sábado, 22 de novembro de 2008

Goethe - (FAUSTO I - FAUSTO E GRETCHEN - A PERGUNTA DE GRETCHEN)

GRETCHEN: ... Você acredita em Deus?


FAUSTO: Minha queridinha, quem pode dizer: Eu


acredito em Deus!


Você pode a Padres ou a espertos perguntar


e sua resposta parece


apenas ser escárnio sobre o interrogador


GRETCHEN: Então você não acredita?


FAUSTO: Não me interprete errado,rostinho


encantador!


Quem pode chamá-lo


E quem pode crer ( definir a sua


posição ou reconhecê-lo):


Eu creio n'Ele, acredito n'Ele.


Quem sente e se domina, se basta, se garante a


ponto de dizer:


Eu não acredito nele!


O todo abarcador, amplo (que abarca tudo).


O sustentador de tudo,


Ele não se sustenta, ele não toca


e sustenta (alimenta) você e eu?


O Céu não se abaúla lá em cima?


A terra não está bem aqui


embaixo? E as eternas estrelas


não sobem olhando alegremente


para cima? Eu não te olho assim, olho no olho


E tudo não estimula você segundo


o seu coração e a razão


E se tece num eterno segredo visível


e invisível ao seu lado?


E isso não preenche seu coração


Por ser tão grande ( visto que isso; é maior do que


tudo). E quando


você está bem feliz com seus


sentimentos ( Quando você está bem no seu


sentimento) chame,


então isso, como você quiser:


Chame de sorte! Coração! Amor!


Deus! Eu não tenho um nome para


isso! O sentimento é tudo; o nome


é um som e uma fumaça,


paixão-ardor ( do céu) ofuscante!


GRETCHEN: Isso tudo é bem bonito


e bom, o padre diz mais ou menos


isso, também, mas com outras palavras.


FAUSTO: Isso se diz em qualquer


parte do mundo. Todos os


corações sob o dia celestial, cada


um na sua língua. po que não eu, na minha língua?





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