GRETCHEN: ... Você acredita em Deus?
FAUSTO: Minha queridinha, quem pode dizer: Eu
acredito em Deus!
Você pode a Padres ou a espertos perguntar
e sua resposta parece
apenas ser escárnio sobre o interrogador
GRETCHEN: Então você não acredita?
FAUSTO: Não me interprete errado,rostinho
encantador!
Quem pode chamá-lo
E quem pode crer ( definir a sua
posição ou reconhecê-lo):
Eu creio n'Ele, acredito n'Ele.
Quem sente e se domina, se basta, se garante a
ponto de dizer:
Eu não acredito nele!
O todo abarcador, amplo (que abarca tudo).
O sustentador de tudo,
Ele não se sustenta, ele não toca
e sustenta (alimenta) você e eu?
O Céu não se abaúla lá em cima?
A terra não está bem aqui
embaixo? E as eternas estrelas
não sobem olhando alegremente
para cima? Eu não te olho assim, olho no olho
E tudo não estimula você segundo
o seu coração e a razão
E se tece num eterno segredo visível
e invisível ao seu lado?
E isso não preenche seu coração
Por ser tão grande ( visto que isso; é maior do que
tudo). E quando
você está bem feliz com seus
sentimentos ( Quando você está bem no seu
sentimento) chame,
então isso, como você quiser:
Chame de sorte! Coração! Amor!
Deus! Eu não tenho um nome para
isso! O sentimento é tudo; o nome
é um som e uma fumaça,
paixão-ardor ( do céu) ofuscante!
GRETCHEN: Isso tudo é bem bonito
e bom, o padre diz mais ou menos
isso, também, mas com outras palavras.
FAUSTO: Isso se diz em qualquer
parte do mundo. Todos os
corações sob o dia celestial, cada
um na sua língua. po que não eu, na minha língua?
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