https://www.youtube.com/watch?v=FF70tq8QSS4
Publicado em 23 de jun de 2014
"É a história de todo nordestino, o cara que chega em São Paulo, trabalha, luta, e acaba passando fome e vira suco de laranja."
Tem tanta gente por ai que diz que não gosta de cinema nacional, que não gosta de literatura nacional, entre tantas outras artes, só porque é nacional. Como costumo dizer, o que falta a essas pessoas é conhecerem boas obras.
No cinema nacional, o filme "O Homem que virou suco" de João Batista de Andrade, é daqueles que mudam sua opinião sobre arte e sobre a vida.
O filme conta a história de Deraldo, imigrante nordestino que luta para sobreviver na metropolis paulista com sua poesia e seus cordéis. A trama começa quando em outro extremo da capital, Deraldo, um operário de uma multinacional, mata seu patrão na festa em que recebe o titulo de operário símbolo.
Deraldo e Severino são idênticos, e como o nordestino não tem documentos, passa a ser procurado pela policia pelo assassinado do empresário norte americano. A partir dai a história se desdobra em uma epopeia que conta a luta de Deraldo para fugir da policia e sobreviver diante de tantas dificuldades e preconceitos sobre sua pessoa.
O filme é uma homenagem e uma denuncia a todo preconceito velado sobre o povo nordestino, povo esse que construiu São Paulo sobre seu suor e que tem que lutar constantemente contra o preconceito da cidade grande, onde ser pobre, preto e nordestino é motivo de chacota e de violência. O filme mostra a dureza desse povo, que mesmo diante de tanta dificuldade, resiste, que mesmo diante de tanta opressão, luta para manter suas memórias e suas raízes.
Em meio a poesia, lágrimas e suor, Deraldo resiste, e sua história é uma homenagem a todos aqueles que sofreram e que ainda sofrem na luta por uma vida digna
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