terça-feira, 9 de junho de 2015
Quando ela trespassar a sibilina bruma - Samuel da Costa
Quando ela trespassar a sibilina bruma
Para a negra Valquíria
És tu a musa sagrada...
Que vagueia...
Em meus sonhos mais ignotos.
Habita o meu quimérico vergal.
Incendeia o meu estro!
Por fim
***
Mas o que será de mim?
Quando irromperes a outonal neblina?
O que será de mim?
Quando tu traspassar a sibilina bruma!
Para me dizer que amas a outro!
***
Nessa extrema saio de mim...
Sinto o eflúvio inebriante!
Que exala da charneca em flor...
E entorpece os meus sentidos...
Tira-me do chão!
Eleva-me ao cosmo infindo!
***
O que será de mim?
Quando não puder ver-te de novo!
O que será de mim?
Quando tu trespassar a nevoenta noite?
Só para me dizer a verdade!
O que será de mim?
Quando disseres que amas a outro!
Samuel da Costa
*via jornal eletrônico "Deixa que eu chuto"
- 3º edição de Otávio Martins Amaral
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