Amo-te passarinho, em teu vôo ao torpor
Como havia de amar-te em livre esplendor.
Meu bem! Acolhe ao pequeno pássaro cansado
Qui’n asas leva a ti este meu louvor.
Amei-o ao vê-lo ao chão, ciscante
E por ter lesto o portal do céu, cruzado.
Oh, passarinho que carrega o meu desejo:
Depõe-no aos pés da bela, com todo ardor!
Que esta sinta a intensidade de um beijo!
Dizlá que ando triste inda que pola fé mais cabal
Decida-me como pena a dor maior do amor!
Dizlá, oh, passarinho que transpõe o grande pélago!
E pronto a mia casta donzela tributa este carinho
Desde um aziago desterro, coas tristezas do amar sozinho.
Ricardo S. Reis
Nadia, querida...esta versão ainda não é a definitiva, e sim a que está o meu blog...se quiser alterar...beijo.
ResponderExcluir