Caso Wilman: A Voz do
Governo Cubano
Carlos A. Lungarzo
Algumas
horas após o envio de meu artigo Wilman
Villar: Dissidente ou Quê? a todos meus contatos das redes sociais, e de
sua publicação em me próprio blog e em sites e blogs fraternos, recebi os
textos que aparecem na segunda parte deste post.
Estes textos, que compilam
diversas manifestações do governo cubano sobre o caso Villar me foram enviados
desde o escritório do Senhor Lázaro Mendes, Consul Geral de Cuba em São
Paulo, a quem agradeço a gentileza. (Veja foto no cabeçalho deste post)
Estes textos são reproduzidos, conservado a ordem e a parte principal
da formatação, na segunda parte deste post, e entendo que devem merecer a máxima
discussão dos blogs amigos, porque isso permite uma polêmica saudável sobre
problemas críticos que afetam a credibilidade do que atualmente se denomina esquerda.
Acredito
que em meu post de ontem aparecia nítida a intenção de tornar visíveis os
poucos dados objetivos que se possuem sobre a morte de Villar, cruzar as
diferentes fontes que se manifestaram sobre seu processo e morte, e historiar
rapidamente os critérios usados pelo governo revolucionário de Cuba para tratar
os dissidentes.
Mesmo no risco de cair em redundâncias, quero enfatizar fortemente que
não estou desconhecendo as queixas de Cuba contra a parcialidade da qual é alvo
por parte dos governos dos EEUU e da União Europeia, e que nossa crítica sobre
a violação dos DH em Cuba, não está vinculada as críticas promovidas por grupos
também considerados de DH, mas que programam suas ações em função de diretrizes
dos países imperialistas e seus aliados. Em síntese:
·
Minha posição e a das pessoas com as que trabalho se
baseiam no princípio de que os Direitos Humanos não devem ser instrumentados politicamente,
nem colocados ao serviço de grupos de qualquer natureza. Aliás, enfatizamos que
eles são universais, que estão acima da soberania e do nacionalismo, e que não
podem estar originados em filosofias específicas, nem em credos ou superstições,
mas devem responder a uma visão científica e social da condição humana.
·
Durante os quase três anos de campanha em prol de
liberdade de Cesare Battisti, eu deixei claro meu repúdio às manipulações da
chamada Corte de Direitos Humanos da União Europeia, e em outras oportunidades
também indiquei nosso desprezo pelos organismos políticos que manipulam os
direitos humanos para atingir seus inimigos, ou que discriminam entre diversos
tipos de perseguidos em função de interesses estratégicos. Mencionei em vários
artigos a negativa de CÁRITAS de dar refúgio a Battisti e a tortuosa posição do
CONARE.
·
Em relação com o 1º documento enviado pelo consulado, tomado
de Granma desejo acrescentar que, em
meu post, limitei-me a analisar a descrição que o governo cubano faz da
captura, processo, prisão e morte de Villar. Não tenho nenhum elemento para
afirmar que essa informação seja falsa, mas saliento sua falta de consistência
e a ausência de qualquer dado provatório, apesar de que se afirma possuir numerosas provas e testemunhos.
·
Quanto às afirmações de Josefina Vidal no 2º documento,
concordo em que a campanha dos países capitalistas sofre de um “cinismo colossal”
e que o propósito dos EEUU e da UE não é humanitário, mas enfraquecer Cuba em
função do velho plano da Casa Branca de recuperar a Ilha para torna-la,
novamente, mais uma colônia de seu império. Entretanto, esta campanha de difamação não modifica o fato de que a morte de
Villar possa ter sido um abuso. As intenções perversas de alguém que
faz uma acusação mostra a condição MORAL do acusador, mas NÃO INTERFERE NA
VERDADE OU FALSIDADE DA ACUSAÇÃO.
·
Concordo sobre o cinismo da mídia profissional e dos
governos dos países imperialistas, mas, por grande que seja esse cinismo, ele
não justifica que outros governos atentem contra os DH apenas porque as grandes
potências também o fazem. CONCORDO PLENAMENTE em que muitos desses países
cometem crimes contra os DH muito mais frequentes e insidiosos que os praticados
em Cuba.
