Publicado em 28.10.2008, às 08h26
A revelação sobre um plano envolvendo dois neonazistas que pretendiam matar o democrata Barack Obama aumentou o temor em relação à segurança do candidato presidencial, na reta final da corrida pela Casa Branca. O Departamento de Justiça afirmou na segunda-feira (27) que Daniel Cowart, de 20 anos, e Paul Schlesselman, de 18, foram presos na semana passada e afirmaram que entre seus planos estava matar Obama.
Caso vença em 4 de novembro, o senador por Illinois pode tornar-se o primeiro presidente negros dos Estados Unidos. Obama recebe proteção do serviço secreto, que começou a ser fornecida muito antes do que a qualquer outro candidato presidencial. A campanha do candidato não quis comentar o suposto plano para assassiná-lo.
Nesta terça-feira (28), Obama e seu adversário, o republicano John McCain, realizariam comícios no mesmo Estado, a Pensilvânia. Em seguida, McCain seguiria para a Carolina do Norte, em uma iniciativa para confirmar sua vantagem ali, e Obama iria para a Virgínia, Estado que favoreceu o republicano George W. Bush em 2000 e 2004.
Apesar de ter uma vantagem considerável nas pesquisas nacionais e nos chamados Estados-chave, Obama, de 47 anos, advertiu contra o clima de "já ganhou". "Não acreditem por um segundo que essa eleição está encerrada", disse na segunda-feira a eleitores em Pittsburgh, cujos trabalhadores do setor de aço prejudicados pela crise são sintomáticos da queda na indústria da Pensilvânia.
"Em uma semana, você pode escolher a esperança ao invés do medo, a unidade ao invés da divisão, a promessa de mudança ao invés do status quo", disse Obama. A capacidade de oratória do senador contagiou o público, como em seus melhores momentos da campanha.
Para McCain, vencer na Pensilvânia é essencial em seus cálculos para conseguir a maioria no Colégio Eleitoral, que aponta o presidente. Nos Estados Unidos, a eleição é indireta, os eleitores escolhem os delegados, que por sua vez apontam o vencedor.
O senador pelo Arizona falou sobre as propostas de Obama para "tirar seu dinheiro e dar a outra pessoa". McCain martela na tecla do "socialismo" do democrata. "Hoje ele diz que aumentará o imposto dos ricos. Mas nós vimos no passado que ele quer atingir pessoas na classe média", acusou. A campanha de Obama qualificou os comentários como "falsos, um ataque desesperado".
"Eu posso agüentar mais uma semana dos ataques de John McCain, mas esse país não pode agüentar mais quatro anos das mesmas velhas políticas e das mesmas políticas falidas. É hora de algo novo", afirmou Obama tanto em Ohio quanto na Pensilvânia.
O desafio diante de McCain pode ser visto pelo fato de ele seguir para a Carolina do Norte, onde um democrata não vence desde 1976. Porém na atual eleição a situação nesse Estado não está definida.
A Virgínia parecia ainda mais "vermelha" (cor dos republicanos) - um democrata não vence ali desde 1964. Porém Obama aparece com larga margem nas pesquisas e pode até ganhar com folga.
O republicano fará um comício em Fayetteville, na Carolina do Norte. Na cidade está a grande base do Exército Fort Bragg. O local deve ser usado para o ex-prisioneiro de guerra no Vietnã afirmar mais uma vez que Obama não tem experiência para comandar o país em uma crise militar.
As informações são da Dow Jones.
http://www.bemparana.com.br/noticia/86301/revelacao-de-plano-para-matar-obama-eleva-tensao-na-reta-final
fonte: Agencia Estado
http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=102187
Fonte: AE
http://jc.uol.com.br/2008/10/28/not_183446.php
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