sábado, 25 de outubro de 2008

FALANDO DE DIFERENÇAS..."TEORIA QUEER" ,MARGARET MEAD,FOUCAULT (clique aqui e leia na íntegra)

A Teoria queer é uma teoria sobre o género que afirma que a orientação sexual e a identidade sexual ou de género dos indivíduos são o resultado de um constructo social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais.(...)

(...)Margaret Mead publicou, do ponto de vista da antropologia,o célebre ensaio Sex and Temperament in Three Primitive Societies (Sexo e temperamento em três sociedades primitivas), nas quais a divisão sexual do trabalho e as estruturas de parentesco eram analisadas para explicar os diferentes papéis do género nas etnias arapesh, mundugumor e tchambouli. Este estudo proporcionou importante material empírico para questionar a rígida diferenciação entre personagens "femininos" e "masculinos", documentando culturas em que homens e mulheres dividiam entre si práticas consideradas exclusivamente masculinas no Ocidente (como a guerra) ou outras em que a distribuição das tarefas domésticas eram exactamente opostas às ocidentais. As suas descrições dos varões tchambouli, excluídos das tarefas práticas e administrativas, a quem eram reservados os costumes da maquilagem e do embelezamento pessoal, foram recebidos com escândalo pela sociedade de época, da mesma forma que a desmitificação da pureza feminina através do estudo das práticas sexuais infantis e adolescentes dos arapesh.

No entanto, o principal impulso para a Teoria queer viria dos estudos filosóficos e literários, do grupo de autores associados ao chamado movimento pós-estruturalista. A noção do descentramento do sujeito —ou seja, a ideia de que as faculdades intelectuais e espirituais do ser humano não são parte da sua herança biológica, embora se definam em condições biológicas, mas o resultado de uma multiplicidade de processos de socialização, através dos quais se constituem de maneira sumamente diferenciada as noções do eu, do mundo e das capacidades intelectuais para operar abstractamente com este— proporcionou o enquadramento para estudar não apenas os papéis sociais do homem ou da mulher, mas também o reconhecimento de que os indivíduos obtêm a sua condição "masculina" ou "feminina" como produtos histórico-sociais.

A grande influência neste campo foi a monumental História da Sexualidade, que Michel Foucault deixou inacabada quando morreu, na qual se tratam criticamente hipóteses muito extensas sobre os impulsos sexuais, como a distinção entre a suposta liberdade concedida ao desejo no estado natural e a opressão sexual exercida nas civilizações avançadas.(...)http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_queer

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