sexta-feira, 31 de julho de 2009

MENINOS DE PEDRA

Pobre menino de pedra,
de olhos de brita,
e hálito de asfalto
Que mata sua fome
e seus sonhos,
no fundo do mesmo cachimbo
Pobre menino duro,
duro de frio,
duro de pedra
De todos os filhos que tivemos,
aquele,
que nunca nasceu
Pobre pedra,
pobre menino,
que da infância,
ainda guarda um dente de leite
num canto esquecido da boca ...

Marcelo Roque





"Não há maior violência que o abandono
E por causa dele, cada vez mais crianças e adolescentes,
estão tendo suas vidas destruidas, por esta terrível droga,
que é o crack
E a responsabilidade é toda nossa, afinal, estes jovens são
frutos, da sociedade em que vivem"

2 comentários:

  1. VC DEIXA A NOITE MAIS FRIA COM SEUS "MENINOS DE PEDRA"... "POBRE MENINO DURO, DURO DE FRIO, DURO DE PEDRA"...E ASSIM NOS OBRIGA A PENSAR NESTES MENINOS, E CUMPRE SUA MISSÃO DE FALAR DELES, PQ NOSSA SOCIEDADE GOSTA DE ESQUECER...

    SENSIBILIDADE DE POETA COMO VC É ASSIM...ABERTA AO QUE MACHUCA...BRILHANTE...BEIJOS...NO FUNDO DO TÚNEL TEM UMA LUZ...VC...CARINHO...

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  2. Poema sensívele crítico. Parabéns.

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