Hacker ameaçou Marcela dizendo ter áudio para comprometer Temer
EL PAÍS teve acesso ao relatório da polícia que investigou a quebra de sigilo do celular da primeira-dama
A pedido de Marcela, juiz ordena que jornais não publiquem informações do celular hackeado
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/11/politica/1486771313_145038.html?id_externo_rsoc=FB_CC
O caso envolvendo o vazamento de dados do celular da primeira-dama da República, Marcela Temer,
foi além de possíveis fotos pessoais e familiares que existiriam no
aparelho. O hacker Silvonei José de Jesus Souza condenado por clonar o
telefone dela tentou extorquir 300.000 reais para não vazar também o
áudio de um vídeo que, segundo ele, poderia comprometer o presidente Michel Temer (PMDB).
As informações constam do processo de julgamento de Souza e foram divulgadas primeiramente pelo jornal Folha de S.Paulo.
O EL PAÍS teve acesso ao material, que inclui o processo judicial, com
mais de 1.000 páginas e um relatório da Polícia Civil. O conteúdo do
áudio ou os supostos dados íntimos de Marcela Temer não estão no
processo. Nas conversas, Souza chantageia a primeira-dama, que reage
negando que o registro obtido pelo hacker poderia prejudicá-la.
Souza foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de estelionato e extorsão. Entre o cometimento do crime a condenação passaram-se apenas seis meses, um prazo considerado célere, levando em conta a morosidade do Judiciário brasileiro. O crime foi cometido em abril do ano passado. O julgamento em primeira instância foi concluído em outubro. O hacker está preso em São Paulo.
A rapidez no esclarecimento desse crime contou com a extrema colaboração da Polícia Civil paulista que, sob a ordem do então secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, montou uma força-tarefa para investigar o delito. Foram cinco delegados e 25 investigadores dedicados a essa causa. Depois que a investigação avançou, Moraes foi empossado no Ministério da Justiça e, na última semana, indicado pelo presidente para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Os nomes de Temer, Marcela e do irmão dela, Karlo Augusto Araújo, não aparecem no processo a pedido dos advogados do presidente (na época do delito era vice-presidente de Dilma Rousseff). Os codinomes dos três são: Tango, Mike e Kilo, respectivamente. Quando questionado pela Folha de S.Paulo, a Presidência da República informou que a fala do hacker, citada pelo jornal, está “fora de contexto” e teve o objetivo de chantagem e extorsão.
Momentos depois de a Folha publicar a reportagem, decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, de Brasília, atendeu ao pedido de Marcela Temer ordenou que a publicação “se abstenha de dar publicidade a quaisquer dados e informações obtidas no aparelho celular” de Marcela Temer sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão também faz referência ao jornal O Globo.
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Souza foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de estelionato e extorsão. Entre o cometimento do crime a condenação passaram-se apenas seis meses, um prazo considerado célere, levando em conta a morosidade do Judiciário brasileiro. O crime foi cometido em abril do ano passado. O julgamento em primeira instância foi concluído em outubro. O hacker está preso em São Paulo.
A rapidez no esclarecimento desse crime contou com a extrema colaboração da Polícia Civil paulista que, sob a ordem do então secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, montou uma força-tarefa para investigar o delito. Foram cinco delegados e 25 investigadores dedicados a essa causa. Depois que a investigação avançou, Moraes foi empossado no Ministério da Justiça e, na última semana, indicado pelo presidente para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Os nomes de Temer, Marcela e do irmão dela, Karlo Augusto Araújo, não aparecem no processo a pedido dos advogados do presidente (na época do delito era vice-presidente de Dilma Rousseff). Os codinomes dos três são: Tango, Mike e Kilo, respectivamente. Quando questionado pela Folha de S.Paulo, a Presidência da República informou que a fala do hacker, citada pelo jornal, está “fora de contexto” e teve o objetivo de chantagem e extorsão.
Momentos depois de a Folha publicar a reportagem, decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, de Brasília, atendeu ao pedido de Marcela Temer ordenou que a publicação “se abstenha de dar publicidade a quaisquer dados e informações obtidas no aparelho celular” de Marcela Temer sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão também faz referência ao jornal O Globo.
Marcela usou advogado da Casa Civil para pedir censura a jornais
http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/279904/Marcela-usou-advogado-da-Casa-Civil-para-pedir-censura-a-jornais.htm
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