"Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento."
Adélia Prado
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(...)Se de tudo fica um pouco,
Mas porque não ficaria
um pouco de mim? No trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
Na consoante?
No poço?
Um pouco fica oscilando
Na embocadura dos rios
E os peixes não o evitam,
Um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.(...)
**Fragmento do poema "Resíduo" de Drummond
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