A comparação entre estas duas noticias me parece muito esclarecedora e diretamente ligada ao:
- crescimento das favelas
- aumento da criminalidade
- destruição de florestas e rios em volta das cidades
- mortalidade infantil e alimentação deficiente entre populações carentes
A analise que faço é que, enquanto um contribui diretamente para a alimentação da população e ocupa tão pouco espaço, a outra é fator de concentração de riquezas, destruição do meio ambiente, etc. – e ocupa cada vez mais espaço tanto geograficamente quanto economicamente. Conclusão pelo menos provisória: assim não vai dar certo!...
REGINA - 02/10/09
Concentração de terras piorou nos últimos 20 anos
A agropecuária brasileira permanece marcada pela desigualdade e com um nível de concentração de terras cada vez mais grave, como mostra o Censo Agropecuário 2006, divulgado ontem pelo IBGE. O censo retrata as mudanças ocorridas no setor na última década, já que o levantamento anterior refere-se a 1996. No entanto, a concentração de terras permanece praticamente inalterada há mais de 20 anos, desde 1985. Segundo o IBGE, enquanto as propriedades de menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7% da área agrícola, a área dos estabelecimentos de mais de 1.000 hectares concentram mais de 43%. O Índice de Gini - medida internacional de desigualdade - no meio rural chegou a 0,872, superando o dos anos de 1985 (0,857) e 1995 (0,856). Pela tabela de Gini, que vai de zero a 1, quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade na renda - OESP, 1/10, Economia, p.B10; FSP, 1/10, Dinheiro, p.B6; O Globo, 1/10, Economia, p.25.
Agricultura familiar chega a 84%
A agricultura familiar tem forte peso na cesta básica dos brasileiros, segundo revela o Censo Agropecuário. Dos 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários do País, 4,4 milhões, ou 84%, eram desse tipo. O alcance da agricultura familiar na produção de algumas culturas brasileiras impressiona. Esse tipo de exploração da terra foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. No entanto, a área média dos estabelecimentos familiares (18,37 hectares) é muito inferior a dos não familiares (309,18 hectares). Dos 80,25 milhões de hectares da agricultura familiar, 45% eram destinados a pastagens, 28% com matas, florestas ou sistemas agro florestais e 22% com lavouras - OESP, 1/10, Economia, p.B11; FSP, 1/10, Dinheiro, p.B6.
Fonte: Manchetes Socioambientais [manchetes@socioambiental.org]
http://www.socioambiental.org/manchetes/
Nenhum comentário:
Postar um comentário