quinta-feira, 23 de julho de 2009

O Contexto do pouso do homem na lua, sua divulgação e Jacques Derrida

http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/abradic/

Glória Kreinz


Dia 20 de julho acompanhamos pela Internet a simulação da chegada do homem na lua. Mas na própria rede da Internet o fato foi questionado. Questionar é um dos objetivos da divulgação científica enquanto ato de comunicação. Toda comunicação democrática sai vencedora quando conseguimos sobreviver em uma sociedade como esta em que vivemos.Este blog, Sarau para Todos é exemplo disso.

É difícil lutar por qualidade de vida melhor e direitos humanos quando jogos de poder e terrorismo cultural, tão falados e temidos pelo filósofo da desconstrução Jacques Derrida, entram em cena em nossa sociedade de forma acintosa, usando de pretensa lógica, usando um destinatário fixo como valor. Mas vamos divulgar segundo a Wikipédia dados sobre o autor que citamos, para depois usar seu pensamento para avaliar o fato divulgado.

“ Jacques Derrida ( 15 de julho de 1930 — Paris, 8 de outubro de 2004) foi um importante filósofo francês de origem argelina, conhecido principalmente como criador da desconstrução. Seu trabalho (freqüentemente associado com o pós-estruturalismo e o pós-modernismo), teve um profundo impacto sobre a teoria da literatura e a filosofia continental.” È importante também para a divulgação científica pois discute, como dissemos no início deste artigo, o problema da comunicação/divulgação , e um destinatário fixo, contextualizado.

Isto é o que Jacques Derrida chama de morte do destinatário, acrescentando que o que vale para o destinatário vale também, “pelas mesmas razões, para o emissor, ou produtor”. O que Derrida coloca em questão é a autoridade do código e o poder da escritura, entendendo esta autoridade como “exercício da violência”, mas que nem sempre alcança os efeitos esperados. É o caso desta simulação de pouso na lua.

A comunicação/divulgação por exemplo, um dos elementos mais discutidos nos termos da globalização da cultura ocidental, é analisada criticamente, quando Derrida observa a relação comunicação/contexto, e mostra o perigo de cristalização do universo movente, se os fenômenos comunicacionais não forem considerados em suas constantes descontextualizações. Um exemplo foi a simulação da chegada do homem à lua, on-line pela Biblioteca JFK, como dissemos, que usa da reconstrução de arquivos para mostrar o evento em termos atuais.

A intenção da simulação desta chegada era mostrar o contexto do acontecimento. Esta preocupação com o contexto permanece estável na discussão de Jacques Derrida, ou seja, a referência à cultura ocidental em relação a outras formas culturais, base de sua crítica desconstrutivista. O lugar do contexto se identifica com o lugar do logos, e este com a violência da palavra entendida como lei. Então a homenagem do homem chegando a lua foi contextualizada.

Os jogos de linguagem são entendidos como instrumentos de dominação no universo midiático. Resta então lutar, com todas nossas armas, contra os instrumentos de dominação, questionando sobre eles. E isto fazemos, enquanto existimos e resistimos atuando em conjunto e indagando o que divulgamos e é divulgado pelos veículos de comunicação de massa.

http://stoa.usp.br/gkdivulga/weblog/

http://www.blogdonjr.wordpress.com/

2 comentários:

  1. Parabéns, muito boa sua reflexão sobre o terrorismo dos jogos de linguagem.

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  2. OBRIGADA EAD/JOYCE...Vivemos sofrendo o terrorismo cultural dos jogos de linguagem, não é mesmo? Se a gente não fica atenta até acaba jogando também...rsrs...Mas tentamos não jogar...Já percebi nas suas postagens que vc tbm resiste...Abraços...

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