sábado, 24 de janeiro de 2009

"RICARDO SANT'ANNA REIS" - EU DOU-TE UMA ROSA*

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
O meu amor surpreende-te no ramalhete.
Vejo que em ti, fina flor, a harmonia perdura.
Oh! Rosa frágil, tão esplendido aríete.

Tomai a cidadela, as ermidas do coração
De minha amada, leda e maviosa donzela.
Aquece-a com esta ternura, que é só dela
Inda que não lhe tenha sequer suspeição.

Se não tiver forças, Oh! Flor dadivosa
De torna-la submissa ao meu sentir
Não tema. Fica-me a ventura de partir

Para o limbo eterno do poeta que falha.
Feneço por amor. Levo comigo o preceito:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

Ricardo Sant’anna Reis

*Neste soneto, o primeiro e o último versos, são de uma tentativa frustrada de Bentinho em Dom Casmurro. Evoé, Machado de Assis!!!

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