·
No Brasil, é incontável o número de jovens, mulheres,
civis inocentes, que a polícia mata aleivosamente durante seus operativos, e
tudo isso é sonegado ou encoberto por investigações fictícias, toleradas pelo
judiciário, o MP, e os representantes dos governos. Mas, os organismos de DH
temos denunciado, na medida do possível, e sempre que nossas fontes não
estivessem em perigo, todos estes fatos. Que os governos e a imprensa não
concedam espaço para nossas críticas e, pelo contrário, amplifiquem milhares de
vezes o que acontece em Cuba, não é responsabilidade nossa. Mas, certamente,
NÃO É CORRETO SILENCIAR qualquer atentado aos DH apenas porque outros
atentados, acontecidos em outros países, são ignorados. Nesse caso, nos
estaríamos adicionando à cumplicidade criminosa internacional do terrorismo de
estado.
·
As vítimas do imperialismo americano em diversos
lugares do mundo têm sido mencionadas reiteradamente. No caso de Troy Davis, ao
qual se referem vários documentos cubanos, Anistia Internacional e muitas
outras ONGs têm promovido campanhas intensas que duraram anos.
·
Nossa defesa de Villar não significa, em nenhum
sentido, apoiar as infames declarações do governo fascista espanhol. Além
disso, sempre criticamos o clima de barbárie na península inclusive durante o
suposto governo socialista. Não podemos nos abster de fazer uma crítica justa,
apenas porque a Espanha e outros governos fascistas se aproveitam do fato para
propagar sua própria política.
·
Nossa crítica à situação dos DH em Cuba está
totalmente longe de sugerir que a Ilha deveria enveredar pelo caminho do
capitalismo, nem mesmo que deve instalar uma democracia burguesa. Entendemos
que é quase impossível a existência de um estado que respeite os direitos
humanos se não reduz todos seus mecanismos de poder. Mas isso não
significa introduzir uma economia de mercado. Pelo contrário, pensamos que a
situação de Cuba só se agravará se ela voltar a ser um elo da rede capitalista,
como acontece com a China, que reúne hoje o mais sórdido do capitalismo com o
pior do stalinismo.
·
Mesmo que seja “o segredo melhor guardado do mundo”,
nós sabemos da solidariedade de Cuba com Haiti, enquanto a Minustah semeia o
horror, a chacina, o estupro e o ódio entre grupos rivais na ilha. NOSSA
CRÍTICA À MORTE DE VILLAR NADA TEM A VER COM ESSE FATO.
·
Finalmente, sabemos que Cuba se defende do cerco do
imperialismo, mas isso não pode ser feito com base na violação dos direitos das
pessoas. Não há sociedade sem seres humanos, embora possam existir seres
humanos que não vivam em sociedade. O slogan
de que o país está por cima do direito e das pessoas concretas é um puro
fetichismo, contrário ao marxismo que os governos cubanos disseram sustentar no
passado. A luta pelo socialismo implica humanismo, esclarecimento, eliminação
do caudilhismo e absoluta secularidade. É difícil compreender por que um país
que se rotula socialista recebe com honras às figuras que dirigem o
obscurantismo mundial.
Estamos
disponíveis para qualquer discussão construtiva sobre este aspecto. Nenhum de
nós tem qualquer interesse em enfraquecer os progressos conquistados com a
Revolução Cubana neste meio século, mas fazemos votos para que esses progressos
sociais possam ser, algum dia, acompanhados por condições jurídicas e políticas
que respeitem a dignidade humana.
Atenciosamente
Carlos A. Lungarzo
TEXTO ENVIADO PELO CÓNSUL
CUBANO REPRODUZIDO LITERALMENTE
CUBA HOY
21 de enero de 2012 Año 2 No. 6
CUBA CONTRA LA
MENTIRA
INDICE
Nota del gobierno cubano sobre la muerte de Wilmar Villar Mendoza ............... 2
“Un acto de cinismo colosal” de EEUU condenar a Cuba, afirma Cancillería
.......
