O CONSERVADORISMO TRAVESTIDO DE PIADAS
por Líbia Luíza
15 de novembro às 14:04
Isso me faz lembrar daquela frase de Nietzsche, dita em seu livro "Além do bem e do mal": "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.".
É possível fazer um paralelo da frase com os ambientes tóxicos, nos quais nesses locais os sentidos são afetados ao ponto de chegar a uma ausência de referenciais, a uma ausência de limites...
Imagine um ambiente assim, no qual qualquer um pode livremente expressar seu ódio, desejos mais ocultos e reprimidos, frustrações, e ser... encorajado a fazer isso!.
No submundo da internet existem esses locais, onde pensamentos progressistas, ponderados e razoáveis são rechaçados, e discursos de ódio são levados a sério. A questão é que eles não estão ficando mais só no submundo... Estão vindo à tona, e pior, estão sendo levados a sério por pessoas desavisadas, ignorantes, e também por jovens que caem na tríade: zoeira sem limites/liberdade de expressão (e opressão)/ e no discurso do "é só uma piada".
Não acredito em piadas neutras e despolitizadas, e muito menos em discurso neutro. E sabe quem também não acredita em piadas neutras? Os recrutadores.
Eles usam de todas as armas possíveis na internet para cooptar: piadas, ironias, memes, fake news, factóides, big data, desinformação, discursos de ódio, etc... Uma estratégia que fisga fácil, por exemplo, é a de difundir a mensagem de ódio de uma forma mais suave para que ela fique mais fácil de ser absorvida pelo cidadão médio, como conta esse ex-recrutador no link: https://www.google.com.br/…/port…/amp/internacional-39161320
Os recrutadores sabem disso, e do poder que isso tem de angariar mais adeptos ao seu grupo e à sua ideologia. Mas os recrutados sabem disso? - é a questão.
O alienado seria capaz de perceber que caiu nesses discursos?. Aí entra outro problema, é que vivemos na era da pós-verdade, na qual uma pessoa acredita mais facilmente naquilo que gostaria que fosse verdade... É aí que as táticas dos recrutadores se encaixam, é algo como: "explore o ódio e garanta a confirmação dele", assim, as ideologias começam a fazer todo o sentido para os recrutados, que de recrutados, se tornam novos recrutadores, mas sem a malícia dos fundadores da ideologia, é claro. Isto é, passam a ser marionetes propagadoras de ideologias, enquanto os fundadores são os titeriteiros que estão no comando em prol de seus interesses.
Parte do recrutamento do ódio também fica a cargo dos think tanks, difusores de pensamentos e interesses dos mais diversos, enquanto outra parte é direcionado aos fóruns, redes sociais, etc, todos interligados.
Isso é um retrato do momento atual, no qual há uma verdadeira guerra online pelo monopólio da verdade, e eu, sigo pensando cada vez mais que o exercício do questionamento, o uso do ceticismo, da lógica, da pesquisa mais a fundo das informações, da filosofia e da ciência, são os caminhos que evitam cair nessas armadilhas, e devem nos conduzir à verdade, ou senão, ao menos numa "quase verdade", como definem alguns lógicos.
É possível fazer um paralelo da frase com os ambientes tóxicos, nos quais nesses locais os sentidos são afetados ao ponto de chegar a uma ausência de referenciais, a uma ausência de limites...
Imagine um ambiente assim, no qual qualquer um pode livremente expressar seu ódio, desejos mais ocultos e reprimidos, frustrações, e ser... encorajado a fazer isso!.
No submundo da internet existem esses locais, onde pensamentos progressistas, ponderados e razoáveis são rechaçados, e discursos de ódio são levados a sério. A questão é que eles não estão ficando mais só no submundo... Estão vindo à tona, e pior, estão sendo levados a sério por pessoas desavisadas, ignorantes, e também por jovens que caem na tríade: zoeira sem limites/liberdade de expressão (e opressão)/ e no discurso do "é só uma piada".
Não acredito em piadas neutras e despolitizadas, e muito menos em discurso neutro. E sabe quem também não acredita em piadas neutras? Os recrutadores.
Eles usam de todas as armas possíveis na internet para cooptar: piadas, ironias, memes, fake news, factóides, big data, desinformação, discursos de ódio, etc... Uma estratégia que fisga fácil, por exemplo, é a de difundir a mensagem de ódio de uma forma mais suave para que ela fique mais fácil de ser absorvida pelo cidadão médio, como conta esse ex-recrutador no link: https://www.google.com.br/…/port…/amp/internacional-39161320
Os recrutadores sabem disso, e do poder que isso tem de angariar mais adeptos ao seu grupo e à sua ideologia. Mas os recrutados sabem disso? - é a questão.
O alienado seria capaz de perceber que caiu nesses discursos?. Aí entra outro problema, é que vivemos na era da pós-verdade, na qual uma pessoa acredita mais facilmente naquilo que gostaria que fosse verdade... É aí que as táticas dos recrutadores se encaixam, é algo como: "explore o ódio e garanta a confirmação dele", assim, as ideologias começam a fazer todo o sentido para os recrutados, que de recrutados, se tornam novos recrutadores, mas sem a malícia dos fundadores da ideologia, é claro. Isto é, passam a ser marionetes propagadoras de ideologias, enquanto os fundadores são os titeriteiros que estão no comando em prol de seus interesses.
Parte do recrutamento do ódio também fica a cargo dos think tanks, difusores de pensamentos e interesses dos mais diversos, enquanto outra parte é direcionado aos fóruns, redes sociais, etc, todos interligados.
Isso é um retrato do momento atual, no qual há uma verdadeira guerra online pelo monopólio da verdade, e eu, sigo pensando cada vez mais que o exercício do questionamento, o uso do ceticismo, da lógica, da pesquisa mais a fundo das informações, da filosofia e da ciência, são os caminhos que evitam cair nessas armadilhas, e devem nos conduzir à verdade, ou senão, ao menos numa "quase verdade", como definem alguns lógicos.
*Leia o texto desse link, e saberá do que eu estou falando: http://carloscabanita.blogspot.com.br/2017/03/alt-right-o-fascismo-que-renasce.html?m=1
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