Pinheirinho:
Jovem mãe e bebê
DESAPARECIDOS!
Carlos A. Lungarzo
Chegam denúncias do lugar onde esteve instalada a destruída
comunidade de Pinheirinho.
Uma jovem mãe chamada JULIANA DANTAS,
da qual não pude averiguar nenhum outro dado, desapareceu com sua criança recém
nascida. Não há dados precisos sobre a data
em que deixou de ser vista, mas numerosas pessoas que a conhecem estão
desesperadas pela desaparição.
Voluntários que revelam corajosamente seus nomes, dizem que
os sobreviventes que permanecem no local estão assustados, pois são
permanentemente ameaçados no caso em que continuem com as denúncias. A única
possível arma contra a chantagem policial, o terrorismo e a barbárie, é a denúncia
aberta, a difusão do problema aos maiores níveis. A coragem dos denunciantes
nem sempre protege sua vida, mas torna mais difícil a repetição destes crimes
de estado.
De acordo com outras informações, as crianças que ainda ficam
na região, vivem em becos e vielas, dormem em oficinas e galpões contaminados e
sujos. Faltam alimentos, medicamentos e qualquer produto de higiene, o que
torna a região praticamente letal.
É necessário que os ativistas de direitos humanos se unam aos
parlamentares e juristas progressistas e aos movimentos sociais, para
empreender uma campanha intensa e permanente de proteção e denúncia.
Não há notícias precisas do lugar do massacre. Fazer
desaparecer pessoas é algo muito comum na América Latina. Ninguém tem fornecido
uma lista das pessoas afetadas.
Tudo indica a crer que o judiciário e o governo do estado
mantém um cerco sobre os sobreviventes.
Os dignitários com amplo poder de convocatória devem intimar
o governo federal a:
1.
Federalizar a investigação sobre
Pinheirinho.
2.
Mover contingentes federais para
proteger os sobreviventes do despejo. Isto deve ser possível, já que a União
mobiliza o Exército para manter a repressão no Rio. Deve existir o direito,
então, a fazer o oposto: proteger.
3.
Apoiar as iniciativas já lançadas de
pedir a intervenção de CIDH da OEA, do Conselho de DU da ONU, e do Tribunal
Penal Internacional.
Fraternalmente
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