Um torpedo em forma de arpão rompe o oceano
Arrancado-lhe um grito das profundezas.
O vermelho surge manchando as águas de sangue.
Em ondas suas lágrimas fugitivas rebelam-se
A procura de rochedos onde possam se refugiar.
Sorrisos largos revelam a face do predador
Que sob os auspícios da lei esconde-se
Atrás da máscara da selvagem ética humana.
... E o quinto arpão se faz ouvir.
Os oceanos não mais presenciarão os saltos,
Os mares não mais sentirão alegria,
Em solidariedade os rios se uniram,
A natureza em seu minuto de silêncio
Ajoelhou-se na praia:
Uma lágrima,
Um soluço,
Um “por que?”...
*Este poema é parte integrante do livro (O ANJO E A TEMPESTADE),de Agamenon Troyan
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