Construirei nossa casa,
numa destas manhãs de setembro
Bem no alto do verde da serra,
e pouco abaixo, do azul do céu
E de sol cobrirei seu telhado,
e com lírios, seu jardim
E na longilínea beleza de suas paredes,
pintarei todas as cores do entardecer
E serão tão amplas e arejadas suas janelas,
que sempre que abertas,
parecerão abraçar o infinito
E quando a noite se fizer presente,
envolvendo-nos em seus silêncios,
fecharemos nossas janelas,
acenderemos nossa varanda,
tornando-nos então, a partir deste instante,
não mais que um longínquo e pulsante
ponto de luz,
perdido,
entre as montanhas,
e as estrelas ...
Marcelo Roque
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