Por Celso Lungaretti
No discurso da vitória, Salvador Allende afirmou que para, a militância, ele seria sempre o "companheiro presidente". E honrou o compromisso. |
Como era esperado, vergou-se à pressão dos congressistas reacionários, que impuseram a condição de que nenhum antigo resistente integrasse o colegiado.
Como era esperado, os compromissos da governabilidade pesaram mais em sua decisão do que a coerência com a própria história de vida: quem sempre afirmou que os militantes se igualavam aos verdugos ("ambos cometeram excessos") é a pior direita que existe, a das viúvas da ditadura.
Ao aceitar o veto aos que arriscaram tudo e tudo sofreram para combater o despotismo, como contrapartida à não participação de militares, Dilma endossou a posição dos Passarinhos e Ustras da vida. É lamentável. Fico triste por mim, pelos companheiros que morreram e pelos que nunca mais foram os mesmos depois do calvário nos porões; e envergonhado por ela.
Que me desculpe aquela que conheci em outubro de 1969 como Vanda, mas nunca mais a tratarei novamente por companheira presidente. Quem fez jus a tal distinção foi Salvador Allende, que morreu em nome dos seus princípios... revolucionários!
Para mim, doravante, será sempre Vossa Excelência, tal qual o José Sarney e o Fernando Collor, dentre outros ocupantes do Palácio do Planalto.
Parabéns! Na mosca! Abraços. Fausto.
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