segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Soneto Inascido (Artur da Távola )

O poema subjaz.
Insiste sem existir
escapa durante a captura
vive do seu morrer.
O poema lateja.
É limbo, é limo,
imperfeição enfrentada,
pecado original.
O poema viceja no oculto
engendra-se em diluição
desfaz-se ao apetecer.
O poema poreja flor e adaga
e assassina o íncubo sentido.
Existe para não ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...