“Fascinante...”
William Burroughs
“Nenhum respeito por nada”
Factsheet Five
“Uma obra-prima literária”
Freedom (Londres)
“Dadaísmo / surrealismo linha-dura”
Rudy Rucker
“Uma diversão lingüística...”
Colin Wilson
“Extraordinário... soberbo...”
Harold Norse
“Maravilhoso...”
Allen Ginsberg
A coleção Baderna se inicia com TAZ, um dos mais polêmicos livros do mundo contemporâneo. Seu autor, Hakim Bey, nunca foi fotografado, recusou-se a ser entrevistado pela Time, e quando mais jornalistas começaram a caçá-lo, desapareceu.
Apesar de seu anti-marketing, TAZ tornou-se um best seller. A partir de seu lançamento, no final dos anos 80, foi reproduzido infinitamente na Internet (com a bênção do autor, que é contra direitos autorais) e ganhou edições em dezenas de países. Surgiu até uma versão em disco, em uma parceria de Hakim Bey com o músico Bill Laswell (e não é o único disco de Bey: ele também gravou com William Burroughs e Iggy Pop).
É tamanha a “popularidade” que até um livro apócrifo de Bey foi lançado na Itália, no que ao final se revelou mais uma das ações de contra-informação de Luther Blissett (outro dos autores da coleção Baderna).
Os conceitos lançados por Bey tornam-se cada vez mais difundidos no universo do ativismo radical de esquerda. Principalmente o conceito de Zona Autônoma Temporária, mais conhecida pela sigla TAZ (de Temporary Autonomous Zone). A idéia de combater o Poder criando espaços (virtuais ou não) de liberdade que surjam e desapareçam o tempo todo.
Usando de sua inusitada erudição, Hakim Bey cruza as referências mais inesperadas: da filosofia sufi aos situacionistas franceses, de Nietzsche aos dadaístas. E vai buscar precedentes para a TAZ entre os piratas dos séculos XVI e XVII, nos quilombos negros da América e nas efêmeras repúblicas libertárias do início do século XX.
O conceito de TAZ foi imediatamente adotado por ativistas das mais diversas tendências e das mais diversas áreas. Inspirou, por exemplo, muitas das táticas de rua dos manifestantes já nos famosos acontecimentos de Seattle. Mais de uma autoridade policial constatou aterrorizada que era muito difícil acompanhar a estratégia dos manifestantes de formar grupos aleatoriamente, atacar e depois desmanchar aquelas formações para formar outros grupos, com novos objetivos.
A TAZ também foi adotada com entusiasmo por hackers mais politizados em seus combates virtuais contra as autoridades. E também foi adotada, em uma maneira menos virtual, nas raves inglesas, quando o governo inglês criou uma lei que reprime as festas ao ar livre não chanceladas.
Ao mesmo tempo que esses manifestos e ensaios de Hakim Bey passaram a receber a atenção de ativistas e das autoridades (algumas teorias conspiratórias, talvez não tão delirantes, dizem que um departamento do FBI teria sido criado para descobrir sua identidade e acompanhar seus passos), passaram também a receber elogios entusiasmados por sua qualidade literária. E foram elogios vindos de escritores de respeito como Allen Ginsberg, William Burroughs e Robert Anton Wilson.
Seja por sua importância histórica, seja por sua qualidade como literatura, TAZ é uma leitura obrigatória para entender o mundo atual.
O AUTORNão há fotos de Hakim Bey. Milhares de histórias a respeito de quem seria ele correm soltas pela Internet. A história mais freqüente diz que Hakim Bey teria sido um poeta em algum lugar do norte da Índia, que por questões políticas teria sido obrigado a fugir para a Inglaterra e depois, por causa do envolvimento em uma ação terrorista, teria fugido para Nova York. Outros dizem que ele seria a ovelha negra de uma família de milionários. A informação mais segura diz que ele seria um americano que viveu muito tempo no Irã, mas fazendo o quê é um mistério.
FONTE : http://www.conradeditora.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=76
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