3
Cuba califica de inaceptables declaraciones de gobierno español ....................
4
Repercusiones en las redes sociales de Cuba
La verdad empieza a aparecer tras muerte de Wilman Villar ...........................
5
Uno de los secretos mejor guardados del mundo .........................................
7
Hablando de presos muertos en huelga de hambre que nadie tilda de
“disidentes”7
Nota del gobierno
cubano sobre la muerte de Wilmar Villar Mendoza 21/01/2012
Granma
A
las 18:45 horas del 19 de enero falleció en Santiago de Cuba el recluso común
Wilman Villar Mendoza, en la sala de cuidados intensivos del hospital Clínico
Quirúrgico "Doctor Juan Bruno Zayas", a causa de fallo multi-orgánico
secundario a un proceso respiratorio séptico severo, que llevó al paciente a un
shock por sepsis.
Esta
persona había sido remitida con urgencia el pasado 13 de enero del centro
penitenciario "Aguadores", al hospital provincial "Saturnino
Lora", al presentar síntomas de una neumonía severa del pulmón izquierdo,
recibiendo todas las atenciones para este tipo de afecciones, aplicándosele
ventilación y nutrición artificial, fluidoterapia, hemoderivados, apoyo con
drogas vasoactivas y antibióticos de amplio espectro de última generación.
El
hospital clínico quirúrgico "Juan Bruno Zayas", donde falleció, es
uno de los centros hospitalarios de mayor nivel en la región oriental y su sala
de terapia intensiva cuenta con una gran experiencia en la atención al paciente
grave.
Villar
Mendoza residía en el municipio de Contramaestre, provincia de Santiago de Cuba
y cumplía sanción de privación de libertad desde el 25 de noviembre del año
2011, por los delitos de Desacato, Atentado y Resistencia.
El
hecho por el que fue sancionado se produjo durante un escándalo público en el
que agredió y provocó lesiones en el rostro a su esposa, ante lo que su suegra
solicitó la intervención de las autoridades y al acudir agentes de la PNR se
resistió y los agredió.
Sus
familiares más allegados estuvieron al tanto de todos los procedimientos que se
emplearon en su atención médica, además de reconocer el esfuerzo del equipo de
especialistas que lo atendió.
En
relación con este hecho, desde hace varios días agencias de prensa extranjeras,
en particular de Miami, vienen promoviendo una intensa campaña internacional
difamatoria, en contubernio con elementos contrarrevolucionarios internos, que
presentan a Villar Mendoza como un supuesto "disidente" que falleció
tras realizar una huelga de hambre en prisión. Al respecto se disponen de
abundantes pruebas y testimonios que demuestran que no era un
"disidente" ni estaba en huelga de hambre.
Wilman
Villar después de haber cometido el delito, por el cual fue procesado en
libertad, comenzó a vincularse con elementos contrarrevolucionarios en Santiago
de Cuba, quienes le hicieron creer que su presunta pertenencia a los
grupúsculos mercenarios le permitiría evadir la acción de la justicia.
Cuba
lamenta la muerte de cualquier ser humano; condena enérgicamente las burdas
manipulaciones de nuestros enemigos, y sabrá desmontar esta nueva agresión con
la verdad y la firmeza que caracterizan a nuestro pueblo.
Un acto de cinismo colosal” de EEUU condenar a Cuba,
afirma Cancillería
21
Enero 2012
Cubadebate
Josefina
Vidal, directora del departamento de América del Norte de la Cancillería. Foto:
Franklin Reyes / AP
A
continuación, reproducimos la declaración de la Directora de América del Norte
del MINREX, Josefina Vidal Ferreiro, publicada en el sitio de la Cancillería
www.cubaminrex.cu:
Un
hecho lamentable, pero inusual en Cuba, ha sido nuevamente tergiversado y
manipulado por intereses políticos mezquinos, para justificar la política de
bloqueo contra nuestro país.
