Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). Proclama-se assim um anti-metafísico. Afirma que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro. À superfície é fácil reconhecê-lo pela sua objetividade visual, que faz lembrar Cesário Verde, citado muitas vezes nos poemas de Caeiro por seu interesse pela natureza, pelo verso livre e pela linguagem simples e familiar. Apresenta-se como um simples "guardador de rebanhos" que só se importa em ver de forma objetiva e natural a realidade. É um poeta de completa simplicidade, e considera que a sensação é a única realidade.
Fernando Pessoa formulou 3 princípios do sensacionismo:
- Todo objeto é uma sensação nossa;
- Toda a arte é a convenção de uma sensação em objeto;
- Portanto, toda arte é a convenção de uma sensação numa outra sensação.
Alberto Caeiro duvida da existência de uma alma no ser humano, quando diz "Creio mais no meu corpo do que na minha alma...".
Caeiro é um poeta materialista, visto que crê que o mundo exterior é mais certo do que o mundo interior.
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