sábado, 6 de março de 2010

IDEALISTAS ISOLADOS - LIVRO LANÇADDO EM 1999 - NJR-ECA/USP


Idealistas Isolados é lançado na Estação Ciência

O Núcleo José Reis de Divulgação Científica promove, dia 18 de agosto(1999), a partir das 14h30, na Estação Ciência, em São Paulo, o lançamento do livro Idealistas Isolados. Ensaios sobre Divulgação Científica: Linguagem e Posturas. Estarão presentes ao evento, entre outras personalidades do meio científico e acadêmico, o Reitor da USP, Jacques Marcovitch, e o diretor da Estação Ciência, Ernst Hamburguer.

Aos 92 anos, José Reis é um símbolo vivo do trabalho de divulgação científica no Brasil. O médico carioca, formado pela Faculdade Nacional de Medicina, especializado em microbiologia e patologia pelo Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, contratado pelo Instituto Biológico de São Paulo em 1929, experimentou suas primeiras possibilidades de explicar problemas científicos para um público não especializado escrevendo folhetos e artigos para seções agrícolas de jornais e, principalmente, colaborações sistemáticas para a revista Chácaras e Quintais, a partir de 1932.

Ele falava então, para granjeiros, das doenças, das pragas, dos muitos problemas e dos cuidados que deviam ser tomados na criação de galinhas. Mas sua atividade regular no jornalismo científico começa, de fato, em abril de 1947, quando ele passa a colaborar com as Folhas (da Manhã, da Tarde e da Noite), e desde então não mais interrompe esse trabalho. As Folhas tornaram-se o poderoso jornal Folha de S. Paulo e lá está, no caderno Mais, a cada domingo, a coluna Periscópio, do doutor José Reis - um profissional tão respeitado no jornal que se tornou seu diretor de redação de 1962 a 1967.

Em seu já longuíssimo tempo de trabalho, José Reis teve garra para batalhar, na primeira metade da década de 40, pela criação da FAPESP e, na segunda metade, pela criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC, da qual foi o primeiro secretário-geral, em 1948. Fundou e tornou-se o primeiro editor da revista Ciência e Cultura da SBPC, em 1949 (até 1954 e, depois, de 1972 a 1985). Em 1958, aposentando-se do Instituto Biológico, fundou com outros dois sócios a editora Ibrasa-Instituição Brasileira de Difusão Cultural S/A, para lançar livros-fermentos que trouxessem idéias novas e provocassem debate.

Sua atuação na editora estende-se até 1978. Conquistou prêmios (Prêmio Governador do Estado de Jornalismo Científico, em 1962, Prêmio John R. Reitemeyer de Jornalismo Científico, da Sociedade Pan-Americana de Imprensa e União Pan-Americana de Imprensa, em 1964, Prêmio Kalinga, da Unesco, em 1975) e tornou-se nome do primeiro prêmio nacional de jornalismo científico, instituído pelo CNPq, em 1979. Tornou-se alvo e nome de um núcleo de estudos sobre divulgação científica na Escola de Comunicação e Artes da USP, em 1992.

Essa trajetória impressionante tem sido cumprida por um homem definido por aqueles que o conhecem mais de perto como extremamente discreto e suave. E que sem nenhuma dúvida mereceria o epíteto que ele, em agosto de 1988, num de seus artigos no Mais, atribuiu a cientistas e jornalistas que, há muitos anos, vêm fazendo a divulgação da ciência e da tecnologia e de sua importância para o desenvolvimento econômico, social e político do país: idealistas isolados.

FONTE : http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=803&bd=1&pg=1&lg=

Um comentário:

  1. SAUDADES DESTE TEMPO NADIA...AINDA EU NÃO ERA UM AVATAR...RSRS...E MEU AMOR PAVAN ESTAVA COMIGO...REIS GOSTAVA MUITO DO LIVRO, QUE CHAMO DE PRIMEIRO LIVRO AZUL...MAS COISAS SÃO ASSIM...DOMÍNIO DO CIBERESPAÇO É INEVITÁVEL COMO DIZ IMPLACÁVEL CIRO MARCONDES FILHO...IMPÉRIO DAS IMAGENS SOBRE O VERBO...E CAMINHAMOS AGORA POR MUNDOS NOVOS...QUE SEJA...MAS LEVO A ROSA COMIGO...RSRS...ENQUANTO PUDER...SAI E VOLTEI...ENTRE MINHAS SAÍDAS, VOU DEIXANDO PÉTALAS E BEIJOS...E O QUE ME RESTAR DE HUMANO...RSRS...BEIJOS...

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