Las
declaraciones del Departamento de Estado y la Casa Blanca constituyen una
muestra más de la permanente política de agresión e injerencia en los asuntos
internos de Cuba e impresionan por su hipocresía y doble rasero. En realidad,
se ajustan mejor al récord de violaciones de los derechos humanos de Estados
Unidos en su propio territorio y en el mundo, que al desempeño de Cuba, país
donde el ser humano es lo más valioso.
No hubo pronunciamiento del Presidente ni del
Departamento de Estado cuando murió en prisión, en Chicago, a consecuencia de
una huelga de hambre, la reclusa Lyvita Gomes, el pasado 3 de enero.
No
es en Cuba donde 90 prisioneros han sido ejecutados desde enero del 2010 hasta
hoy, mientras que otros 3 222 reos esperan su ejecución en el corredor de la
muerte. Hay que recordar que Estados Unidos ya celebró su primera ejecución del
2012 y su gobierno reprime sin contemplaciones a quienes se atreven a denunciar
la injusticia del sistema.
Es
el Gobierno de Estados Unidos el que practica la tortura y las ejecuciones
extrajudiciales en los países que arremete y el que usa la brutalidad policial
contra su propia población.
En
un acto de cinismo colosal, el gobierno norteamericano se atreve a condenar a
Cuba, mientras cierra sus ojos y no alza su voz ante las violaciones flagrantes
de los derechos humanos que genera la injusticia, la agresión y el desamparo a
los que su política condena a millones de personas en el planeta, incluido su
propio territorio.
Cuba
seguirá siendo el país, en el que, a pesar de la guerra económica de Estados
Unidos, menos niños mueren al nacer, donde se trabaja cada día por elevar los
ya importantes niveles de justicia social, inalcanzables todavía para la
mayoría de los habitantes del mundo, incluyendo los de Estados Unidos, donde la
desigualdad es creciente.
Cuba califica de inaceptables
declaraciones de gobierno español
21
Enero 2012 Cubadebate
Cuba
calificó de inaceptables las declaraciones del gobierno español que no tiene la
más mínima autoridad moral para enjuiciar a la nación caribeña.
Diversos
medios de prensa se han hecho eco de declaraciones formuladas por la Vicepresidente
del gobierno español del Partido Popular Soraya Sáenz y del Comunicado del
Ministerio de Asuntos Exteriores y Cooperación de España, en relación con la
muerte del recluso común cubano Wilman Villar Mendoza.
El recluso había sido sancionado por golpear y
lesionar en público a su esposa y agredir luego a los agentes de policía que
acudieron ante la denuncia de la madre de esta.
Por
su parte, la Alta Representante de la Unión Europea para la Política Exterior y
de Seguridad Común Catherine Ashton ha dicho que este caso plantea dudas sobre
el sistema judicial y penitenciario cubanos.
Consultado
por Prensa Latina un funcionario de la cancillería cubana declaró que “es
insólito que teniendo el gobierno de España la mitad de sus jóvenes en paro y
una alta tasa de asesinatos y violencia contra las mujeres, se gaste dinero en
una campaña para presentar una brutal agresión a la esposa como disidencia
política”.
Asimismo,
manifestó además el “enérgico rechazo a estas inaceptables declaraciones,
realizadas sin siquiera averiguar o esperar a conocer qué ocurrió realmente”.
“Ni
al gobierno español ni a la Unión Europea les asiste la más mínima autoridad
moral para enjuiciar a Cuba”, indicó.
La
misma fuente aseveró que “en vez de dedicarse a estas burdas tergiversaciones
de la realidad, deberían ocuparse de investigar y sancionar las numerosas
muertes en detención que ocurren en sus instituciones, los frecuentes actos de
brutalidad policial contra manifestantes que suceden sistemáticamente en España
y otros países de la Unión Europea”.
