Comunicado
Público de Cesare Battisti
Assunto: “Fofocas
infundadas sobre ele”
Carlos Alberto
Lungarzo
6 de
fevereiro de 2013
Após sua
soltura em 9 de agosto de 2011, Cesare Battisti continuou sendo alvo de bullying de parte da mídia, de
magistrados e de agentes específicos que o estado italiano colocou em seu
encalço. Usando uma frase história da luta contra o fascismo, Battisti está
sendo atacado por uma Quinta Coluna. Eu informei
aos leitores de meu livro “Os Cenários Ocultos do Caso Battisti”, na página
335, que, apesar do caso estar encerrado pela Corte, surgiam em diversos
lugares as desagradáveis cabeças dos quinta-colunistas, que apareciam através da
lama.
Durante a
primeira grande catástrofe de Genocídio da Época Contemporânea, que foi
dirigida pelas forças católico-nazistas do General Franco contra o povo da
Espanha (1936-1939) foi cunhado o termo Quinta
Coluna, inventado pelo militar fascista Mola. Uma quinta coluna era um
grupo de conspiradores que, através de desinformação, boato, propaganda
derrotista, tentava minar a moral de uma sociedade que estava sendo atacado por
colunas militares, geralmente quatro colunas.
Por isso, estou
publicando aqui, textualmente, um comunicado de Battisti sobre as últimas
fofocas, que ele escreve com a intenção de que sejam respeitados seus direitos
de cidadão, como o de cuidar sua privacidade, trabalhar em tarefas lícitas,
morar onde bem entenda, etc.
A história
começou já no mês da soltura, mas se repete com certa frequência. Em abril de
2012, uma jornalista de colunas de fofocas e informação “trash” tentou frustrar
o lançamento do livro de Battisti, dando uma informação falsa: que ele próprio
teria ligado a uma livraria (onde NUNCA tinha sido cogitado o evento), para
cancelar a apresentação.
Pouco antes, um
reprodutor de lixo jornalístico havia
prometido a seus leitores que Battisti seria expulsado do país para o Natal.
Após disso, disse que seria durante o Carnaval (de 2012) e assim em diante.
Esta campanha continua
de vez em quando. Há algumas semanas, um dois mais generosos e esforçados
defensores do escritor italiano, característico por sua extrema bondade e sua
gentileza com todos, amigos ou não, foi surpreendido em sua boa fé pela
colunista já mencionada, que difundiu notícias erradas sobre o futuro emprego
de Battisti, e até sobre a metragem de seu apartamento.
Publico a
resposta de Cesare, que ele pretende seja a última, e na que fixa sua posição.
Isso deve bastar para convencer as pessoas que são simpáticas com sua causa e
as que são indiferentes. Às que são contrárias não precisam se convencer,
porque já sabem que toda esta campanha contra ele é mentira e fingem acreditar.
Mas, a esses,
espero que esta carta, neutra, séria, sem qualquer conteúdo político, sirva
para reparar em que Battisti está decidido a continuar sua vida de escritor no
Brasil, para felicidade dele, que morará num país onde, salvo as elites, é uma
pessoa querida respeitada, e para a cultura Brasileira, que se enriquecerá com
um dos melhores escritores internacionais da geração de 1990.
Aqui vai o comunicado
de Battisti. Ele foi enviado por e-mail, ontem, e já foi reproduzido pelo
escritor Celso Lungaretti em todas suas redes sociais.
Declaração de
Cesare Battisti
Recentemente
vi meu nome envolvido em novas manchetes sobre um emprego na CUT. Quero que
todos saibam e divulguem que nunca fui convidado pela CUT para um emprego ou
algo parecido. Poderia ser convidado por qualquer entidade ou empresa. Se
receber um convite de trabalho vou avaliar, pois, como todo imigrante tenho
direito de trabalhar no Brasil para prover meu sustento.
Sou
escritor e vivo do meu trabalho há mais de 30 anos. Tenho mais de 20 livros
publicados. Só no Brasil tenho 3 livros publicados nos últimos 4 anos. Vivo
modesta, mas honestamente do meu trabalho. Além do meu amor pela literatura,
espero que com o meu trabalho literário, no Brasil, possa contribuir para que
cada vez mais pessoas se apaixonem pela leitura.
Nesse
momento, acima de qualquer coisa, estou envolvido na gestação do meu próximo
romance, cuja história terá como cenário, Cananéia, região do litoral sul de
São Paulo, inspirando-me na figura lendária do
degredado para o Brasil em 1501, Mestre Cosme Fernandes, o bacharel,
comprovadamente o fundador de Cananéia, primeira Vila do Brasil.
O possível aparecimento de um descendente do Bacharel desperta a
necessidade de confirmar a veracidade da história do marco que teria
sido trazido por Martim Afonso de Souza, em 1532, e que posteriormente foi levado para o Rio de Janeiro.
degredado para o Brasil em 1501, Mestre Cosme Fernandes, o bacharel,
comprovadamente o fundador de Cananéia, primeira Vila do Brasil.
O possível aparecimento de um descendente do Bacharel desperta a
necessidade de confirmar a veracidade da história do marco que teria
sido trazido por Martim Afonso de Souza, em 1532, e que posteriormente foi levado para o Rio de Janeiro.
É
exatamente esse meu foco imediato, buscar informações, realizar
pesquisas, estudos que conduzam à finalização do meu romance.
Concluo dizendo que felizmente tenho sido muito bem recebido pela
maioria dos brasileiros, que me acolheram e reconhecem o valor do meu
trabalho.
pesquisas, estudos que conduzam à finalização do meu romance.
Concluo dizendo que felizmente tenho sido muito bem recebido pela
maioria dos brasileiros, que me acolheram e reconhecem o valor do meu
trabalho.
Eu
só tenho a agradecer às pessoas, tanto no Brasil quanto na Europa.
Cesare
Battisti
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