Este que um Deus cruel arremessou à vida
Marcando com um sinal da sua maldição
Este que desabrochou com uma erva má
Nascida apenas para os pés se calcada no chão.
DE motejo em motejo arrasta a alma ferida
Sem constância no amor dentro do coração,
Sente, crespa crescer a selva retorcida
Dos pensamentos maus, filhas da solidão.
Longos dias sem sol. Noites de eterno luto.
Alma cega, perdida à-toa no caminho,
Roto casco de nau desprezado no mar
E árvore acabará sem nunca dar fruto.
E homem há de morrer como viveu:
Sozinho, sem ar, sem luz, sem Deus
Sem fé, sem pão, sem lar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário