da série “Poesia no Hospital”...
Eu, na cama deste hospital geral.
Uma moça entra no quarto
Risonha - hora da faxina.
Trás luz ao sombrio canto.
Ativa na tarefa de limpar
Com denodo, tão visível alegria...
Que da sisudez, eu vou corar
Meu espírito torto, em aleivosia.
Sem palavras, aves à janela.
Escólio oculto, de lado.
Silêncio e significado.
No gesto, ia atenta a tudo.
Ritual no quarto de um doente.
Plena em seu mundo surdo.
Ricardo Sant’anna Reis
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