Na praia sem menstruar
Já imaginou que mão na roda passar a temporada de praia e piscina livre do dilúvio vermelho, da cólica e da TPM? Sim, dá para ficar sem ela, a menstruação — é o que defende um recém-lançado livro. Mas veja os prós e contras antes de recusar o pacote de tampão.
Texto Fernanda Allegretti / Foto Todd Marshard
Quem já ficou na beira da água de shortinho, evitou a todo custo a minissaia branca, deixou de entrar na piscina por causa da dita-cuja sabe o sufoco que é menstruar durante o verão. Pois é, uma coisa nenhuma de nós nega: o dilúvio vermelho não combina com praia. Nem com sol, calorão e aquele moreno de barriga tanquinho do guarda-sol vizinho. Não por acaso, o desejo de dar um basta ao sangramento aumenta — e muito — nesta estação. Mas será que vale a pena embarcar nessa empreitada? O endocrinologista baiano Elsimar Coutinho garante que sim. “A supressão da ovulação e da menstruação mantém afastadas a anemia, a TPM, as cólicas, a cefaléia, a queda de cabelo, as variações de humor e o sexo doloroso”, enumera. “Além disso, diminui a incidência de cânceres de mama, útero, ovários e, ainda, doenças que provocam infertilidade, como a endometriose e a miomatose”, acrescenta.
Estudioso do tema há 40 anos, o especialista acaba de lançar Vivendo sem Regras e sem TPM (Landscape), em que relata os motivos para 90 mulheres decidirem parar de menstruar e como cada uma reagiu ao tratamento. Annete, de 43 anos, é uma delas. Seu ciclo menstrual trazia de carona uma TPM de chorar, cólicas e hemorragias. “Além de um aumento do volume do útero que a incapacitava para a concepção. Atribuía aos seus ciclos perturbadores a responsabilidade de ter se mantido solteira. A suspensão da menstruação e a redução do volume uterino devolveram a ela, além do bem-estar e da auto-estima, a esperança de estabelecer uma união estável”, explica ele. Na quarta capa do novo livro, a jornalista e atriz Marília Gabriela deixou o seguinte depoimento sobre o dr. Coutinho: “Suas teorias me permitiram deixar de ser a desequilibrada sofredora de TPM, tornando-me a alegre mulher que não menstrua e a saudável senhora de meu próprio organismo”.
Se você ficou tentada a fazer o mesmo, melhor ponderar os dois lados da moeda para se decidir.
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