También
tendrían que investigar “los crímenes y maltratos contra los inmigrantes, los
vuelos secretos de la CIA con personas secuestradas y la existencia de cárceles
secretas o la participación de sus oficiales en actos de tortura”, enfatizó.
Repercusiones
en las redes sociales de Cuba
La verdad empieza a aparecer
tras muerte de Wilman Villar
20 enero, 2012
La Pupila Imsomne
Certificado
médico de la golpiza que recibió la esposa de Wilman Villar. Tomado del blog
"La koladita"
Tímidamente,
mientras algunos van tratando de poner el parche antes de que salga el grano,
la verdad comienza a aparecer en medio de la inundación mediática desatada tras
el lamentable fallecimiento en un hospital de Santiago de Cuba del recluso
Wilman Villar.
Un cable de
AFP trata de encubrir en “fracturas ideológicas que dividen a miles de familias
cubanas” el hecho de que el difunto fuera “denunciado por su suegra a la
policía tras una pelea doméstica en julio de 2011″, y ambiguamente ubica su
incorporación “a las actividades disidentes a mediados de 2011″, cuando todos
los medios habían situado antes el debut político de Villar a fines de octubre.
Lo que AFP
llama “fractura ideológica” es denominado por blogueros cubanos, que dan el
teléfono de la suegra de Villar como vía de verificación, “golpiza” y
“pateadura”, y no dudo que pronto aparezcan testimonios que profundicen en esa
dirección. Por si acaso, antes de que se caiga la historia, como ha sucedido
otras veces, la televisora CNN daba tribuna a Yoani Sánchez -más célebre
por sus relaciones con EE.UU. que por su lealtad a la verdad- para sacar
partido político al lamentable deceso, apuntando contra las visitas a Cuba del
Papa y de la presidenta brasileña Dilma Rouseff.
Como un
buitre que al fin se topa con un añorado cadáver, Sánchez cree tener ahora la
oportunidad que no le dio el retiro religioso en una iglesia de La Habana, ni
el derrumbe de un edificio por el que inventó, en la misma CNN, -apenas
24 horas antes del fallecimiento de Villar- un “colapso” inexistente en
un importante hospital cubano. Pero no es esta persona la única carroñera, los
jefes de Yoani, en declaraciones de la portavoz del Departamento de Estado
difundidas en Miami, salieron en clave electoral a proclamar que el dinero seguirá
fluyendo para que los buitres continúen su siniestra labor: “Continuaremos
apoyando, en las palabras del presidente „bolsas de libertad‟ en Cuba, a través
de visitas familiares de Cubano-Americanos, remesas, viajes con propósitos
especiales y ayuda humanitaria a los disidentes y sus familiares”.
Uno de los
secretos mejor guardados del mundo
20 Enero 2012
Cubadebate
En la red
social Twitter, donde la denuncia de Cuba de una nueva campaña ha generado la
solidaridad de muchos, el diseñador y bloguero madrileño Francisco Arnau ha
divulgado esta infografía creada por él y publicada en Monthly Review, que da
cuenta del secreto mejor guardado del mundo: la colaboración cubana en Haití
antes, durante y después del terremoto. Inmejorable ejercicio contra la amnesia
y contra las mentiras de quienes convierten a abusadores de mujeres en
disidentes.
Hablando
de presos muertos en huelga de hambre que nadie tilda de “disidentes”
20 Enero 2012
Cubadebate
Un activista
habla en un mitin para demandar solidaridad con los huelguistas de hambre en
California, y lo hace desde las escaleras del Empire State en San Francisco, el
01 de agosto de 2011.
La
manifestación se llevó a cabo entre las dos huelgas más recientes en las
prisiones de ese Estado. La primera fue en julio y la segunda, que estuvo
acompañada por al menos 12.000 presos en toda California, comenzó el 26 de
septiembre y terminó el 15 de octubre. Algunos presos continuaron la huelga.
Tres murieron- Foto: Felix Barrett
Prisoner Hunger Strike Solidarity
Traducido
por Cubadebate
Tres presos
mueren en incidentes relacionados con la huelga de hambre en California.
