Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
O meu amor surpreende-te no ramalhete.
Vejo que em ti, fina flor, a harmonia perdura.
Oh! Rosa frágil, tão esplendido aríete.
Tomai a cidadela, as ermidas do coração
De minha amada, leda e maviosa donzela.
Aquece-a com esta ternura, que é só dela
Inda que não lhe tenha sequer suspeição.
Se não tiver forças, Oh! Flor dadivosa
De torna-la submissa ao meu sentir
Não tema. Fica-me a ventura de partir
Para o limbo eterno do poeta que falha.
Feneço por amor. Levo comigo o preceito:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Ricardo Sant’anna Reis
*Neste soneto, o primeiro e o último versos, são de uma tentativa frustrada de Bentinho em Dom Casmurro. Evoé, Machado de Assis!!!
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