Amazônia
Grileiros vendem terra da União na internet
Fazendas gigantes na Amazônia, de quase sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo, são oferecidas na internet, mas os anúncios ocultam terras públicas ocupadas ilegalmente. É o caso de fazendas anunciadas no site MF Rural em Lábrea (AM), cidade que integra a lista das campeãs em desmatamento e é recordista em terras griladas. De acordo com a coordenação do Terra Legal, os imóveis oferecidos na internet não constam do cadastro oficial de propriedades privadas. No recadastramento de terras no município, apenas 74 proprietários rurais apresentaram documentos. Mais de 200 imóveis tiveram o cadastro suspenso em 2008. O site será questionado judicialmente e a região do sul de Lábrea passará por uma "varredura", disse o coordenador do programa, Carlos Guedes. O objetivo é localizar e recuperar terras públicas ocupadas ilegalmente - FSP, 18/10, Brasil, p.A6.
Primeiros beneficiados optam por criação de gado
Segundo balanço parcial do programa Terra Legal, 77% da área já regularizada nos municípios paraenses de Novo Progresso e Altamira é composta por imóveis médios, de 4 a 15 módulos fiscais, até o limite de 15 km2 - FSP, 18/10, Brasil, p.A7.
Somos vistos como 'bandidos' na Amazônia, diz madeireiro
Uma madeireira chamada Realidade recepciona a entrada do vilarejo de nome idêntico, instalado no início do trecho de pouco mais de 400 kms da BR-319, cujo asfaltamento aguarda a liberação de licença ambiental. A rodovia liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e divide o governo. Na semana passada, houve o embarque de pranchas madeiras nobres em um caminhão que seguiria para Minas Gerais. As toras de madeira não continham a identificação típica dos planos de manejo. O dono da serraria, Erli Rufato Moreira, reclamou da suposta perseguição aos madeireiros da Amazônia: "Somos tratados como bandidos". Tem ainda um palpite: "É impossível essa estrada não sair". O Ministério dos Transportes informou que "prosseguem as tratativas" com o Ibama para liberar o asfaltamento da rodovia - FSP, 18/10, Brasil, p.A7.
Amazônia ampliará sobra de urânio no país
Embora já conte com a produção de toneladas de excedentes de urânio a partir de 2012, o governo negocia aumentar, na Amazônia, a exploração do minério no país. A cerca de 120 quilômetros de Manaus, numa área ainda preservada de floresta, encontra-se uma das maiores reservas de urânio do país, de nome Pitinga, com supostas 150 mil toneladas do minério que serve de combustível para as usinas nucleares. Segundo o presidente da estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil), Alfredo Tranjan Filho, a empresa negocia um acordo para a extração de urânio com a mineradora peruana Minsur, que comprou no ano passado os direitos de exploração da Paranapanema em Pitinga. No local, o urânio -monopólio estatal- aparece associado ao estanho - FSP, 19/10, Dinheiro, p.B3.
FAB cria frota de caças para reforçar defesa da Amazônia
Num clima de tensão e de armamentismo entre países da América do Sul, o governo brasileiro vai criar a primeira unidade de aviões de caça na Amazônia a partir do ano que vem, quando deverá ser transferida para a região uma frota inicial de 12 a 16 aviões do tipo F-5M, que hoje compõem a força operacional de Natal. Os F-5M são jatos supersônicos adquiridos nos anos 70, modernizados pela Embraer nesta década. Eles vão ficar baseados em Manaus, enquanto as únicas frotas da FAB existentes na região (de turboélices Super Tucanos fabricados pela Embraer) devem continuar em Porto Velho e Boa Vista. A informação foi dada sexta-feira pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Ele adiantou que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar até a 88 novos aparelhos até 2025 - FSP, 17/10, Brasil, p.A6.
Povos Indígenas
Índios Terena ocupam duas fazendas em MS
Índios Terena ocuparam ontem duas fazendas em Sidrolândia (MS). Os imóveis estão numa área de 18 mil hectares reivindicada pelos Terena há mais de 20 anos. As ocupações aconteceram após encontro em que representantes de todas as etnias de Mato Grosso do Sul deram prazo de 30 dias para a Funai iniciar a demarcação de terras Guarani no Estado - OESP, 19/10, Nacional, p.A6.
Indígenas do Equador veem 'neoliberalismo' em Correa
O presidente do Equador Rafael Correa tem sido chamado de "neoliberal" e "neocolonialista" pela Conaie (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador), que desde 1997 teve papel crucial na queda de três governos no país. Correa, que chegou ao poder em 2006 prometendo pôr fim à "longa noite neoliberal", acusa indígenas e ambientalistas "radicalizados" de fazerem o "jogo da direita" e de pretenderem desestabilizá-lo. Os protestos indígenas contra as leis de Mineração e Águas e dois decretos presidenciais vêm crescendo desde o início do ano. Três temas comuns à maioria dos países da América do Sul formam o pano de fundo dos conflitos: a relação entre movimentos sociais e governos de esquerda; os limites da autonomia indígena; e o choque entre ambientalismo e o modelo econômico baseado na exportação de matérias-primas - FSP, 18/10, Mundo, p.A20.
No Chile, índios Mapuche fazem pressão sobre Bachelet
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, enviou ao Congresso na semana passada projeto que cria um ministério para assuntos indígenas e anunciou a distribuição de 10 mil hectares de terras aos Mapuche, a principal etnia chilena. O governo também propôs uma reforma constitucional para reconhecer os indígenas, já que a Carta chilena é a única na região a não fazê-lo. Os anúncios ocorrem em meio a uma onda de protestos na região de Araucanía, no centro-sul, que concentra os Mapuche da área rural. Araucanía é palco de conflitos entre indígenas e responsáveis por projetos energéticos, de exploração mineira e florestal. Os Mapuche exigem respeito à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que acaba de entrar em vigor no país e prevê consulta das comunidades antes da exploração de seus territórios - FSP, 18/10, Mundo, p.A20.
FONTE : http://www.socioambiental.org/
http://www.socioambiental.org/manchetes/index_html
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