En
noviembre de 2011, terminó con tres presos muertos la segunda vuelta de una
huelga de hambre masiva de prisioneros en California. Ellos estaban en huelga
desde el 22 de septiembre y finalmente murieron. Johnny Owens Vick y otro preso
fueron confinados a la Unidad Especial de Seguridad de Pelican Bay. Hozel
Alanzo Blanchard se encontraba recluido en la Unidad de Segregación Administrativa
de Calipatria (ASU).
Según los
informes de los presos que estaban alojados en las celdas vecinas y que fueron
testigo de la muerte de estos hombres, los guardias no dieron asistencia a los
presos de Pelican Bay ni a Blanchard, y en el caso del prisionero de Pelican
Bay aún no identificado, al parecer, los guardias deliberadamente ignoraron sus
gritos de auxilio por varias horas hasta que finalmente llegaron a su celda, y
en ese momento ya estaba muerto.
“Es
completamente despreciable que funcionarios de la prisión conscientemente
pudiera permitir a alguien atentar contra su propia vida y dejarlo morir”, dijo
Dorsey Nunn, Director Ejecutivo de Servicios Legales para Niños en Prisión.
“Estos muchachos estaban pidiendo ayuda, sus compañeros de prisión pidieron
ayuda, y los guardias, literalmente, se limitaron a observar que esto sucedía”.
Los
familiares de los fallecidos, así como sus abogados defensores, tienen
dificultad para obtener información acerca de los tres hombres y las
circunstancias de sus muertes. El Departamento de Corrección y Rehabilitación
(CDCR) está obligado a hacer una autopsia en casos de muertes sospechosas y
está obligado a hacer un informe anual sobre todas las muertes en el sistema.
Miembros de
la familia han dicho que sus seres queridos, así como muchos otros presos que
participaron en la huelga de hambre, recibían graves represalias en su contra
con acciones disciplinarias y amenazas. La familia de Blanchard ha dicho que él
sentía que su vida estaba amenazada y tenía dos llamamientos de emergencia
pendientes ante la Corte Suprema de California en el momento de su muerte.
“Es un
testimonio de las terribles condiciones en las que los reclusos viven, al punto
de que tres personas se suicidaron en el último mes”, dijo Laura Magnani, Directora
Regional de la American Friends Service Committee. Ella también señaló el gran
número de víctimas que deja las huelga de hambre en los prisioneros, a pesar de
algunas aparentes victorias. “Prisioneros de estas cárceles de California
tienen una tasa mucho más alta de suicidio que los de la población en general”,
aseguró.
La
huelga de hambre de septiembre, en la que participaron al menos 12.000
prisioneros en al menos 13 prisiones del estado, se organizó en torno a cinco
principales demandas relacionadas con poner fin a las prácticas de castigo en
grupo, a los largos plazos de confinamiento solitario, y a los abusos para la
validación de los presos y la solicitud de información.
“Si el
público y los legisladores no continúan presionando a la CDCR, el Departamento
podría fácilmente barrer todo esto bajo la alfombra”, dijo Emily Harris,
Coordinadora Estatal en California de la organización United for a Responsible
Budget. “Estas muertes son evidencia de que la idea de la rendición de cuentas
se ha perdido por completo entre los funcionarios de prisiones de California.
Nota al margen
El 3 de enero
de este año, hace poco más de dos semanas, murió también tras una huelga de
hambre una mujer de 52 años, Lyvita Gomes, quien se encontraba detenida en una
cárcel de los suburbios de Chicago. Gomes, de origen indú, que había estado
viviendo en un hotel de Vernon Hills, fue arrestada el 14 de diciembre después
de que se ausentara a una cita en la corte. Una nota en The Huffington Post da
cuenta del hecho, pero ni a la Casa Blanca, ni al Departamento de Estado le
preocupó qué ocurrió con esta mujer, y muchísimo menos, qué paso con los tres
huelguistas de California.
Fecha: 21/01/2012 Hora de cierre: 13:00 hrs.
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