Passada a avalanche propagandística subsequente ao julgamento do pedido de extradição de Cesare Battisti no Supremo Tribunal Federal, timidamente a verdade vai aflorando num ou noutro espaço da grande imprensa, como a exceção que confirma a regra.
Assim, a coluna de Janio de Freitas na Folha de S. Paulo de 26/11, Clara confusão, comprova que herética não foi a postura dos cinco ministros que decidiram ser do presidente da República a última palavra nos casos de extradição, mas sim a dos quatro que voltaram atrás de seu entendimento anterior, expresso de forma cristalina num processo bem recente:
"Requerida a extradição de Sebastian Andrés Guichard Pauzoca pelo governo do Chile, a ministra Cármen Lúcia foi a relatora do caso e, como tal, depois autora do acórdão que formalizou a decisão do STF. Datados de 12 de junho de 2008, dizem os itens 3 e 4 do resumo das considerações do Tribunal:Ou seja, o único motivo de estranheza é não ter havido, desta vez, a mesma unanimidade verificada no ano passado.
"3. O Supremo Tribunal Federal limita-se a analisar a legalidade e a procedência do pedido de extradição (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 207; Constituição da República, art. 102, Inc. I, alínea g; e Lei 6815/80, art. 83): indeferido o pedido, deixa-se de constituir o título jurídico sem o qual o Presidente da República não pode efetivar a extradição; se deferida, a entrega do súdito ao Estado requerente fica a critério discricionário do Presidente da República.
4. Extradição deferida, nos termos do voto da Relatora."
É objetiva e clara, portanto, a afirmação de que, "se deferida" pelo Supremo, a entrega do extraditando fica sujeita a critério irrestrito ("discricionário") do presidente da República. E segue-se o
"Acórdão -Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro Gilmar Mendes, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em deferir o pedido de extradição, nos termos do voto da Relatora"."
Foi em razão dos trâmites totalmente distorcidos do Caso Battisti no STF que passei a qualificar seus perseguidores togados como linchadores. E, quanto mais informações vêm à tona, mais linchadores eles se evidenciam.
IMPRENSA: CÚMPLICE DE
UMA PRISÃO ARBITRÁRIA
Quanto à imprensa, uma coisa é certa: tivesse cumprido seu verdadeiro papel e Battisti já estaria vivendo em liberdade.UMA PRISÃO ARBITRÁRIA
Os abusos contra ele praticados, como sua não libertação quando Tarso Genro lhe concedeu refúgio humanitário em janeiro, só puderam ser mantidos graças à posição inqualificável da mídia, embaralhando os fatos ao invés de os esclarecer. É cúmplice de uma prisão arbitrária e como tal está sendo julgada no tribunal da consciência dos brasileiros civilizados.
Uma das consequências do Caso Battisti foi a crescente conscientização, por parte dos cidadãos com senso crítico e espírito de Justiça, de que os dois lados de uma questão não são mais encontrados nos veículos da grande imprensa: esta se restringe a trombetear o que serve aos interesses conservadores e reacionários, minimizando ou omitindo todo o resto, que acaba desaguando na Internet.
Então, enquanto os linchadores foram/são amplamente predominantes na mídia, o inverso ocorre na Web.
Mas há, claro, uma diferença: o rolo compressor da direita midiática mente, distorce e simplifica, bem à maneira recomendada por Goebbels, procurando fazer a cabeça de desinformados e desinteressados, capazes de se satisfazer com versões de um maniqueísmo grotesco:
- Battisti é terrorista, pouco importando que tenha deposto as armas, nunca utilizadas, há mais de 30 anos;
- assassinou quatro pessoas, pouco importando que uma dessas farsescas acusações já tenha sido implodida, obrigando os próprios acusadores a retificarem-na;
- atentou contra uma democracia plena, pouco importando a imensidão de provas existentes no sentido de que a Itália torturava e aplicava leis caracteristicamente de exceção durante os anos de chumbo; e por aí vai.
Então, os que travamos a batalha pela conquista dos corações e mentes dos brasileiros não tivemos dificuldades para convencer, COM PROVAS IRREFUTÁVEIS E ANÁLISES CONSISTENTES, a maioria dos formadores virtuais de opinião, trazendo-os para nosso lado.
A quantidade continuou à mercê da desinformação programada da grande imprensa, mas a qualidade cerrou fileiras conosco e está sendo decisiva para nosso triunfo.
A Folha de S. Paulo nos qualifica como minoria ruidosa. Que palpite infeliz!
Trouxe à lembrança a conceituação de Richad Nixon, aquele presidente que dizia ter ao seu lado, apoiando a Guerra do Vietnã, a maioria silenciosa dos estadunidenses.
Só que foi a minoria esclarecida quem prevaleceu, arrancando a maior potência mundial do Sudeste Asiático, onde tentava impor, sanguinaria e arrogantemente, sua vontade a outras nações.
E é o que está novamente acontecendo, para desespero dos linchadores: o Caso Battisti marcha para uma vitória épica dos defensores dos direitos humanos e das tradições solidárias e compassivas do povo brasileiro, no maior dos enfrentamentos recentes com uma direita que nada mais tem de positivo para oferecer à sociedade, daí só levantar hoje bandeiras negativas, cruéis e rancorosas.
Não se enganem: por maior que seja seu poder de fogo, as Globos, Vejas e Folhas não conseguirão manter o povo eternamente bovinizado com suas pregações trogloditas.
Querem que os brasileiros nos resignemos à desigualdade e à exploração, ignoremos nossa força e nos consolemos com repulsivas catarses.
Mas, não é a sede de sangue que fala mais alto em nós, e sim a esperança. Então, os arautos do desalento e vingança, em médio ou longo prazo, perderão para os da felicidade e esperança.
Assim como os linchadores estão sendo flagorosamente derrotados no Caso Battisti, apesar da imensa disparidade de forças.
Golias está morto, viva Davi!
A quantidade continuou à mercê da desinformação programada da grande imprensa, mas a qualidade cerrou fileiras conosco e está sendo decisiva para nosso triunfo.
A Folha de S. Paulo nos qualifica como minoria ruidosa. Que palpite infeliz!
Trouxe à lembrança a conceituação de Richad Nixon, aquele presidente que dizia ter ao seu lado, apoiando a Guerra do Vietnã, a maioria silenciosa dos estadunidenses.
Só que foi a minoria esclarecida quem prevaleceu, arrancando a maior potência mundial do Sudeste Asiático, onde tentava impor, sanguinaria e arrogantemente, sua vontade a outras nações.
E é o que está novamente acontecendo, para desespero dos linchadores: o Caso Battisti marcha para uma vitória épica dos defensores dos direitos humanos e das tradições solidárias e compassivas do povo brasileiro, no maior dos enfrentamentos recentes com uma direita que nada mais tem de positivo para oferecer à sociedade, daí só levantar hoje bandeiras negativas, cruéis e rancorosas.
Não se enganem: por maior que seja seu poder de fogo, as Globos, Vejas e Folhas não conseguirão manter o povo eternamente bovinizado com suas pregações trogloditas.
Querem que os brasileiros nos resignemos à desigualdade e à exploração, ignoremos nossa força e nos consolemos com repulsivas catarses.
Mas, não é a sede de sangue que fala mais alto em nós, e sim a esperança. Então, os arautos do desalento e vingança, em médio ou longo prazo, perderão para os da felicidade e esperança.
Assim como os linchadores estão sendo flagorosamente derrotados no Caso Battisti, apesar da imensa disparidade de forças.
Golias está morto, viva Davi!
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