Ficava triste a lua. E serafins chorosos
Punham-se, entre os botões e as flores vaporosos
E calmos, a tirar de expirantes violas
Brancos ais a escorrer nos azuis das corolas.
Do teu primeiro beijo, abençoado dia.
Já que martirizar-me adora, a fantasia
Sábia, absorvia o odor de tristeza e de queixa
Que, mesmo sem lamento e sem dissabor, deixa
A colheita de um Sonho ao peito que o colheu.
Cismava, com o olhar no chão que envelheceu,
Quando, com o cabelo ao sol, subitamente,
Na rua, à tarde, tu surgiste sorridente
E a fada julguei ver, com chapéu clareado,
Do meu sono feliz de menino mimado,
Que deixava nevar das mãos meio afrouxadas
Alvíssimos buquês de estrelas perfumadas.
*TRADUÇÃO DE RENATA M.P.CORDEIRO
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