sábado, 27 de dezembro de 2008

"CARLOS ROBERTO DE SOUZA"- O SILÊNCIO DO FURACÃO

Um embrião em silencio agoniza
Concebido jaz no útero
De sua natureza morta.

Ávida em prantos, uma flor sobrevive.
Aprisionada em liberdade se apodera
Germinada morre em vazias sementes.

Em campos férteis explodem espinhos
Que sangram os pensamentos
Enterrando-os sob as trevas da razão.

Os ventos chegam inesperadamente,
Cavalgados por anjos da morte
Que calados despertam o silêncio do furacão.


* (Agamenon Troyan)

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