda, y los guardias, literalmente, se limitaron a observar que esto sucedía”.
Los familiares de los fallecidos, así como sus abogados defensores, tienen dificultad para obtener información acerca de los tres hombres y las circunstancias de sus muertes. El Departamento de Corrección y Rehabilitación (CDCR) está obligado a hacer una autopsia en casos de muertes sospechosas y está obligado a hacer un informe anual sobre todas las muertes en el sistema.
Miembros de la familia han dicho que sus seres queridos, así como muchos otros presos que participaron en la huelga de hambre, recibían graves represalias en su contra con acciones disciplinarias y amenazas. La familia de Blanchard ha dicho que él sentía que su vida estaba amenazada y tenía dos llamamientos de emergencia pendientes ante la Corte Suprema de California en el momento de su muerte.
“Es un testimonio de las terribles condiciones en las que los reclusos viven, al punto de que tres personas se suicidaron en el último mes”, dijo Laura Magnani, Directora Regional de la American Friends Service Committee. Ella también señaló el gran número de víctimas que deja las huelga de hambre en los prisioneros, a pesar de algunas aparentes victorias. “Prisioneros de estas cárceles de California tienen una tasa mucho más alta de suicidio que los de la población en general”, aseguró.
La huelga de hambre de septiembre, en la que participaron al menos 12.000 prisioneros en al menos 13 prisiones del estado, se organizó en torno a cinco principales demandas relacionadas con poner fin a las prácticas de castigo en grupo, a los largos plazos de confinamiento solitario, y a los abusos para la validación de los presos y la solicitud de información.
“Si el público y los legisladores no continúan presionando a la CDCR, el Departamento podría fácilmente barrer todo esto bajo la alfombra”, dijo Emily Harris, Coordinadora Estatal en California de la organización United for a Responsible Budget. “Estas muertes son evidencia de que la idea de la rendición de cuentas se ha perdido por completo entre los funcionarios de prisiones de California.
Nota al margen
El 3 de enero de este año, hace poco más de dos semanas, murió también tras una huelga de hambre una mujer de 52 años, Lyvita Gomes, quien se encontraba detenida en una cárcel de los suburbios de Chicago. Gomes, de origen indú, que había estado viviendo en un hotel de Vernon Hills, fue arrestada el 14 de diciembre después de que se ausentara a una cita en la corte. Una nota en The Huffington Post da cuenta del hecho, pero ni a la Casa Blanca, ni al Departamento de Estado le preocupó qué ocurrió con esta mujer, y muchísimo menos, qué paso con los tres huelguistas de California.
Fecha: 21/01/2012 Hora de cierre: 13:00 hrs.

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